Concílio Ecumênico Vaticano II – 50 anos
Pentecostes!
O Espirito Santo veio e transformou os apóstolos de
criaturas tímidas em pessoas corajosas, capazes de anunciar a Palavra do
Mestre, completá-la com o testemunho de vida, sendo pastores do rebanho. É a
ação do Espirito Santo no íntimo das pessoas e na vida comunitária.
O Concílio Vaticano II foi uma destas explosões maravilhosas
do impulso restaurador e renovador do Espirito Santo. Foi um novo Pentecostes no século XX.
POR QUE
ECUMÊNICO?
Concílio Ecumênico (=universal) é uma assembleia de
bispos da Igreja inteira, convocados a fim de estudar determinados temas de fé
e de vida moral. A universalidade dos bispos reunidos não precisa ser
matemática; basta que representem legítima e significativamente a Igreja
inteira. Praticamente, todos os bispos do mundo participaram do Concílio
Ecumênico Vaticano II.
Um Concílio Ecumênico inspira-se nas palavras de
Cristo (MT 18,20) e no modo como os apóstolos, na Igreja primitiva, resolveram
as questões de interesse coletivo. (Lendo: AT 1,15-26; 6.1-6; 15)
POR QUE
TANTOS CONCÍLIOS?
A Igreja é formada por homens que têm pensamentos e
comportamentos diferentes, conforme o tempo em que vivem.
Daí a necessidade de um pronunciamento claro e
firme por parte dos sucessores de São Pedro e dos apóstolos, que oriente os
cristãos em suas dúvidas e dificuldades. Está é a tarefa de um concílio.
Foram até o século XIX (1870), 20 os Concílios
Ecumênicos que acontecera na Igreja, recebendo o nome do lugar em que se
realizaram.
POR QUE A
IDEIA DE UM CONCÍLIO?
O mundo inteiro foi colhido de surpresa, quando o
Papa João XXIII, nem três meses depois de sua eleição, manifestou aos cardeais,
reunidos no mosteiro de São Paulo em Roma, o desejo de convocar um Concílio
Ecumênico. Tratava-se de uma inspiração íntima, como ele mesmo o confessou com
humildade e simplicidade.
“Consideramos
como inspiração de Deus o fato de que, pouco depois da nossa elevação à Sé
Apostólica, a nós veio, qual flor espontânea de inesperada primavera, a ideia
de celebrar um concílio Ecumênico” (João XXIII, 05/07/1959)
POR QUE
CONCILIO VATICANO II?
Com o anúncio do Concílio, surgiu logo uma dúvida:
seria um novo Concílio na História da Igreja ou apenas a continuação do
Vaticano I, interrompido em 1870, devido a guerra franco-alemã?
Veio logo a resposta ao mundo: “O novo Concílio
será o Vaticano II por celebrar-se na Basílica de São Pedro (localizada no
Vaticano). E será o 21º da série dos Concílios” (Cardeal Tardini, 1959).
POR QUE UM
NOVO CONCÍLIO NO SÉCULO XX?
O mundo havia mudados muito até a época do Concilio
Vaticano II.
Tornou-se necessária uma resposta às esperanças do
homem do século XX, convulsionado por mudanças e problemas novos. Foi isto que
o Concílio quis fazer.
Foi o próprio Papa João XXIII que lhe propôs estas
finalidades do Vaticano II:
·
Aumento da fé;
·
Renovação dos costumes;
·
Adaptação da disciplina eclesiástica às
necessidades atuais;
·
Revigoramento do zelo missionário;
·
Melhor compreensão da doutrina da Igreja.
POR QUE
TANTA PREPARAÇÃO PARA ESTE CONCÍLIO?
Um concílio com horizontes tão grandes necessitava
de uma preparação ao mesmo nível. Acrescente-se a isso as facilidades
oferecidas pelo século XX: melhor comunicação, viagens mais rápidas,
possibilitando, assim, recolher um grande material auxiliar para o planejamento
do Concílio.
POR QUE UM
CONCÍLIO TÃO PROLONGADO E TRABALHOSO?
No dia 11 de outubro de 1962, abriu-se oficial e
solenemente, na Basílica de São Pedro, o tão esperado Concílio Vaticano II.
Seus 2540 participantes: bispos, núncios
apostólicos, superiores gerais das Ordens e Congregações religiosas,
representando todos os continentes, todas as raças, ofereceram ao mundo um
espetáculo maravilhoso da unidade da Igreja.
O Vaticano II desenvolveu-se em quatro etapas:
·
1ª etapa: de outubro a dezembro de 1962;
·
2ª etapa: de setembro a dezembro de 1963;
·
3ª etapa: de setembro a dezembro de 1964;
·
4ª etapa: de setembro a dezembro de 1965.
Sendo que, nas interrupções de uma fase a outra, os
participantes votavam ao próprio local das atividades pastorais, para retornar
ao Vaticano, na seguinte.
POR QUE
PAULO VI?
No dia 05/06/1963, quando os participantes do
Concílio haviam voltado para seu campo de trabalho, aguardando a 2ª fase do
Concílio, morreu João XXIII.
Mais uma vez o Senhor mostrou que os homens são
apenas instrumentos do Espírito Santo, na realidade de suas obras.
No dia 21/06/1963 foi eleito Papa O Cardeal
Montini, com o nome de PAULO VI, o qual reassumiu os trabalhos conciliares na
mesma linha do seu antecessor.
POR QUE OS
DOCUMENTOS CONCILIARES?
O Concílio Vaticano II terminou, oficialmente, no
dia 8 de dezembro de 1965.
Tudo que os bispos refletiram, decidiram, e
concluíram, foi resumido nos 16 documentos oficiais do Concílio Vaticano II.
COSNTITUIÇÕES:
·
Sobre a Sagrada Liturgia
·
Dogmática sobre a Igreja
·
Dogmática sobre a Revelação Divina
·
Pastoral sobre a Igreja no Mundo Moderno
DECRETOS:
·
Sobre os Meios de Comunicação Social
·
Sobre o Ecumenismo
·
Sobre as Igrejas Orientais Católicas
·
Sobre as Atividades Missionárias da Igreja
·
Sobre o Múnus Pastoral dos Bispos na Igreja
·
Sobre o Ministério e a Vida dos Presbíteros
·
Sobre a atualização dos Religiosos
·
Sobre a Formação Sacerdotal
·
Sobre o Apostolado dos Leigos
DECLARAÇÕES:
·
Sobre a Educação Cristã
·
Sobre a Liberdade Religiosa
·
Sobre a Relação da Igreja com as Religiões não
Cristãs.
Estavam lançados os alicerces da grande renovação
da Igreja do século XX. Voltando para suas sedes de trabalho, os padres
conciliares procuraram pôr em prática o que estes documentos resumiram, de
acordo com as diferentes realidades concretas de cada local.
Para sermos bons catequistas evangelizadores temos
que estudar e muito sobre a vida da nossa Igreja. Isso é muito importante,
assim vamos amá-la mais.
Roberto
Magno
Comunidade
Nossa Senhora de Nazaré