A
iniciação à vida cristã é um processo
formativo dos discípulos-missionários de Jesus Cristo. Ela
está
articulada com a missão, com a
animação bíblica, com a comunidade e com o serviço à vida.
O
Concílio Vaticano II procurou resgatar a iniciação à fé antes do século V d.C.
que se perdeu ao
longo
do tempo. Este resgate consiste em reatar, de forma adaptada, a parceria e a
união entre a
catequese
e a liturgia. Essa última se torna lugar privilegiado de encontro com Jesus
Cristo. Neste resgate,
há
a necessidade de envolver a comunidade
inteira no processo de Iniciação de transmissão da fé ou de
Iniciação
à Vida Cristã. Iniciação à Vida Cristã aqui, não deve ser vista como uma
pastoral a mais, mas
como
um eixo central e unificador de toda ação evangelizador e pastoral.
Iniciação
à Vida Cristã significa ser iniciado na vida de Cristo, no modo de viver de Cristo. Conhecer
seus
passos. É iniciar um modo de viver que desperta para a plenitude, para a plena
maturidade. É Cristo
que
desperta e reveste da vida nova e, a pessoa que d’Ele vive, então passa a ser
acompanhada pelo
próprio
Cristo.
É
um itinerário, um caminho de
pertencimento. O movimento de quem está a caminho, de quem se
põe
e percorre o caminho de Jesus Cristo. Torna-se uma pessoa discípula, aprendiz,
seguidora. Este
processo
implica em algo muito maior do que o mero acolhimento e engajamento de alguém
numa
comunidade
de fé, ainda que isto seja também importante.
Iniciar-se
na fé é conformar a própria vida à de
Cristo, é uma vida “em conformidade” com Ele.
Segundo
o Papa Francisco, a “formação cristã” é primariamente o aprofundamento do
querigma (primeiro
anúncio)
que vai se fazendo carne de modo progressivo, que ilumina toda a tarefa
catequética. Ainda
segundo
o Papa, é o anuncio que dá resposta ao anseio de infinito que existe em todo
coração humano. É
uma
vida toda a ser revestida de Cristo até Ele se tornar tudo em todos. É
disponibilidade ao crístico.
E,
ser iniciado na vida de Cristo desperta para a missionariedade. A atração e a gratidão de “ser em
Cristo”
se faz anúncio. O discípulo, atraído pela beleza do seguimento, torna-se um
iniciador de outros na
vida
de Cristo que requer um processo de passos de aproximação do mistério.
Portanto,
a “Iniciação à vida cristã” significa imersão em uma nova realidade: o mistério
de Cristo. É
um
novo viver que requer passos de aproximação, pelos quais a pessoa aprende e se
deixa envolver pelo
mistério
amoroso de Deus, despertando-a para novas relações e ações, transformando sua
vida no campo
pessoal,
comunitário e social.
1. Iniciação: mergulho pessoal no mistério de Deus.
A iniciação religiosa é um caminho progressivo,
por
meio de etapas, de ritos e de
ensinamentos, que visa realizar uma transformação religiosa e social do
iniciado. Cada etapa é uma acolhida do mistério de Deus, uma profunda
experiência de Deus que
impulsiona o iniciante à conversão
na vida pessoal e comunitária. O acolhimento do mistério de Deus
possui
um caráter simbólico que aponta para o “algo mais”, para as realidades
transcendentes e invisíveis.
2. Iniciação à Vida
Cristã: mergulho no
mistério de Cristo. Por mistério de Cristo entende-se o plano
divino
da salvação que Deus realiza na história da humanidade. O termo mistério indica
mais a ação
salvadora
de Deus na história do que um segredo intelectual. O acolhimento do mistério da
pessoa de
Jesus
exige a participação, fiel e responsável, na vida e missão da comunidade
eclesial, que leve a pessoa a fazer escolhas éticas coerentes com a fé cristã.
3. Dimensões Teológicas
da Iniciação à Vida Cristã.
a) Dimensão Cristológica: Iniciação à Vida Cristã
é
acolhimento do mistério de Cristo (paixão, morte, ressurreição, ascensão e
parusia). b) Dimensão
pneumatológica
: Iniciação à Vida Cristã é acolhida do dom do Espírito Santo enviado à Igreja
e aceitação do mandato missionário. c) Dimensão eclesiológica: Iniciação à Vida
Cristã é mistério da Igreja que celebra e manifesta a vida do Ressuscitado.
Igreja é uma realidade sacramental. d) Dimensão existencial: a Iniciação à Vida
Cristã deve acolher e iluminar as questões existenciais da vida de cada pessoa.
e) Dimensão sacramental: os três sacramentos da Iniciação Cristã (Batismo,
Crisma e Eucaristia) expressam a unidade da obra trinitária (no batismo
assumimos a condição de filhos do Pai; na confirmação o Espírito nos unge; e na
eucaristia o Filho nos alimenta). f) Dimensão espiritual: há uma iniciação à
oração pessoal, comunitária e litúrgica (oramos como cremos e cremos como
oramos).
