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A história da catequese – Parte III
Com essa terceira parte quero finalizar essa história que na verdade não tem fim, muita coisa aconteceu e muita história ainda vamos escrever, cada um de nós, catequistas, temos muitas histórias a contar.
Nesta última parte quero falar sobre a catequese e o Concílio de Trento e o Concílio Vaticano II.
Foi lá pelos anos 1500 que a Igreja teve de enfrentar um problema muito sério, isto é, a separação de uma parte do povo alemão liderado por Lutero. Coisa triste! E por que será que Lutero fez isso? Ele mesmo explicou que aquela separação era um protesto contra o Papa. Lutero achava que o Papa estava deixando entrar no meio do povo muitos erros a respeito da fé. E será que isso era verdade? O que diz a história?
Com a morte do Imperador Carlos Magno havia começado, na Europa, a grande luta pelo poder... O império que ele tinha organizado foi aos poucos se dividindo em várias nações, cada qual com sua própria língua diferente. Indo à Igreja, o povo já não entendia mais o latim e assim, enquanto o padre rezava a Missa, cada qual fazia suas próprias devoções. Chegou-se a um ponto em que, no meio do povo, as superstições se misturavam às devoções. Estava ficando um pouco difícil entender qual era mesmo a fé da Igreja.
Assim, quando Lutero protestou contra o Papa , muita gente foi atrás dele, pensando que ele tinha razão em tudo quanto ia dizendo.
Sabe o que o Papa fez? Convidou todos os Bispos para uma reunião, um Concílio.
Esse concílio foi feito em Trento, entre os anos 1547 e 1563. Lá os Bispos falaram sobre a catequese. Disseram que o povo faltava instrução religiosa e que era preciso dar um jeito!
Então depois do Concílio de Trento, a Igreja começou a dar às crianças e também aos adultos “aulas de catecismo”. Durante essas aulas havia coisas que deviam ser decoradas, porque os Bispos estavam preocupados com a clareza da fé católica.
Devido à descoberta da imprensa, apareceram também os primeiros livros de catecismo. Eles foram escritos por São Pedro Canísio, São Carlos Borromeu e São Roberto Belarmino.
É muito bom seguir um livro que traz as coisas bem claras, mas devemos prestar muita atenção para não transformar a catequese numa aula, ou numa prova de memória. O critério para admitir aos Sacramentos não é somente saber, mas especialmente participar da vida da comunidade, e viver a fé.
Depois do Concílio de Trento, lá na Europa, o pessoal mudou bastante. Ficou mais rico e mais estudado, mas também achou que não precisava mais de Deus. Assim, de um lado, muita gente se afastou da Igreja, indo atrás do poder, do dinheiro, da política, da ciência... Do outro lado, porém, houve também quem levasse as coisas mais a sério, e aí começaram um estudo bastante aprofundado da Bíblia e da Liturgia.
Os Bispos ficaram preocupados vendo que o povo se afastava da Igreja, então o Papa achou por bem reuni-los todos e assim fizeram o Concílio Vaticano II. Isso aconteceu nos anos de 1962 a 1965.
O Concílio Vaticano II foi um grande acontecimento para a Igreja e para o mundo. A maior preocupação dos Bispos foi então aquela de RENOVAR uma Igreja que parecia estar ficando velha. Era preciso que o Evangelho fosse levado novamente a todos os povos, mas de um jeito que todo mundo pudesse entender a mensagem.
OS BISPOS FIZERAM UM PEDIDO À CATEQUESE. PEDIRAM QUE ELA SE TORNASSE CADA VEZ MAIS EVANGELIZADORA, ATÉ LEVAR O POVO A VIVER AQUELA MESMA FÉ DOS PRIMEIROS CRISTÃOS.
Quero manifestar minha satisfação em poder colaborar com este belíssimo meio de comunicação. Foi um prazer poder contar essa história. A proposta agora é a seguinte: Você, catequista, contar a sua história de vida na catequese.
Roberto Magno
Comunidade Nossa Senhora de Nazaré
Joanésia-MG