19 de outubro de 2012

Reflexão:Quando perdemos alguém e A LECTIO DIVINA








A LECTIO DIVINA OU LEITURA ORANTE DA PALAVRA DE DEUS

Com a Leitura Orante da Palavra de Deus nos aproximamos da Escritura Sagrada com uma finalidade existencial ou vital, ou seja, para alimentar a fé, para favorecer o aprofundamento da adesão pessoal a Deus, e a seu Filho. Portanto a atitude interior não é caracterizada pelo interesse científico, pela curiosidade, mas pela sede do coração.
Seguem abaixo os passos a serem seguidos na Lectio Divina. São aqueles já apontados pela longa tradição monástica e formalizados pelo monge cartuxo Guido II, na sua carta “A escada dos monges”, por volta do século XII.
LEITURA: O que diz o texto em si? Criar silêncio interior, predispondo-se a escutar. Leitura lenta e atenta do texto.  É Deus que fala. Momento de silêncio, lembrando o que leu. Considerar bem o sentido de cada frase.  Repetir alguma frase ou palavra que mais tocou. Estar atento a detalhes do texto; personagens, os símbolos e etc. Consiste em desvendar o texto dentro do seu contexto, isto é, ver a realidade que está por trás do texto.
MEDITAÇÃO: O que o texto diz para mim? Ler de novo o texto. Atualizar, assimilar e encarnar a Palavra, ligando-a com a vida. Tentar alargar a visão, ligando o texto com outros textos bíblicos. Qual é a mensagem do texto para o cotidiano? Na meditação busca-se a mensagem do texto para a época em que foi escrito, mas essa mensagem só estará completa quando se interpreta e atualiza o texto para o contexto da realidade atual. A meditação é o momento de deixar-se conduzir pela Palavra. O que a Palavra fala. Interpretar e identificar-se com o texto, partindo do seu “hoje”, da sua realidade.
ORAÇÃO: O que o texto me faz dizer a Deus? Ler de novo o texto. Assumir um compromisso. Formular preces para suplicar, louvar e agradecer a Deus. O coração, tocado assim pela Palavra de Deus, sente-se impulsionado espontaneamente à oração: louva, agradece, adora, pede perdão. A meditação se desdobra na oração. Praticamente a oração, está presente em todas as etapas, pois o método é todo ele orante. Oração aqui é entendida como dialogo com Deus a partir dos apelos que ele nos faz através do texto. A oração é o momento tanto para o louvor, para a ação de graças, para as súplicas, para os pedidos de perdão, para a reza de algum salmo conhecido, ou cantar algo que esteja em sintonia com o que foi lido e meditado.
CONTEMPLAÇÃO: Olhar a vida com os olhos de Deus. Qual o novo olhar que surge depois da Leitura Orante do texto? Como tudo isto pode ajudar a viver melhor o compromisso de vida? Que desafios descobriu-se para se aperfeiçoar como discípulo de Jesus? Contemplação é silenciar para perceber a ação de Deus operada através do texto. Prolonga-se na contemplação, enquanto simples estar na presença de Deus, conviver com Ele em confiança, amor e paz. Descanso. A contemplação ajuda a entender o que Deus está querendo através do texto.
            Por fim uma palavra de Bento XVI no final do Sínodo dos Bispos sobre a Palavra de Deus: “Criai o silêncio para escutar com eficácia a Palavra do Senhor e conservai o silêncio depois da escuta, porque ela continuará habitando, vivendo e falando-vos. Fazei que ela ressoe no começo do vosso dia, para que Deus tenha sempre a primeira palavra e deixai-a ressoar em vós à noite, para que a última palavra seja de Deus”.

Wanderlei Rodrigues dos Santos
wrodrigues.santos@gmail.com

Sabedoria popular


Assembléia das Ferramentas



Contam que na carpintaria houve uma vez uma estranha assembléia. Foi uma reunião de ferramentas para acertar suas diferenças.

Um martelo exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria que renunciar. A causa? Fazia demasiado barulho; e além do mais, passava todo o tempo golpeando.O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo.

Diante do ataque, o parafuso concordou, mas por sua vez, pediu a expulsão da lixa. Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em atritos. A lixa acatou, com a condição de que se expulsasse o metro que sempre media os outros segundo a sua medida, como se fora o único perfeito.

Nesse momento entrou o carpinteiro, juntou o material e iniciou o seu trabalho. Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso. E finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel.

Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembléia reativou a discussão.

Foi então que o serrote tomou a palavra e disse:

"Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com nossas qualidades, com nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos pontos fracos, e concentremo-nos em nossos pontos fortes."

A assembléia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para limar e afinar asperezas, e o metro era preciso e exato.

Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade. Sentiram alegria pela oportunidade de trabalhar juntos.

Ocorre o mesmo com os seres humanos. Basta observar e comprovar.

Quando uma pessoa busca defeitos em outra, a situação torna-se tensa e negativa; ao contrário, quando se busca com sinceridade os pontos fortes dos outros, florescem as melhores conquistas humanas.