Por
meio da iniciação, cada pessoa vai optando pelo Deus Uno e trino e seu plano
salvífico e se assume como membro da comunidade eclesial. Essa iniciação se dá
na Igreja e pela Igreja que anuncia a
Boa-Nova,
acolhe e acompanha os que querem realizar o caminho da fé. Essa iniciação é uma
formação
continuada;
requer a decisão livre da pessoa; é a participação humana no diálogo da
salvação. O princípio, meio e fim da iniciação é a incorporação ao mistério
pascal de Cristo. Neófito (planta nova) é aquele que renasceu pelo banho
batismal, não só o recém-batizado. Os catecúmenos são ajudados pela comunidade
a obedecer aos apelos do Espírito Santo: precursor (vem antes, impulsiona);
acompanhante (está presente) e continuador (leva adiante).
4. A imersão no mistério
de Cristo mediante a Igreja.
Por meio da Igreja e da pertença a ela, se dá a
iniciação
à vida cristã que se torna a inspiração para outros sucessivos processos
formativos eclesiais. A
comunidade
cristã é o sujeito indispensável dos processos de Iniciação à vida cristã.
Requer-se da
comunidade
acolhimento, testemunho e responsabilidade. A natureza originária da Igreja é
querigmática
(anunciadora
da verdade fundamental manifestada em Cristo) e missionária. Essa natureza
exige conversão pastoral. A igreja anuncia o Cristo crucificado, morto e
ressuscitado; ela é Igreja peregrina, desinstalada, samaritana, misericordiosa;
ela promove o encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo e o discípulo
missionário. A comunidade eclesial é o ambiente e a meta em que se desenvolve a
iniciação à vida cristã. A Igreja é mãe no sentido que gera novos filhos para a
fé. A maternidade da Igreja segue o modelo de Nossa Senhora, Mãe de Deus:
ternura, justiça, amor, sensibilidade. Para sua missão, a Igreja é geradora de
ministérios a serviço de todos.
5. O Ritual da Iniciação
Cristã de Adultos (RICA).
Na igreja, é um consenso sobre a necessidade de
um
processo de iniciação à vida cristã. O RICA expõe um processo em quatro tempos
da seguinte maneira:
O
RICA é um livro litúrgico com ritos, orações e celebrações. Ele descreve o
longo caminho mistagógico e
catequético
que um adulto deve percorrer para sua plena iniciação cristã (Batismo, Crisma e
Eucaristia). (O esquema do RICA serve de inspiração para o acolhimento daqueles
que chegam a Comunidade ou fazem um processo de conversão. São itinerários
catequéticos adaptados às
várias
idade).
6. Os sacramentos da
Iniciação à vida cristã (Batismo, Crisma e Eucaristia). A Iniciação à vida Cristã
é
o caminho catequético que prepara aos sacramentos em que o próprio Cristo é o
sujeito que nos inicia,
nos
torna cristãos e nos introduz no mistério trinitário e eclesial. Cada vez mais
se percebe na Igreja a
necessidade
de uma integração (unidade) dos sacramentos em um único processo, apesar de
terem
etapas
bem determinadas. Essa unidade está em conexão com a unidade do mistério pascal
(missão do
Filho
e efusão do Espírito Santo): o Batismo nos torna Filhos de Deus e a Crisma nos
dá o Espírito; ambos
nos
direcionam para a Eucaristia em que se atualiza a expressão máxima do amor
trinitário. A participação
na
eucaristia faz a pessoa se sentir cada vez mais membro da Igreja.
7. A vivência cristã:
fruto da Iniciação. O
processo de iniciação deve criar progressivamente a
conversão
da própria vida, com um novo projeto de vida segundo a proposta do Senhor.
Coordenação Arquidiocesana de Pastoral , 04/08/17
ARQUIDIOCESE DE CAMPINAS
Av. Aquidaban, 744 – Bosque – 13026-510 -Campinas – SP
Fone: (19) 3794.4650
A vida cristã é um novo viver que
requer um processo de passos de aproximação, mediante os quais a pessoa aprende
e se deixa envolver pelo mistério amoroso do Pai, pelo Filho, no Santo
Espírito. Ela desperta para novas relações e ações, transformando a vida no
campo pessoal, comunitário e social. Essa verdadeira transformação se expressa
através de símbolos, ritos, celebrações, tempos e etapas”, escreveu o bispo
auxiliar de Brasília (DF) e secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, na
apresentação do documento 107.
Iniciação à Vida Cristã
A
Iniciação à Vida Cristã é um processo de crescimento na fé de forma gradual e
permanente, que acontece numa comunidade eclesial. Visa transformar a fé
inicial em uma fé progressivamente adulta, cada vez mais convicta e
comprometida.
No
processo vai se fortalecendo o encontro pessoal com Jesus e com o Evangelho de
maneira mais intensa através de uma experiência fascinante (DAp 277), que leve
a uma adesão, comunhão e intimidade plena com Ele, caminho, verdade e vida (Jo
14, 6).
Tem como inspiração o catecumenato que não se
limita à celebração dos sacramentos, mas a um progressivo mergulhar no
mistério, dando valor a tempos, etapas com suas celebrações, símbolos, ritos,
benções…
Um caminho a percorrer
ACOLHIDA: pais, catequizandos, catequistas, comunidade (Pré-
Catecumenato)- 3 meses?
