1 de novembro de 2012

2 de novembro e as nossas perdas



Se você perdeu alguém ou teve uma grande ruptura na sua vida, é preciso realizar um processo de aceitação e relacionar-se com essa perda, com a dor da morte. Alguns passos para retomar o processo para viver bem as perdas e o luto:
1º - Assumir que você tem direito de estar de luto, de chorar, de querer se recolher, de sentir a dor da ruptura. Não tente mascarar a realidade e os seus sentimentos. Isso é natural, querer fugir disso é problema na certa;
2º - Dar nome aos seus sentimentos: dor, saudade, decepção, revolta; pois você esperava outra coisa e até um milagre, a recuperação, a reconciliação;
3º - Perdoar e reconciliar-se com todas as situações que envolveram essa perda: perdoar a pessoa que faleceu, por ela ter ido desta forma tão cedo, por ter se separado de você, por não ter se despedido etc. Perdoar Deus por ter permitido essa morte ou essa perda, por não ter realizado o que você tanto pediu. Perdoar as pessoas que estavam vivendo com você nesse momento: médicos, parentes, instituições. Perdoar a si mesmo por ter se exposto, por não aceitar o processo natural e não se permitir sofrer.
4º - Tomar consciência de que Deus está no controle de todas as coisas. O desejo d'Ele não é a morte nem o sofrimento humano, mas acontece no “tempo de Deus”, pois Ele sabe o que é melhor para nós. A providência é a sabedoria de Deus que rege todas as coisas, a visão d'Ele não é limitada como a nossa. Deus não erra e sempre nos vê com amor!
5º - Guardar uma verdadeira imagem da pessoa que se perdeu. Quando se perde alguém, é costume preservar a imagem da pessoa, mas o exagero da memória de quem morreu ou foi embora não nos ajuda a recuperar o luto, a perda. Por isso, é essencial guardar a verdade das pessoas, as qualidades e os defeitos. Não é só porque morreu, que se tornou santo: “Ah, fulano era tão santinho! Só tinha alguns defeitinhos de nada!”.
Jesus disse: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá” (Jo 11,25).

Oração: Senhor Jesus, também sofrestes perdas e luto. Ajuda-me com o Seu Santo Espírito a viver bem e com equilíbrio todas as etapas de minha vida, os lutos e as perdas que tenho tido na minha caminhada. Ensina-me a perdoar e a pedir perdão, a ser desapegado das coisas e das pessoas. Que eu viva intensamente o amor nos meus relacionamentos e que não deixe para trás nada sem resolver. Nossa Senhora do Equilíbrio, caminhai comigo e rogai por nós.
Roberto Magno
Comunidade Nossa Senhora de Nazaré
Joanésia-MG

30 de outubro de 2012

O Catequista e o Ano da Fé



Textos da carta apostólica Porta Fidei do papa Bento XVI:

" O Ano da Fé é convite para uma  autêntica e renovada conversão ao Senhor, único salvador do mundo. (n.6)

" No mistério da sua morte e ressurreição, Deus revelou plenamente o amor que salva e chama os homens à conversão de vida por meio da remissão dos pecados" (n.6).

"Hoje é necessário um empenho eclesial mais convicto a favor de uma nova evangelização, para descobrir de novo a alegria de crer e reencontrar o entusiasmo de comunicar a fé." (n.7)

" A fé, precisamente porque é um ato da liberdade, exige também assumir   responsabilidade social daquilo em que se acredita." (n.10)

"A fé é decidir estar com o Senhor, para viver com ele. E este 'estar com ele' introduz na compreensão das razões pelas quais se acredita" (n.10)

"Pela fé, Maria acolheu a palavra do anjo e creditou no anúncio de que seria Mãe de Deus. Com a mesma fé, seguiu o Senhor na sua pregação e permaneceu a seu lado mesmo no Gólgota; saboreou os frutos da ressurreição de Jesus e, conservando no coração a memória de tudo, transmitiu-a aos Doze reunidos com ela no cenáculo para receberem o Espírito Santo" (n.13)

" Em Jesus Cristo, morto e ressuscitado para a nossa salvação, encontram plena luz para ver os exemplos de fé que marcaram esses dois mil anos da nossa história da salvação." (n.13)

O que devemos guardar sobre o Ano da Fé:

 1.  É também um ano para celebrar:
-50 anos do Concílio Vaticano II (1962 a 1965).
-20 anos do Catecismo da Igreja Católica (1992).
-Assembleia Sinodal sobre a Nova Evangelização (que está sendo realizada em Roma neste mês).

