11 de janeiro de 2013

"Sem formação a catequese 'dança '"!



Queridos e queridas, enquanto descansamos dos trabalhos, vamos recordar... 
“As celebrações litúrgicas, com a riqueza de suas palavras e ações, mensagens e sinais, podem ser consideradas uma “catequese em ato”. Mas, por sua vez, para serem bem compreendidas e participadas, as celebrações litúrgicas ou sacramentais exigem uma catequese de preparação ou iniciação”.
 A Liturgia, com sua peculiar organização do tempo (domingos, períodos litúrgicos como Advento, Natal, Quaresma, Páscoa...) pode e deve ser ocasião privilegiada de catequese, abrindo novas perspectivas para o crescimento da fé...”
“A catequese precisa iniciar os catequizandos à riqueza da liturgia. É tarefa da catequese introduzir no significado e participação ativa, interna e externa, consciente, plena e frutuosa dos mistérios, celebrações, sinais, símbolos, ritos, orações e outras formas litúrgicas”.

“ A liturgia, por sua própria natureza, possui uma dimensão catequética. A catequese deve ser realizada em harmonia com o ano litúrgico”.


                                                   Já começou um Novo Ano!
                                                De Abílio Gonçalves 

Através do ciclo anual, a Igreja comemora o mistério de Cristo, desde a Encarnação ao dia de Pentecostes e à espera da vinda do Senhor" (NUALC nº 43 e SC nº 102). O Ano Litúrgico é o “Calendário religioso”. Contém as datas dos acontecimentos da História da Salvação. Não coincide com o ano civil, que começa no dia primeiro de janeiro e termina no dia 31 de dezembro. O Ano Litúrgico começa e termina quatro semanas antes do Natal. Tem como base as fases da lua. Compõe-se de dois grandes ciclos: o Natal e a Páscoa. Vejam a figura a seguir:
O Ano Litúrgico tem como coração o Mistério Pascal de Cristo, centro vital de todo o seu organismo. Nele palpitam as pulsações do coração de Cristo, enchendo da vitalidade de Deus o corpo da Igreja e a vida dos cristãos.
O Natal tem um tempo de preparação, que é o Advento; e a Páscoa tem também um tempo de preparação, que é a Quaresma. Ao lado do Natal e da Páscoa está um período longo, de 34 semanas, chamado Tempo Comum. O Ano Litúrgico começa com o Primeiro Domingo do Advento e termina com o último sábado do Tempo Comum, que é na véspera do Primeiro Domingo do Advento. A seqüência dos diversos “tempos” do Ano Litúrgico é a seguinte:
CICLO DO NATAL
ADVENTO
(Advento: Inicia-se o ano litúrgico. Compõe-se de 4 semanas. Começa 4 domingos antes do Natal e termina no dia 24 de dezembro. Não é um tempo de festas, mas de alegria moderada e preparação para receber Jesus.)
Início: 4 domingos antes do Natal
Término: 24 de dezembro à tarde
Espiritualidade: Esperança e purificação da vida
Ensinamento: Anúncio da vinda do Messias
Cor: Roxa
NATAL
É comemorado com alegria, pois é a festa do Nascimento do Salvador.)





 Início: 25 de dezembro 
Término: Na festa do Batismo de Jesus
 
Espiritualidade: Fé, alegria e acolhimento.
 
Ensinamento: O filho de Deus se fez Homem
 
Cor: Branca
 

TEMPO COMUM
1ª PARTE
(1ª parte: Começa após o batismo de Jesus e acaba na terça antes da quarta-feira de Cinzas.)
Início: 2ª feira após o Batismo de Jesus 
Término: Véspera da Quarta-feira das Cinzas 
Espiritualidade: Esperança e escuta da Palavra 
Ensinamento: Anúncio do Reino de Deus 
Cor: Verde 

2ª PARTE
(2ª parte: Começa na segunda após Pentecostes e vai até o sábado anterior ao 1º Domingo do advento.) 
Início: Segunda-feira após o Pentecostes 
Término: Véspera do 1º Domingo do Advento 
Espiritualidade: Vivência do Reino de Deus 
Ensinamento: Os Cristãos são o sinais do Reino 
Cor: Verde 
 
CICLO DA PÁSCOA 
QUARESMA 


Quaresma: Começa na quarta-feira de cinzas e termina na quarta-feira da semana santa. Tempo forte de conversão e penitência, jejum, esmola e oração. É um tempo de 5 semanas em que nos preparamos para a Páscoa. 