1ºTEMPO / QUERIGMA: anúncio de Jesus Cristo (Pré- Catecumenato)- 5 meses?
2º TEMPO / CATEQUESE: aprofundamento da fé (Catecumenato) – 16 meses?
3º TEMPO /
CELEBRAÇÃO: celebrações de entrega
no decorrer do processo (Quaresma) e no período Pascal a celebração dos
sacramentos (iluminação e purificação)- 3 meses?
4º TEMPO /
MISTAGOGIA: aprofundamento dos
Mistérios recebidos (Mistagogia)- 3 meses?
ACOMPANHAMENTO- 6 meses?
POR QUE HÁ NECESSIDADE DE
UMA INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ?
A urgência: Igreja: Casa da Iniciação à Vida Cristã é
prioridade em todo Brasil.
O
Documento de Aparecida nos apresenta uma grande preocupação frente a tantos
cristãos batizados, mas pouco evangelizados. “Temos altas porcentagens de
católicos sem a consciência de sua missão de ser sal e fermento no mundo com
identidade cristã fraca e vulnerável” (DAp 286). A Iniciação à Vida Cristã não
pode ser uma catequese ocasional, em vista apenas dos sacramentos, mas implica
em um itinerário de fé permanente. É preciso superar uma fé individualista,
intimista e desencarnada, própria do nosso tempo.
A
Iniciação à Vida Cristã desperta, amadurece a fé inicial e educa a pessoa como
verdadeira discípula de Cristo. Como características do discipulado são
indicadas: “Que Cristo seja o centro da pessoa, através de um constante
encontro, tenha espírito de oração, seja amante da Palavra, participante da
Eucaristia, inserido na comunidade eclesial e social e tenha um coração
missionário” (DAp 292).
Iniciação
à vida cristã
Quando se
fala em Iniciação à Vida Cristã (IVC) de inspiração catecumenal, dois aspectos
nos chamam a atenção: a primeira diz respeito à forma atual da transmissão da
fé, que normalmente é denominamos de Catequese, considerada pelo documento de
Aparecida como “pobre e fragmentada”, e acima de tudo com características e
objetivos de preparação para receber os sacramentos do Batismo, Crisma e
Eucaristia; a segunda, diz respeito à IVC, com inspiração catecumenal, cujo
período de ouro se desenvolveu a partir do fim do século II e perdurou até a
primeira metade do século IV. A abordagem será distribuída em três artigos.
Ressalte-se
que ao longo de toda a sua história sempre realizou de uma maneira ou de outra
a iniciação cristã, entretanto, a partir do momento em que aconteceu a
“conversão” do imperador Constantino ao cristianismo a experiência do
catecumenato patrístico foi diminuindo e já no final do século VI basicamente
desapareceu; o batismo de crianças, prática raríssima até então, passou a ser
cada vez mais frequente e pouco a pouco os sacramentos da iniciação cristã se
desvincularam um do outro, já que batismo, crisma e eucaristia eram conferidas
numa mesma celebração.
Neste
período houve a expansão maciça do cristianismo com a liberdade religiosa dada
pelo Acordo de Milão em 313 a Igreja, antes perseguida, a partir daí é tolerada
e mais tarde (em 380) com Teodósio o cristianismo passa a ser a religião
oficial do império, com todos os privilégios que são registrados pela história.
Este
período é chamado de cristandade que durou aproximadamente 16 séculos; o fim da
“era constantiniana = cristandade se deu oficialmente com o Concílio Vaticano
II, mas ainda hoje temos muitos resquícios e elementos desta época. Este
período pode ser louvado pela expansão do cristianismo, mas trouxe marcas que
até hoje sofremos as consequências, como uma catequese com quase ou nenhuma
incidência no existencial e seguimento de Cristo, pois ser cristão não
implicava mais uma mudança radical de vida, o número de catecúmenos aumentou, a
seriedade da preparação diminuiu; um dos grandes prejuízos litúrgicos foi o
esvaziamento de seu conteúdo, elementos centrais foram esquecidos, o Mistério
Pascal foi cedendo lugar a devoções. O terço e o livrinho do santo predileto
eram mais importantes do que a Bíblia e os sacramentos. O que acontecia na
Igreja era muito bonito de se ver, porém, com pouca relevância na prática dos
cristãos. Parece que ainda continuamos assim.
O
Diretório Nacional de Catequese (Doc. CNBB 84, 2006), reconhecendo as
dificuldades que temos hoje na forma como a catequese é apresentada, elenca
alguns desafios para a catequese atual (n. 14).
Formar
catequistas como comunicadores de experiências de fé, com uma linguagem
inculturada, relevante para as pessoas do mundo de hoje, na realidade
pós-moderna, urbana e plural;
Fazer da Bíblia o livro principal da catequese; Fazer com que o princípio interação fé e vida seja assumido na atividade catequética de modo que o conteúdo responda aos desafios do mundo atual.
