29 de janeiro de 2020

A celebração da "Primeira Eucaristia"

Dentro do Catecumenato original, nos primeiros séculos da Igreja, os chamados Sacramentos de Iniciação Cristã (Batismo, Eucaristia e Crisma) aconteciam de modo totalmente integrado ao processo da Catequese, em um momento de plena maturidade da pessoa para a vida cristã. Não eram considerados como fins em si mesmos, mas como uma fonte sempre renovadora da fé, em vista do testemunho a ser dado numa história difícil e desafiante. Eram preparados de modo gradual, sistemático e vivencial, passando o catecúmeno (adulto que se preparava para a vida cristã) por diversas outras celebrações que o conduziam à experiência sacramental e mistagógica. O dramático desaparecimento histórico do Catecumenato fez com que esses sacramentos se separassem, e, até hoje, padecemos de sua falta de unidade teológica, litúrgica e também catequética.
A “Primeira Eucaristia”
Para grande parte de catequizandos e pais – e infelizmente para muitos catequistas também!- a chamada “Primeira Eucaristia” acaba sendo uma meta da catequese, um ponto de chegada, e não um dos importantes momentos celebrativos, ou algo que se integra à vida do catequizando, em vista da vivência madura e comprometida da fé. Tudo gira em torno da sacramentalização, do dia “tão esperado da Primeira Eucaristia”, como se todo o processo catequético tivesse como única finalidade a preparação para essa celebração. Perde-se a noção de catequese permanente, durante toda a vida. Chegar à “Primeira Comunhão” passa a ser o objetivo dos quatro ou mais anos de caminhada catequética e, quando chega essa ocasião, é como se um “diploma” de bom cristão fosse conferido ao catequizando. Essa maneira reducionista de encarar a Eucaristia deve ser revista seriamente.
A começar, as expressões “Primeira Eucaristia” e “Primeira Comunhão” sugerem alguns equívocos e reforçam noções limitadas desse Sacramento. Até que o catequizando comungue, pela primeira vez, o Pão e o Vinho consagrados, de quantas celebrações eucarísticas ele já participou? Quantas vezes ele já experimentou a alegria da comunhão fraterna da assembléia litúrgica, ao rezar “Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo”? Quantas ele vezes já comungou da Palavra de Deus, alimento servido aos fiéis em cada celebração da qual participou com seus pais e com outras crianças? Certamente não será a sua “primeira”... Chamar de “Primeira Comunhão” àquela celebração, não seria reduzir toda a riqueza da Eucaristia ao fato de comer o Corpo e beber o Sangue de Cristo sob as formas do pão e do vinho, ainda que seja esse um momento solene, de riqueza espiritual imensurável?
Seria mais coerente considerar a “Primeira Comunhão” Eucarística como o cume, ponto mais alto das várias comunhões que o catequizando é chamado a fazer, no seu itinerário de crescimento na fé. Elas precedem e dão maior sentido à comunhão eucarística: a comunhão com o cosmos, o universo, o mundo em que vivemos; a comunhão de amor e fraternidade realizada na vivência familiar; a comunhão com os irmãos da comunidade-Igreja; a comunhão com o irmão empobrecido, necessitado, etc. 
Pe. Vanildo Paiva
Especialista em Catequese e Liturgia 

Lançado o concurso para a música da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2020

