16 de agosto de 2012

Como diz a música: É isso aíííí...


IGREJA-GENTE
Edward Neves M. B. Guimarães


Igreja-gente tem alicerce:
A vida-exemplo do “Mestre”
Ela é feita em mutirão
E está sempre em construção...
Suas paredes não são frias,
São feitas com três de tijolos:
Fé, esperança e caridade.
Na brita da justiça do Reino
Misturam-se duas realidades:
Cimento da compaixão
E areia da misericórdia.

Igreja-gente tem portas:
Que são feitas de fraternidade,
Pintadas com tintas brilhantes
De delicadeza e sensibilidade.
Ficam sempre abertas pra acolher
Os de dentro e os de fora,
Os antigos como os novos.

Igreja-gente tem janelas:
Que iluminam e apontam
A beleza do jardim,
Mas revelam no horizonte
Nossa futura plenitude.
São feitas da mistura:
Memória dos gestos e palavras
De quem o Reino anunciou
Com a busca de respostas,
na criatividade do Espírito,
Aos anseios das pessoas.

Na Igreja-gente não falta alegria
Pois, lá cada um é gente:
O bispo, o presbítero e o diácono
Igualmente o sacristão e o coroinha;
Cada religioso ou religiosa é gente,
Assim também cada leigo;
Idosos e adultos,
Do mesmo modo, jovens e crianças...
Cada homem e mulher é gente
Casados ou solteiros,
Heteros ou homossexuais,
Santos ou pecadores...
Ninguém deixa de ser gente.
Na Igreja-gente todos são iguais
Precisam de carinho
Cuidado e proteção
Não pode faltar respeito,
atenção e amor...

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