Fazer da Bíblia o livro principal da catequese; Fazer com que o princípio interação fé e vida seja assumido na atividade catequética de modo que o conteúdo responda aos desafios do mundo atual.
Assumir o
processo catecumenal como modelo de toda a catequese e, consequentemente,
intensificar o uso do Ritual de Iniciação Cristã de Adultos (Rica); (o destaque
é meu).
Passar de
uma catequese só orientada para os sacramentos, para uma catequese que
introduza no mistério de Cristo e na vida eclesial; Fazer com que a catequese
se realize num contexto comunitário; Incentivar a instituição do ministério da
catequese; Tornar efetiva a prioridade da catequese com adultos e, assumir na
catequese a vida e os clamores dos marginalizados e excluídos.
Temos aí bons elementos para nossa reflexão.
Temos aí bons elementos para nossa reflexão.
ALMIR MAGALHÃES, Padre da Arquidiocese de Fortaleza,
diretor e professor da Faculdade Católica de Fortaleza
RELAÇÃO
ENTRE LITURGIA E CATEQUESE POR DOM ALOÍSIO ALBERTO DILLI
Infelizmente, esta
íntima relação da lex orandi e lex credendi (celebramos como cremos e cremos
como celebramos), tão normal nos primeiros séculos do cristianismo, aos poucos
foi se distanciando, na medida que surgia a cristandade (Idade Média), quando
as crianças aprendiam a vida cristã na sua família, sua escola e comunidade
eclesial e até na sociedade. A catequese, dentro deste novo contexto, se
ocupava mais em explicar a fé e os mandamentos, numa linguagem de
aprofundamento teórico e doutrinal, tendo em vista a preparação à recepção dos
sacramentos. Assim a catequese foi se desligando da Comunidade-Igreja e passou
para a escola (aula) e se separou da liturgia ou de experiências de caráter
celebrativo. Com a reforma do Concílio Vaticano II buscou-se novamente a
integração entre catequese e liturgia, mas as resistências à mudança ainda se
fazem sentir, talvez, até entre nós. Nos últimos tempos, o magistério da
Igreja, através de diversos documentos, convida para novos caminhos na
iniciação cristã, tentando retomar à experiência do espírito catecumenal, com
suas devidas adaptações aos nossos tempos. Mas ainda encontramos pessoas que
dão importância somente ao saber sobre Jesus Cristo e pouco se preocupam com o
encontrar-se com Ele. É como conceder sacramentos a quem ainda não se tornou
cristão convicto. Por isso, nossa catequese precisa tornar-se sempre mais
mistagógica, como nos primeiros tempos do cristianismo, ou seja, deve
conduzir-nos gradativamente para dentro do mistério, de forma menos doutrinal e
mais experiencial; de quem crê e se encontra com uma Pessoa, o próprio Jesus
Cristo, e nele professa sua fé, na comunidade e no ambiente social. Isto
somente é possível quando a catequese se plenifica na celebração litúrgica e
esta experiência provoca nova catequese pelo aprofundamento constante do que
foi celebrado (nova mistagogia).
Que nosso projeto
de Iniciação à Vida Cristã atinja este objetivo de integração entre catequese e
liturgia e seja o caminho para uma Igreja mais missionária e samaritana.
A FIGURA DO INTRODUTOR NA INICIAÇÃO CRISTÃ
Aquele que vem buscar a Deus deve ser
acolhido em qualquer tempo
O RICA apresenta a figura dos
introdutores como um ministério específico da iniciação cristã de
adultos.
O introdutor é um amigo que,
partilhando sua própria experiência com o candidato, vai ajudá-lo a
caminhar na fé e estabelecer uma relação pessoal com Deus e com a
comunidade.
O introdutor é o semeador que vai
preparar o terreno para que a semente da fé possa florescer e dar
frutos
Perfil do
introdutor:
• Uma pessoa de fé, já iniciada (que já
recebeu os Sacramentos da Iniciação Cristã)
• Constante na vida litúrgica e na
comunhão eucarística; Orante.
• Atenta à Palavra de Deus e à
vida
• Inserida na comunidade eclesial e
fiel ao magistério da Igreja
• Amiga dos irmãos; solidária com os
mais pobres.
• Respeitosa com todas as religiões;
simples no relacionamento pessoal.
Sem ter a função de catequista ou
psicólogo, anuncia o Querigma com seus principais conteúdos: Amor de Deus,
Pecado, Salvação em Jesus Cristo, Fé e Conversão, Promessa do Espírito
Santo. Em todas as pastorais, movimentos e associações, podemos
encontrar pessoas que se enquadram no perfil necessário ao
introdutor. Aqueles que se dispuserem a exercer esse ministério
serão preparados para o serviço através de um breve curso de formação.