2.   Finalidades do Ano da Fé:
-Renovação da Igreja.
-Nova Evangelização.

3.  Algumas ações fundamentais:
-Refletir (aprofundar o conteúdo da fé).
-Confessar a fé (confissão pública e individual do CREDO).
-Celebrar a fé  (na Liturgia).
-Testemunhar a fé (caridade).

Algumas ações durante o Ano da Fé:

1.  Rever a Formação dos Catequistas
- Em que cremos?
- Por que cremos?
É preciso e possível proporcionar espaços de formação sobre o CREDO e sobre a Trindade. O Catecismo da Igreja Católica pode ser a fonte de inspiração. Também a Palavra de Deus que é a grande fonte da catequese. 
2. Cuidar da Espiritualidade do Catequista.
3. Rever o Conteúdo da Catequese.

  “Apresentar a pessoa de Jesus, sem maquiagem e fundamentalismos, como sentido máximo para a vida, muito além da Instituição, é fundamental! Proporcionar o encontro com Ele e a experiência do seu amor...Isso exige uma catequese mais “enxuta”, voltada para o essencial, despojada de tantos conteúdos e temas que podem ser compreendidos ao longo de toda a vida cristã”. Pe. Vanildo Paiva

28 de outubro de 2012

COM CERTEZA, É ISSO AÍ!!!


“Temperos” que não podem faltar num Encontro de catequese.

A catequese é lugar do Encontro e todo encontro precisa de preparação. O catequista pensa no que irá “servir”, que conteúdo da mensagem cristã irá propor, que debate irá provocar, e que sabor diferente isso irá trazer para vida. O local e o material a ser usado também precisam ser previstos.

Como a catequese quer promover o amadurecimento da vida, o catequista evita brincadeiras e músicas que infantilizam os jovens e adultos. Trata a cada um com igualdade, não se considera superior a ninguém. Acolhe a todos com muito carinho e amor. É sinal de amor na vida de cada catequizando.

Três cuidados importantes nos encontros catequéticos:
1º - A música não pode faltar de jeito nenhum.
2º - O encontro seja espaço criativo, lugar de reflexão, de debates, de músicas, de painéis etc.
3º - O trabalho com gravuras, pinturas, filmes... é indispensável, uma vez que a cultura atual é a da imagem.

Saber conduzir a conversa é fundamental num encontro cujo segredo é o diálogo. Dialogar é saber lidar com os sonhos, as dores, as alegrias, os vazios, as esperanças e decepções de cada um. Num verdadeiro encontro, não há perdedores e vencedores, mas a delicada arte da participação, do envolvimento. O catequista é a pessoa que provoca a “revelação” de cada um.
  
 
O Encontro com os Catequizandos

O diálogo do encontro pode ser conduzido da seguinte maneira:

O Ponto de partida é o levantamento das experiências do grupo de catequizandos a respeito do assunto a ser conversado.  Isso pode se dar através de dinâmicas, trabalho em grupo, debate etc. O catequista provoca a conversa, tira do grupo o que pensa, o que vive ou viveu, o que sabe a respeito do tema. Haverá experiências positivas (amor, amizade) ou negativas (sofrimento, tristeza). Se não levarmos isto em conta, a mensagem não os atinge, nem é assimilada.  

Com essa constatação o catequista passa a Aprofundar a experiência do grupo com o conteúdo da mensagem cristã, o tema do encontro. É o momento do “confronto” entre as experiências constatadas e vividas e a Mensagem cristã. Busca-se discernir a realidade à luz da Palavra de Deus.

É preciso também tirar conclusões e consequências para a vida de cada um e a vida da comunidade cristã. É o momento em que o grupo, a partir da conversa do encontro, com ajuda do catequista, verifica o que muda na vida, no jeito de pensar. Que consequências práticas o encontro provoca.