Lançado o concurso para a música da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021
Lançado o concurso para a música da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2020
Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) lançou dia 27 de janeiro o concurso para a escolha da música tema da Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) 2021. O tema da campanha é: “Fraternidade e diálogo: compromisso de amor” e o lema bíblico: “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade” (Ef 2, 14ª). O prazo final para o envio de propostas 04 de abril de 2020. Confira, abaixo, os detalhes do edital.
CONCURSO PARA ESCOLHA MÚSICA DA
CAMPANHA DA FRATERNIDADE ECUMÊNICA – CFE – 2021
O Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil lança concurso para escolher a música tema da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021.
Tema da Campanha da Fraternidade Ecumênica:
Fraternidade e diálogo: compromisso de amor.
Lema bíblico:
“Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade”. (Ef 2.14a).
Objetivo geral:
Através do diálogo amoroso e do testemunho da unidade na diversidade, inspirados e inspiradas no amor de Cristo, convidar comunidades de fé e pessoas de boa vontade para pensar, avaliar e identificar caminhos para a superação das polarizações e das violências que marcam o mundo atual.
1. O que enviar?
Para concorrer, o/a participante precisa encaminhar proposta de letra e música considerando as seguintes orientações:
a) A música-tema da CFE 2021 precisa considerar os aspectos litúrgicos e celebrativos que envolvem a CFE, em especial as perspectivas de fraternidade e diálogo;
b) Que esteja, preferencialmente, de acordo com o período litúrgico da CFE, período de quaresma;
c) É importante que o compositor ou compositora realce bem o sentido da letra. É importante que, antes de pensar na composição, o autor ou a autora estude bem a letra da canção e observe os acentos tônicos (fortes) das palavras para que haja uma correspondência natural com os tempos fortes da melodia. Quando as sílabas não acentuadas (átonas) coincidirem com os tempos fortes de cada compasso, a palavra fica deformada (por exemplo: terrá, horá, vamós, etc);
d) Que a letra e a melodia sejam fluentes, simples, mas belas. A tessitura média das notas musicais seja acomodada preferencialmente entre “dó3″ (dó central do piano ou órgão) e o do ” dó 4″ (uma oitava acima);
e) Que a música seja construída a partir da escala diatônica, evitando, assim, cromatismos exagerados (semitons sucessivos) e intervalos de difícil entoação;
f) Que busque a originalidade, fugindo da estética da música de mercado, e seus chavões e clichês por demais conhecidos e gastos;
g) Que a canção possa refletir e se inspirar na diversidade musical brasileira.
2. Do formato: 
As músicas precisam ser escritas em pauta, com a dimensão dos acordes (cifras) para o acompanhamento instrumental. As melodias que não vierem anotadas na pauta serão automaticamente desclassificadas.
Estejam, exclusivamente, em formato MP3.
3. Da inscrição:
O título da mensagem de e-mail que encaminhará o material para o Concurso deverá ser preenchido com um pseudônimo.
A composição e melodias deverão estar acompanhadas de:
a) Nome e endereço dos(as) autores(as), compositores(as)
b) Declaração (vide Anexo 1) cedendo os direitos autorais em benefício do Conselho Nacional de Igrejas – Conic;
d) Autorização para que a equipe técnica do CONIC possa realizar eventuais alterações / ajustes na peça;
4. Da autoria:
Poderá ser individual ou em grupo.
5. Do prazo:
O prazo para o envio de propostas é dia 04 de abril de 2020.
6. Da seleção: 
A seleção será em reunião específica, na sede do CONIC, em Brasília-DF. A decisão da premiação será de exclusividade do CONIC/Comissão da CFE e é irrecorrível. É vedado o acesso ao resultado de eventual “colocação” ou posição, sendo revelado apenas a música vencedora.
7. Endereço de envio: 
Todo material deverá ser enviado para o endereço eletrônico conic@conic.org.br, com cópia para comunicacao@conic.org.br. Materiais encaminhados apenas para um dos e-mails acima citados poderão, eventualmente, ficar de fora do Concurso.
8. Regras sobre a premiação:
A premiação deste Concurso será a reprodução da música nos materiais oficiais da Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2021 e nas demais peças da Campanha, bem como a divulgação dos créditos de autoria dos(as) compositores ou das compositoras. Não haverá premiação em dinheiro.
9. Dos casos omissos e do foro:
Os casos omissos serão resolvidos pela Secretaria Geral do CONIC, amparado na legislação pertinente. Elege-se o foro de Brasília, DF, para eventuais controvérsias decorrentes do presente Concurso, renunciando todos os participantes qualquer outro, por mais privilegiado que seja.
 Fonte: CNBB

26 de janeiro de 2020

Encontro de coordenadores da Catequese Diocesana

Aconteceu em Guanhães, o encontro de coordenadores diocesanos de catequese, no intuito de socializarem o conteúdo que foi passado no IRPAC e planejarem a prática na diocese.
"Passemos para  outra margem". Os coordenadores que participaram do Curso do IRPAC e do Novo Curso de Coordenadores transmitiram de forma sintetizada, o que aprenderam em BH nos dias 05 a 10  e 05 a 17 de janeiro .