Em geral, as comunidades cristãs
desconhecem esta função, este ministério de Introdutor/a. Trata-se, porém, de
uma pessoa que tem uma tarefa específica no início do processo de Iniciação à
Vida Cristã, isto é, de acompanhar, durante o tempo do Pré-catecumenato, os
interessados em percorrer o caminho da Iniciação. É esta pessoa que
prepara o candidato para acolher na liberdade o dom da fé, o anúncio da Boa
Nova e assumir o encontro pessoal com o Senhor e as condições para a conversão
e a fidelidade. Sem um introdutor, dedicado e competente, não é possível
começar o processo de Iniciação à Vida Cristã de inspiração catecumenal. É o
Introdutor quem coloca as bases para o segundo tempo, o Catecumenato
propriamente dito, no qual atuam os catequistas
Como a tarefa
principal do Introdutor é anunciar Jesus Cristo, evidentemente, cabe-lhe, sobretudo através da
vida e de sua vibração pela fé, ajudar o iniciando a encantar-se por Jesus
Cristo, pessoa, mensagem e missão. Pelo exemplo desse Introdutor o candidato
alimenta seu desejo de viver a experiência do encontro pessoal com o Senhor e
se sente estimulado para inserir-se na comunidade cristã e comprometer-se na
missão. O iniciante sabe e sente que pode contar com o apoio afetivo e de fé
por parte de alguém que, para ele, é fidedigno. O introdutor, porém, deve
deixar claro em sua missão, que não está isolado, e tampouco o iniciante, pois
toda a comunidade eclesial está envolvida no processo ( RICA no item 41,1
destaca o papel da comunidade no processo de Iniciação à Vida Cristã).
Para bem viver este importante
ministério na Igreja, o Introdutor precisa ter percorrido, ele mesmo, o caminho
dos Sacramentos da Iniciação Cristã (Batismo, Confirmação e Eucaristia). Ele
necessita, também, cultivar sua vida de fé, participar da vida da comunidade,
alimentar-se com a Palavra de Deus e a oração pessoal, ser fiel à Igreja e
zelar por sua formação continuada, tanto em Bíblia, teologia e pastoral como em
relações humanas, pedagogia, psicologia, comunicação e cultura geral. Sua
missão requer dele grande capacidade de ouvir e dialogar, paz interior e
disposição para acompanhar com paciência quem começa um processo que não apenas
apresenta novidades, mas vai crescendo em exigências quanto à mudança de vida.
Uma vez criteriosamente escolhidos pela
Coordenação da Iniciação Cristã e submetidos à aprovação do Conselho Pastoral,
os Introdutores serão devidamente preparados. O processo formativo não
é apenas de conteúdo, em estilo acentuadamente acadêmico e formal, mas segundo
a dinâmica da fé e da vivência, que por si mesmas criam um clima
propício e alimentam a espiritualidade. Além de uma visão geral da Iniciação à
Vida Cristã, os Introdutores devem conseguir captar bem o pré-catecumenato, que
é um tempo precioso e básico para todo o resto do processo. A parte mais
importante da formação destes ministros se refere à pessoa, mensagem e missão
de Jesus Cristo, para que tenham solidez, convicção e entusiasmo para este
tempo dedicado, sobretudo, à Evangelização. Para um bom desempenho de sua
missão eles precisam de elementos fundamentais de como lidar com as pessoas e
fazer o acompanhamento delas para assessorá-las no caminho da opção de fé e do
encontro pessoal com Jesus Cristo
1. Fale apenas o que vive e
viva o que ensina: catequese quer dizer fazer ecoar. É preciso que a Palavra de
Deus ecoe primeiro em nós para ter força de ecoar nos outros. Catequese não é
“aula de religião”: na aula eu ensino o que não vivo; na catequese, só posso
ensinar o que vivo. Por isso, para despertar amor à Igreja e a Cristo é
necessário amar Cristo e a Igreja antes. Partilhe o que você sabe, mas
sobretudo partilhe a sua experiência vivida sobre aquele assunto. Nada melhor
do que um catequista que vive o que ensina.
2. Prepare antes o que vai
falar e fazer. Por favor, não vá para o encontro despreparado para falar e
fazer qualquer coisinha: não enrole! Ninguém gosta de gente que brinca de fazer
alguma coisa. Você não gosta da aula chata do professor que não prepara, do
sermão mal-preparado do vigário, da informação errada de quem não se comporta
como profissional, né? Pois é, não faça a mesma coisa que você critica…
3. Programe horário. Não fique
só no falatório: programe começo, meio e fim. Veja formas diferentes de dizer
uma coisa. Procure recursos audiovisuais (cartaz, dinâmica, música, mapas,
vídeo, brincadeira, etc) e leve a sério a programação do encontro. Se for
preciso, marque horários para começar e para acabar uma atividade. Assim se
evita que alguma coisa tome o tempo todo (prejudicando o conjunto) e que fique
chato. Ah!, não se esqueça de chegar antes e não depois de todos…
4. Parta sempre da vida. Não
se esqueça de comparar o que estiver falando com assuntos e exemplos diários do
mundo cultural dos catequizandos. O Evangelho em que atingir a vida. Não
considere tudo o que não é explicitamente religioso como pecado: Deus se vale
dessas coisas para nos ir ensinando a chegar mais perto dele. Jesus valorizava
o campo para os camponeses, as citações bíblicas para os doutores da lei, etc.
É a partir da vida que devemos dar nossa catequese, fazendo os jovens irem
vendo como Deus se manifesta na história do povo, da comunidade e na nossa
história pessoal.