É fácil encontrar defeitos, qualquer um pode fazê-lo. Mas encontrar qualidades... isto é para os sábios!!!!

                                                 Autor desconhecido.



Para refletir!


Frases que bloqueiam o bom planejamento da catequese

Tem muita gente que sonha alto na catequese. Que bom! Pessoas que não querem ficar no marasmo de sempre e não se contentam com a mesmice. Em nosso meio há muitos catequistas entusiasmados com a missão que lhes foi confiada. Porém, existem aqueles que desistem facilmente. Acham-se sem condições, sem tempo, limitados, despreparados. Ficam com medo de saber até onde podem chegar como catequistas.
O medo nos paralisa e atrofia, nos impede de sonhar mais alto, de mudar o mundo, atingir as pessoas com o projeto de Deus. O medo é um câncer para a catequese. É ele que nos impede de prosseguir, de alcançar voos mais altos, de lutar por encontros melhores, de entusiasmar jovens, crianças, adultos, pais, padrinhos e até mesmo outros catequistas que conosco caminham.
O medo, quando ataca, vem com tudo, paralisa sonhos, fragiliza ações, desvia caminhos.
Precisamos enfrentá-lo com toda a fé e força. A oração é um antídoto precioso contra este sentimento terrível que é o medo.
Estamos em fase de relatórios e planejamentos para a catequese em 2013. Acontecem em nossa diocese de Guanhães encontros, reuniões de formação, aprendizado de técnicas, dinâmicas e até mesmo a busca de conteúdos para os encontros semanais.
Sempre surgem ideias diferentes nestas reuniões. Alguém sempre diz “Por que a gente não faz diferente desta vez?”. O entusiasmo está presente, é fácil notar isso. Nós, catequistas, estamos dispostos a mudar, a crescer, tornar a catequese algo que realmente toque e indique o projeto de Deus. Mas, o “maldito” medo, busca outros sentimentos para reinar nas ideias de muitos catequistas e coordenadores.
Resolvi separar algumas outras frases, que no meu entendimento, atrapalham um bom planejamento na catequese impedindo que diversos grupos de catequistas pelo menos tentem fazer coisas diferentes, saindo da mesmice e do marasmo. São elas:
·         Que ridículo!
·         Não temos tempo.
·         Em time que está ganhando não se mexe.
·         Está bom assim. Por que mudar se está funcionando bem?
·         Ninguém vai participar. É melhor nem fazer.
·         Nunca fizemos isso antes. Não vai funcionar.
·         Não estamos preparados para isso.
·         Isso é problema deles, não nosso.
·         Vamos pôr os pés no chão.
·         O padre não concorda com isso.
·         Já tentamos assim.
·         Alguém já tentou antes?
·         Os pais não querem nada com nada. Não adianta convidá-los.
O medo não pode ser o maior sentimento entre nós, lideranças pastorais, catequistas e coordenadores. Quem sabe você arrisca a enfrentá-lo? Quem sabe você tenta fazer coisas diferentes? Quem sabe você partilha com os demais os seus sonhos, projetos e desejos para a catequese?
Se eu disser “Eu posso, eu quero, eu vou conseguir” e acreditar nisso, o universo conspira a meu favor. Mas por favor, não desista antes de pelo menos tentar.
“Eu posso, eu quero, eu vou conseguir.” E você conseguirá.
Roberto Magno
Comunidade Nossa Senhora de Nazaré
Joanésia-MG

14 de outubro de 2012

A Paz Interior como Fundamento para a Paz Exterior


   Show Canto Pela Paz - Paróquia N. Sra. Aparecida/Guanhães:





"Os franciscanos, dentro do mais puro espírito de São Francisco, costumam saudar-se exclamando: “Paz e bem”. A Igreja vem insistindo em lembrar que uma paz verdadeira e duradoura será impossível sem justiça e amor. Quem sabe, a saudação franciscana ficaria mais completa, se disséssemos: Justiça, amor e paz! Irmãos e irmãs, Queremos ser de fato um instrumento de paz? Antes de qualquer coisa, tornemo-nos ainda mais apaixonados pelo irmão e mestre Jesus de Nazaré, tomemos consciência da importância da vida em comunidade.
Amemo-nos uns aos outros
Pois o amor vem de Deus
E todo aquele que ama
Nasceu de Deus
E chega ao conhecimento de Deus
Pois quem ama conhece a Deus"
“Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz.” Essa é a prece que não cessa em nosso coração. Fazei de nós, Senhor, instrumentos da paz tão querida para nossa cidade, para as nossas comunidades, para as nossas famílias. Sejamos, com São Francisco de Assis, sonhadores da paz.




Como disse certa vez padre Zezinho em uma belíssima canção: Se quer fazer alguma coisa pela paz/ A gente tem que lutar/ Tem que arriscar/ Tem que falar/ Tem que dançar/ Tem que levar o pão e a paz.
 Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo encha o nosso coração de alegria e de ternura.
Paz e Bem!