No dia 19 de março de 2013, a pedido de um coordenador da catequese,
resolvi contar um pouco da presença de Deus na minha vida.
Tive uma infância muito vazia e sem sentido, meus pais se diziam
católicos, mas não participavam de nada na Igreja, minha mãe às vezes mandava
que eu fosse à missa, cresci assim. Casei muito nova, aos 17 anos, sem
experiência nenhuma, sofri muito, vieram os cinco filhos. Eu pensava que só
falar que era católica e que acreditava em Deus isto bastava. Só quando as Irmãs
Salvatorianas chegaram à minha cidade é que elas começaram a me envolver na
comunidade.
Era ano político, a irmã Rosalina me levava para os encontros dos
líderes de comunidades e os grupos de reflexão e passaram a me ensinar os
valores do ser humano diante de Deus e da sociedade. Elas viram que eu era
muito espontânea, falava muito, queria saber das coisas e me convidaram para
participar da equipe de liturgia e de preparação para o batismo. Ah!... Como a
minha vida mudou!...
Depois que elas foram embora, veio o padre Tarcísio Mourão em 1993 e
eu fui ficando mais firme no serviço à Igreja e neste mesmo ano tive câncer na
mama e tive que retirar um lado da mama por completo. Em seguida, em 1995, meu
marido falece com um câncer no fígado. Como sofri... mas nunca deixei de sentir
a presença de Deus na minha vida. Pouco tempo depois veio o padre Marcelo e em
seguida, o padre Marcílio. Eles foram muito importantes para mim. O padre
Marcelo, na época, me convidou a ser catequista. Foi uma experiência
maravilhosa, catequizei várias crianças e adolescentes. Hoje sou catequista,
faço parte da equipe de liturgia e do coral e espero que eu seja sempre útil
nesses trabalhos.
Se o objetivo de escrever essa teografia é perceber a presença de Deus
na vida, eu a tenho percebido, pois tenho passado por momentos difíceis e
sempre nesses momentos eu sinto a presença de Deus junto de mim. Não sei se
estou me expressando bem, mas acho que isto é o sagrado em minha vida. A
experiência de sentir capaz de lutar por dias melhores para mim e para os
outros.
Continuo pedindo a Deus que eu seja sempre firme na minha fé,
iluminada pelo Espírito Santo para que eu seja uma boa catequista. Esse é o
desejo do fundo meu coração: ser uma boa catequista.
Nair Azevedo da Silva
Paróquia São Sebastião