5. Catequese é assunto orante.
Há catequistas que lembram de tudo, menos da oração. É preciso orar para
preparar o encontro e orar durante os encontros (no começo, no meio ou no fim)
com os adolescentes. Assim, você vai motivando e formando a fé dos seus
discípulos.
6. Ajude os seus catequizandos
a se concentrar. Muitas pessoas, ao vir para o encontro, passaram por
problemas, estão agitadas, mal-humoradas, desanimadas ou sem disposição. Acolha
com alegria e carinho (todo mundo gosta de ser bem tratado e um sorriso largo
desmonta muito mal-humor). Mas não esqueça de ajuda-los a estar no encontro de
corpo e alma. Já vi muitos catequistas que brincam e falam tanto que atrapalham
os próprios encontros. No momento da catequese você não deve ser só mais um
amiguinho, mas um amigo que cresceu na fé e quer partilhar isso com eles.
7. Dê catequese por amor a
Cristo e à sua Igreja. Tenho visto muitos catequistas que querem estar ali por
muitos outros motivos: paquerar, sair de casa, se enturmar, etc. Se você é
algum desses, revise as suas motivações e – se for preciso – dê um tempo para
você, para sua comunidade e para os seus catequizandos. Vamos ser honestos, a
catequese não é lugar para arrumar namorada(o), nem para outras finalidades.
Quem é catequista deve estar lá servindo a Cristo como membro da comunidade
dele. Outras motivações, devem ser purificadas e deixadas de lado.
8. Tenha sempre uma carta na
manga. Não esqueça que todo mundo gosta de uma surpresinha: apimenta o encontro
e dá um sabor novo. Procure, de vez em quando, mudar algo. Você vai ver que
efeito produz.
9. Avalie os encontros com os
catequizandos. Ninguém melhor do que os próprios adolescentes para lhe dizer o
que estão achando e lhe fornecer sugestões. De oportunidade para a sinceridade
rolar entre vocês e tudo irá bem. Não precisa avaliar todo dia, mas pode ser a
cada bloco de encontros.
10. Cobre participação. Alguns
catequistas morrem de medo de cobrar algo dos catequizandos: assim eles
vão ficando cada vez mais passivos. Programe tarefas e passeios comuns e
vá dividindo as responsabilidades. Você é catequista e não papai ou mamãe
deles. Deixe-os falar, peça opinião, valorize a participação, mas freie quando
falarem demais ou passarem dos limites. Você não tem um cargo eletivo pra
zelar, mas deve ser testemunha da fé.
11. Engaje todos
os catequizandos durante o ano em sua comunidade. Nem todos têm os
mesmos dons e os mesmos talentos. Aos poucos (não deixe para os últimos
encontros!), vá encaixando nas tarefas e nos compromissos com sua comunidade:
tenha sempre em mente que o objetivo a ser alcançado é o engajamento do maior
número possível na comunidade de fé. E não cobre só dos jovens: cobre também da
sua comunidade e dos responsáveis por ela (padre, irmã, coordenadores,
ministros, etc) que os jovens tenham seu espaço, sua vez e sua voz. Mas vá com
calma! Não precisa pegar pesado ou criar uma briga na comunidade: conversando
todo mundo se entende.
12. Programe algumas
atividades extras para confraternização e amizade. O grupo precisa se sentir
unido e ter uma identidade própria. Assim, quando acabar a catequese, o grupo
vai querer continuar como grupo de jovens. Se isso acontecer, a catequese foi
boa e frutuosa!
13. Não faça da sua catequese
uma arma: fale apenas o que sabe, não invente nem aumente. Você é instrumento
de Deus e fala em nome da sua Igreja.você não está ali para falar de sua fé
pessoal, mas para transmitir a fé da Igreja de Cristo. Veja músicas, textos
bíblicos e dinâmicas para a motivar.
14. Não dê catequese sozinho.
Catequese só pode ser dada em comunidade. Peça que outras pessoas de fé lhe
ajudem nos encontros. Não falte á reunião de preparação com outros catequistas.
Discuta antes, com seu padre, com a irmã ou com outro catequista o encontro:
peça dicas, aceite sugestões, programe a oração inicial ou final, etc.
15. Não queira dizer tudo em
um só dia. Você que deve ter muita coisa a dizer, deve ir parcelando as coisas
aos poucos, durante o ano. É melhor fazer dois encontros de uma hora e meia do
que um de três horas.
16. Não esqueça a dimensão
litúrgica. Catequizando que se preza, precisa ter participação ativa na
liturgia. Agora, não basta mais vir à missa. É preciso contribuir com a comunidade
de fé. Contribuir concretamente, o jovem que não quer mesmo, deve ser
aconselhado a repensar a sua opção de ser sacramentado. É como alguém querer
namorar uma garota e se recusar a ficar perto dela… (É ruim, né?)
Sei que não vou resolver todos
os problemas da catequese com essas dicas. Mas creio que os mais graves podem
ser resolvidos. Se você for catequista novo, tenha essas dicas na cabeça e no
coração: vão lhe ajudar muito.