O ponto alto do encontro acontece quando o catequista cria um “clima” para celebrar a vida e a fé: o que o grupo e cada um dos catequizandos tem a dizer a Deus a partir do que está vivendo e do que descobriu no encontro.

Algumas “dicas” importantes

1. O trabalho em grupo pode ser no início, no meio ou no final do encontro. Depende do objetivo. Mas sempre é bom variar, para não cair na rotina.

2. O “criar laços” leva tempo. É preciso paciência com o grupo. Às vezes leva meses para que os catequizandos (crianças, jovens e adultos) comecem a participar, a falar. É preciso sempre insistir num jeito participativo, provocando a conversa em grupos e aos poucos a turma vai pegando o gosto da participação e do debate. O contrário também pode acontecer, a turma pode ser falante demais. Tudo depende do jeito de conduzir o encontro.

3. O momento do aprofundamento do conteúdo não é para “lições de moral”, mas para comunicar a novidade da mensagem cristã a respeito do assunto tratado. Não pode ser usado para uma “aula” demorada sobre o assunto. O catequista comunica o conteúdo de maneira dialogada e breve.

4. O aprofundamento da mensagem cristã tem a Palavra de Deus como fonte. O texto bíblico que é a inspiração da conversa pode ser apresentado de diversas maneiras (narrativas, jograis, dramatização e outros). 

5. O mais importante é o debate, a conversa em grupos menores, que leva o grupo a tirar conclusões, a “mastigar” o conteúdo. O catequista deve conduzir o plenário e sempre procurar tirar consequências para a vida.

6. O momento da celebração no final será muito bom porque provoca uma conversa com Deus, a partir do que se vivenciou. Mas, pode ser também no início do encontro. É um momento que deve ser preparado com carinho pelo catequista. Ele precisa observar que:
           - É preciso tempo para o catequizando aprender a falar naturalmente com Deus;
           - Não queira que o catequizando reze da maneira que ele, adulto com anos de caminhada cristã, reza.
           - Seja criativo, use símbolos, gravuras etc...

7. O desenvolvimento proposto para o encontro não significa que o mesmo tenha que acontecer somente desta maneira. A música usada no início pode provocar a reflexão e o aprofundamento do conteúdo. Pode ser que num encontro a turma fique só no levantamento da realidade, das experiências. Claro que foi encontro! Na próxima semana aprofundam-se os passos seguintes. Não pode haver pressa em passar para o próximo tema. O ritmo de caminha da turma precisa ser respeitado.

8. A catequese não se resume a transmissão do conteúdo, mas o conteúdo precisa ser apresentado de forma criativa, provocar questionamentos, reflexões, debate. Somente dessa maneira haverá mudança de mentalidade, conversão.

9. Os catequizandos precisam se sentir sujeitos do processo formativo. Por isso, a apresentação do tema deve envolver a todos.

10. O “como apresentar o conteúdo” também é conteúdo. 

11. Tudo faz parte da catequese: a acolhida, a maneira com que provocamos a participação, acolhemos as opiniões diferentes, corrigimos os desvios, rezamos etc.

Nas próximas edições iremos indicar e comentar outros recursos metodológicos, meios que nos ajudam a tornar o encontro de catequese criativo e significativo para o catequizando.


Lucimara Trevizan
Equipe "Catequese hoje"
01.06.2012

"Celebração de Entrada"

No dia 27 de outubro,às 19 h, a catedral ficou repleta de  pais, parentes, padrinhos e de todas as crianças de 3ª etapa inicial dos setores da paróquia São Miguel e Almas. Pe.Saint Clair presidiu a Celebração e realizou o ritual da apresentação e da assinalação das crianças e pré-adolescentes que ainda não foram batizados. Depois aconteceu a entrega da Bíblia e da cruz às crianças, pelos pais ou padrinhos. Foi uma bonita celebração.
Desejamos de coração que os pais e padrinhos ajudem essas crianças a perseverarem na fé, durante e após essa caminhada.









                                                            Paz e bem!