Não se diz "Aleluia", nem se colocam flores na igreja, não devem ser usados muitos instrumentos e não se canta o Hino de Louvor. É um tempo de sacrifício e penitências, não de louvor.
Início: Quarta-Feira das Cinzas
Término: Quarta-feira da Semana Santa
Espiritualidade: Penitência e conversão
Ensinamento: A misericórdia de Deus
Cor: Roxa


PÁSCOA

Páscoa: Começa com a ceia do Senhor na quinta-feira santa. Neste dia é celebrada a Instituição da Eucaristia e do sacerdote. Na sexta-feira celebra-se a paixão e morte de Jesus. É o único dia do ano que não tem missa. Acontece apenas uma Celebração da Palavra.


                                                                                     



No sábado acontece a solene Vigília Pascal. Forma-se então o Tríduo Pascal que prepara o ponto máximo da páscoa: o Domingo da Ressurreição. A Festa da Páscoa não se restringe ao Domingo da Ressurreição. Ela se estende até a Festa de Pentecostes. (Pentecostes: É celebrado 50 dias após a Páscoa. Jesus ressuscitado volta ao Pai e nos envia o Paráclito.) 





Início: Quinta-feira Santa (Tríduo Pascal)
Término: No Pentecostes
Espiritualidade: Alegria em Cristo Ressuscitado
Ensinamento: Ressurreição e vida eterna
Cor: Branca

Importante:
Ao todo são 34 semanas. É um período sem grandes acontecimentos. É um tempo que nos mostra que Deus se fez presente nas coisas mais simples. É um tempo de esperança e acolhimento da Palavra de Deus.
"O Tempo comum não é tempo vazio. É tempo de a Igreja continuar a obra de Cristo nas lutas e nos trabalhos pelo Reino." (CNBB - Documento 43, 132).
                                                   

Refletindo!



Nosso desafio não é o de criar cristãos, mas de criar pessoas honestas, humanas, solidárias, compassivas, respeitosas da natureza  dos outros.Se conseguirmos isso é o sonho de Jesus realizado."
                       Leonardo Boff.

8 de janeiro de 2013

Curso do IRPAC do Regional Leste 2 reúne 170 participantes




Tem início nesta segunda-feira, 7 de janeiro , mais um edição do Curso do Instituto Regional de Pastoral Catequética (IRPAC) do Regional Leste 2 da CNBB (Minas Gerais e Espírito Santo).

O curso que segue até o dia 18 de janeiro, é realizado na Casa de Retiros São José, em Belo Horizonte (MG), e tem como objetivo preparar coordenadores de Catequese nos vários níveis de Igreja (dioceses, paróquias, comunidades), visando a formação pessoal e eclesial. Além de refletir sobre a prática catequética, à luz da Teologia e das orientações do Magistério Eclesial, e capacitar agentes multiplicadores para a formação de catequistas de base.

O curso do IRPAC conta com 170 participantes entre catequistas, coordenadores de catequese, leigo(a)s, religioso(a)s e padres  das (arqui)dioceses de Minas Gerais e Espírito Santo. O curso é divido em quatro módulos e a carga horária total é de 308 horas/aula. Cada módulo aprofunda um aspecto essencial para a formação de um coordenador de Catequese ou formador de catequistas. O primeiro módulo inicia o curso com Metodologia Científica; o segundo módulo, os estudos de Introdução ao Primeiro e Segundo Testamentos; o terceiro módulo inicia o estudo de Ética e Catequese; e o quarto módulo iniciam os estudos de Escatologia.

Neste ano o IRPAC conta com uma novidade. Em uma parceria firmada com o Regional Leste 2 da CNBB,  a Pontifícia Universidade Católica, PUC-Minas, reconheceu o curso do IRPAC como uma especialização. O IRPAC passa agora a ser pós-graduação - Especialização em Catequética. A nova turma que começa este mês já entrará na Especialização.

Para a coordenação do IRPAC, a Especialização em Catequética quer propor uma catequese que reflita de modo novo as grandes questões da vida cristã no mundo de hoje. Tendo como inspiração o Diretório Nacional de Catequese, leva a sério as novas sensibilidades e expectativas dos catequistas e catequizados, sobretudo na cultura urbana, que exige novos métodos, nova linguagem, novo jeito de apresentar a mensagem cristã.