Autor: Padre Paulo Fernando
Fonte: Portal Católico
Sabemos que a sociedade mudou. A família, como parte viva
da sociedade, também mudou, e esta mudança afeta o relacionamento dos seus
membros. Deste modo, a família tem dificuldades de se encontrar como família
cristã e, com isso, vai diminuindo sua capacidade de responder aos novos
desafios, no que diz respeito à fé e aos anseios mais profundos do coração
humano.
A Igreja acredita na família e no seu fundamental papel
na sociedade – de ser, nela, célula primeira e melhor Igreja – e por ela, olha
com fé e convicção. Em virtude disso, luta para que os filhos encontrem, na
Igreja, o primeiro espaço de encontro com Deus e o fundamento de sua fé. Por
isso,
“consciente de que o matrimônio e a família constituem um
dos bens mais preciosos da humanidade, a Igreja quer fazer chegar a sua voz e
oferecer a sua ajuda a quem, conhecendo já o valor do matrimônio e da família,
procura vivê-lo fielmente, a quem, incerto e ansioso, anda à procura da verdade
e a quem está impedido de viver livremente o próprio projeto familiar.
Sustentando os primeiros, iluminando os segundos e ajudando os outros”.
Quando a educação da fé é iniciada na família, é mais
perceptível a sua assimilação em outros meios como a catequese paroquial, o
ambiente escolar e mesmo o universo jovem social. É preciso então que a família
tenha consciência de que os filhos são a sua maior riqueza e que educando-os,
através de valores morais e cristãos, estará preservando esse bem maior e
preparando pessoas para uma vida feliz e realizada.
Neste contexto social e cultural diversificado, o que
fazer, então, com que a família seja, de fato, o lugar para o despertar da fé?
Primeiro: Os
pais precisam tomar consciência de que a verdadeira catequese começa ainda no
ventre materno. Durante o período da gestação, deve-se tomar os cuidados
necessários para que a gravidez seja serena e feliz. Cuidado para que a mulher
viva este período sem turbulências, agitos e dificuldades, procurando, esposo e
esposa, dialogar, amar, conversar com a criança, demonstrando, assim, afeto e carinho,
para que ela, desde já, experimente o amor de Deus e da família. A experiência
mística dos pais, ao longo da gestação, do mistério da vida que brota no ventre
materno, certamente fará com que a criança encontre, efetivamente, na família,
uma Igreja doméstica.
Segundo: É a
partir da convivência familiar que a criança forma interiormente a imagem de
Deus, que posteriormente será trabalhada na catequese em vista dos sacramentos.
Se a criança percebe que a família é o espaço de comunhão, de partilha e de
amor, certamente compreenderá melhor a imagem de Deus como um Deus amor,
partilha e comunhão. Essa formação contribuirá para a formação de sua
personalidade e de seu caráter.
Terceiro: A
família deve compreender que, quando a criança chega à catequese paroquial, ela
já precisa ter vivenciado os valores da fé, no seio familiar, assim como deve
compreender que a Igreja é apenas uma cooperadora na continuidade da educação
cristã. Deve também tomar consciência de que a catequese é um processo
permanente e não se destina simplesmente à preparação para os sacramentos.
Assim, compreendemos que a catequese, como processo, é algo a ser vivido por
toda a vida, portanto deve ser transmitida em seus vários níveis, e a família é
a instituição que acompanhará essa evolução.
Por
fim, quando a criança já estiver participando da catequese
paróquia, é importante que a família acompanhe e ajude a Igreja a transmitir e
a vivenciar os valores da fé. Grande parte das famílias contribui para isso.
Muitas outras esquecem de seu papel e atribui toda essa responsabilidade à
Igreja. Isso acontece, porque muitas vezes falta o interesse pela educação
religiosa dos filhos.
Catequese de adultos: a comunidade na
iniciação à vida cristã
Comunidade paroquial
como um único corpo na acolhida dos catecúmenos.
Continuando nossa reflexão, sobre o processo da Iniciação à Vida Cristã dos Adultos, vimos
como a Igreja, através do seu Magistério, exorta sobre esta experiência da
Igreja primitiva, convidando a revitalizar o catecumenato nesse momento de mudança
de época.
Todos formam um só corpo que é sinal do Reino
Hoje comentaremos, com outros documentos eclesiais, sobre a peça
principal desse processo: a comunidade paroquial como um único corpo na
acolhida dos catecúmenos. É preciso que todos se coloquem unidos em Cristo para
participar da formação-preparação dos neófitos. Essa imagem do corpo na
diversidade de membros São Paulo já expusera à Igreja de Corinto,
constituindo-a na unidade em Cristo, que deve ser, também, a realidade da
Igreja, hoje: “Com
efeito, o corpo é um e, não obstante, tem muitos membros, mas todos os membros
do corpo, apesar de serem muitos, formam um só corpo. Assim também acontece com
Cristo” (1Cor 12, 12). É a imagem da Igreja composta de todos
os seus membros, mas unidos em Cristo, pois “o
corpo não se compõe de um só membro, mas de muitos” (1Cor 12, 14).
A comunidade paroquial participa da acolhida aos catecúmenos,embora nem
todos sejam catequistas, mas exercem uma função teológica de unidade no Corpo
Místico de Cristo, porque “Deus
dispõe cada um dos membros no corpo, segundo a sua vontade” (1Cor
12, 18).