Cláudia Helena da Silva-Assessoria de Comunicação /CNBB Regional Leste 2
Tel.:(31) 3224-2434
 
Outras informações:
www.cursodoirpac.blogspot.com.br
 

Psicologia da Criança - Parte I



O assunto que pretendo tratar a seguir não é um estudo sistemático sobre psicologia da criança e sim uma simples orientação para os catequistas no seu trabalho de evangelização. A intenção é apontar algumas sugestões que facilite conhecer a si próprio e aos outros, fazendo uma interação da fé com a vida.
Terei que dividir esse assunto no mínimo em três partes, para não ficar pesado para leitura e para podermos meditar com tranquilidade sobre nossas crianças.
Toda criança com o qual convivemos hoje, ou vamos conviver um dia, é fruto de tudo que ela recebeu no passado. Cada criança tem a sua maneira de ser especificamente, devido às diversas maneiras de criação pelos pais. O ambiente, a situação socioeconômica em que vive pode mudar o seu comportamento e sua vida.
Para o catequista, é necessário saber entender na medida do possível, certas exigências que a catequese nos faz. Jamais poderemos compreender bem os homens, sem primeiro entender as crianças. Para transmitirmos o conteúdo da catequese a fim de que a criança possa entender, assimilar e vivenciar devemos conhecer suas características, aspirações, exigências e o comportamento em cada fase de seu desenvolvimento para que a forma de catequisar seja adequada.
7 a 9 anos
CARACTERÍSTICAS: As crianças dessa idade gostam de admirar as coisas, portanto é uma fase em que os pais e catequistas devem levá-las a admirar o mundo que as cerca. São curiosas e gostam de desenhar a natureza, contemplar a beleza e rejeitam os que lhes agrada. É importante incentivar a criança fazendo com que ela desenvolva suas qualidades, seus dons, valorizando qualquer trabalho feito por ela, porque eles são a expressão do seu mundo. Nunca dizer que está mal feito. Encontramos às vezes crianças difíceis que querem ser o centro das atenções tanto dos pais como dos catequistas, é importante repreendê-las, educando-as para a responsabilidade.
INÍCIO DA IDADE DA RAZÃO: Nessa idade ela torna-se mais consciente de suas responsabilidades e já faz o discernimento entre o bem e o mal porque ela já começa a formar conceitos e construir pensamentos.
A CRIANÇA TEM UM RITMO LENTO E MEDITATIVO: A criança necessita de tempo para olhar, pensar, assimilar, memorizar e executar qualquer ação. Ela gosta de cantar e repetir diversas vezes a mesma canção, como também de ver e rever o que lhe é mostrado. Quando mostramos um cartaz para os nossos catequizandos precisamos ter paciência e dar a eles tempo para não só ver o cartaz, mas principalmente observá-lo bem.
É A IDADE DOS “POR QUÊS”: As crianças dessa idade questionam tudo, desejam saber o porquê e o como das coisas. Nesta fase ela começa a raciocinar, porém não consegue ainda entender as ideias abstratas, sendo necessário explicar-lhes os sentimentos alheios. Questionam o porquê de Jesus ter vindo ao mundo.
DESPERTAR DA CONSCIÊNCIA MORAL: A criança vai se tornando capaz de distinguir o bem do mal, o certo do errado. Ela já começa a entender o seu SIM ou o seu NÃO a Deus. É o nascimento da liberdade. A criança começa a ser capaz de dizer por si mesma: isto é bom, isto é mal, gosto disso, não gosto daquilo, e através deste discernimento começa ser responsável por seus atos. Nesta idade, a criança torna-se mais retraída, tem pudor, tem segredos, gosta de mentir, relaciona e quer saber o porquê das ordens recebidas.
AVIDEZ DO SABER: Com o enriquecimento do vocabulário, a criança é despertada para ser criativa. Quer ler e saber tudo, mostrar a todos que sabe ler. Os pais e catequistas devem aproveitar e muito esse momento para incentivar a leitura.
IDADE DAS RELAÇÕES PESSOAIS: Nesta fase a criança percebe que faz parte de grupos diferentes como a escola, a família e de pessoas que moram numa mesma rua ou bairro. Ela começa a ter um maior contato com pessoas fora de seu círculo familiar, como ela é muitas vezes sugestionada deixar-se influenciar pelos outros. Parte para experiências concretas; desenvolve o lado físico e emocional; apresenta reações violentas, mas de curta duração. Fica arrependida quando agride alguém em suas briguinhas.
ATIVIDADES DOS CATEQUISTAS E DOS PAIS: Devem ensinar o que é consciência e que Deus nos fala por meio dela. Mostrar à criança porque é importante dizer sim à Deus, mostrar a ela que Deus nos ama e nos chama para o bem. Deve-se criar uma relação de amizade para que a criança sinta que é amada e devemos aproveitar suas energias. Procure ser amigo e com carinho e paciência canalize as agressividades da criança para o bem e para Deus.

Em breve parte II – 9 a 12 anos.

Roberto Magno
Comunidade Nossa Senhora de Nazaré
Joanésia-MG