A Iniciação à Vida Cristã é tarefa de toda a comunidade
paroquial e assumida nos seus diversos ministérios. Para uma compreensão comum
do processo, no desenvolvimento das diversas passagens, requer a interação de uma
comunidade pastoral orgânica e viva.Daí a necessidade de se repensar a
catequese como um único corpo na diversidade de membros, buscando novos rumos
num clima de trabalho mais fraterno, pois todos são responsáveis pela acolhida,
formação e integração dos novos membros no seio da Igreja: padre, diácono,
seminaristas, religiosos, todas as pastorais, porque existe um único corpo com diversos membros.
Em Jesus encontramos a resposta às perguntas que muitos fazem: é
necessário toda essa gente? A sua compreensão é dada na sua forma
teológica: “Vinde e
vede! Ele, evidentemente, passou nesse teste que ele me o propôs. Eles foram,
viram, se encantaram com o que vivenciaram, ficaram, aprenderam, depois
partiram em missão com a vida transformada para sempre. A iniciação à vida
cristã supõe uma comunidade que passe no teste do ‘Vinde e vede’. Iniciação não
é só aprendizado de doutrina. É inserção na totalidade da experiência de fé
dentro de uma comunidade em que se identifica a presença ativa do fermento do
evangelho e a força transformadora do amor de Jesus” (CNBB. Iniciação à Vida Cristã: Um processo
de Inspiração Catecumenal. Brasília: Edições CNBB, 2009, n. 26).
O grupo ou Comissão que
implantará a Iniciação à Vida Cristã, de inspiração catecumenal, é um corpo de
fundamental importância, é o alicerce dessa construção eclesial.
A constituição e organização da Pastoral para a Iniciação à Vida
Cristã, tanto diocesana como paroquial, é de fundamental importância, pois em
grande parte a dinâmica de todo o processo depende dessa pastoral, e que seja
bem articulada. É preciso que se pense primeiro em sua estrutura e articulação,
para depois, implantá-la.
A Igreja é um corpo no Corpo de Cristo, ela funciona na dinâmica
de uma comunidade teologicamente integrada e articulada membro a membro. A
Iniciação Cristã de Inspiração Catecumenal é um processo de etapas dentro e com
a comunidade.
O RICA-Ritual da Iniciação Cristã de Adultos assim começa a
definir sua estrutura: “A
iniciação dos catecúmenos processa-se gradativamente no seio da comunidade dos
fiéis que, refletindo com os catecúmenos sobre a excelência do mistério pascal
e renovando sua própria conversão, os induzem pelo seu exemplo a obedecer com
maior generosidade aos apelos do Espírito Santo” (RICA –
Introdução ao Rito da Iniciação Cristã de Adultos, n. 4).
Uma equipe específica
A Iniciação à Vida Cristã é responsabilidade de toda a Igreja,
porque toda ela é uma comunidade de inspiração catecumenal: todos os
ministérios, leigos, ordenados, consagrados, todos os serviços e atividades são
convocados a alimentar esse processo, mesmo que em diferentes níveis de
responsabilidade.
Resumimos o que dispõe os números 146, 147 e 148 de Estudos da
CNBB 97, acima citado, acrescido com algumas sugestões práticas e necessárias:
Composição de Comissão de
Iniciação à Vida Cristã, que não se trata apenas de preparação aos sacramentos
de iniciação cristã, pois não é apenas mudança de nome do que já existe para
continuar tudo como estava.Essa Comissão deve receber uma adequada formação para
exercer sua atividade na Iniciação à Vida Cristã de Inspiração Catecumenal, no
contexto da Pastoral Orgânica. Assim poderá ajudar na formação de todos os
catequistas e agentes de pastoral para o novo processo formativo dos fiéis.Subcomissões podem
ser formadas e adaptadas aos iniciantes e catecúmenos, por exemplo: idade,
situações especiais, setores. Essas comissões devem estar integradas com a
Comissão da Iniciação à Vida Cristã que, também, está inserida nas demais
pastorais e dentro do mesmo corpo da Pastoral Orgânica.Manter uma profunda comunhão com
as orientações do Magistério da Igreja sobre a Iniciação à Vida Cristã, como o
Diretório Geral para a Catequese, Diretório Nacional de Catequese, Documentos e
Estudo da CNBB sobre a Iniciação à Vida Cristã.Assessorar a organização e implantação,
articulação, animação, formação e acompanhamento da Iniciação à Vida Cristã em
todos os níveis, na Diocese e Paróquia, produzindo instrumentos necessários à
pastoral.Motivar as
comunidades para implantação do processo de Iniciação à Vida Cristã de
inspiração catecumenal, em todas as paróquias.
Conclusão
É um serviço que deve ser precedido de estudos, planejamento,
formação, envolvendo todo o tecido eclesial local. Parte dos documentos do
Magistério, motivação das pastorais, envolvimento do padre e participação de
toda a comunidade.
Enviado pelo padre coordenador de
pastoral Pe José Aparecido Santos
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