10 de março de 2013

Encontros Pastorais em Peçanha.

    Aconteceu na paróquia Santo Antônio, em Peçanha, no dia 10 de março, de 8  (início com a Celebração Eucarística) às 12 h, dois encontros de formação: Pastoral Familiar e Pastoral do Batismo. No salão paroquial, aconteceu o encontro da Pastoral Familiar, assessorado pelo casal diocesano  da Diocese de Governador Valadares: Moacir e Márcia. Estiveram presentes 38 casais das comunidades rurais e urbana. O encontro teve como objetivo a implantação dessa pastoral na paróquia, reforçar  o Cursilho que já existe  para  que juntos possam caminhar e também formar consciência da necessidade da pastoral de Conjunto.

Na Igreja, aconteceu o encontro da pastoral do Batismo, que contou com a presença de Eliana Alvarenga para ajudar o grupo a refletir sobre algumas questões:
  •  Acolhida aos pais e padrinhos, por ocasião do pedido do batismo de seus filhos e afilhados, motivá-los a uma participação na vida da comunidade e acompanhá-los,através de encontros de formação e de encontros celebrativos, afim de que assumam eclesialmente seu Batismo e sejam capazes de uma educação cristã de seus filhos e afilhados.
  • Nos encontros não falte a dimensão celebrativa da fé: pequenas celebrações bem preparadas, a nível dos pais e padrinhos. Essas celebrações formam uma unidade com a parte catequética.
  •  Refletindo um pouco mais sobre essa pastoral, é preciso pensar, pensar e pensar! Envolver-se e ousar! Vale a pena investir nessa pastoral, pois, ela trabalha com um grande número de famílias. E ainda mais, grande número de famílias que vem até nós. Se deixarmos passar essa oportunidade que elas estão conosco, depois vamos sair à procura dessas mesmas famílias em nossas andanças missionárias e sem muito sucesso.
  •  A opção de dar um tratamento pastoral aos casos que chegam envolve um trabalho exaustivo e de longo prazo, tanto da equipe de pastoral, como dos padres, pois aí se está mexendo em hábitos culturais e se está diante de um pluralismo de atitudes muito grande entre as paróquias e entre os presbíteros. Isso exige uma pastoral orgânica e de conjunto bem fundamentada .
  •  O Batismo ainda faz parte da vida e da cultura do nosso povo. É um ponto de passagem de nossas famílias católicas, sejam elas de qualquer nível de prática, de freqüência ou de participação. Anualmente são centenas de pais e de padrinhos que chegam a nós, pedindo o batismo. Eles vêm, porque se sentem católicos. Mas a maioria deles é do nível do catolicismo popular. Catolicismo com muitos valores, é verdade, mas com muita ambiguiidade também, e, que, por isso mesmo, é um catolicismo que deve ser evangelizado .Pais e padrinhos sem nenhuma participação de vida eclesial; pais e padrinhos que não passaram por nenhuma catequese e nenhuma iniciação sacramental, mas há um bom número de pais e padrinhos participantes da comunidade, vivendo o desafio de um cristianismo autêntico.
  • O objetivo principal da preparação não é tanto aumentar nos pais da criança o conhecimento teórico do cristianismo, mas acender ou reanimar ou intensificar a chama da fé". Ao referir a questão da validade da preparação do batismo, o documento diz: "É preciso que se considere a preparação para o batismo inserido num conjunto pastoral mais amplo, onde está em questão não apenas o sacramento do batismo ou algum outro detalhe pastoral, mas a própria realização concreta da Igreja com sua missão. Nessa perspectiva, todo esforço que se faz na pastoral do batismo deve ser considerado como mais um passo dado e não como a totalidade da solução, Assim se pode compreender que os objetivos da pastoral do batismo numa comunidade não coincidem exclusivamente com os objetivos do próprio sacramento, mas se abrem para os objetivos de toda a vida pastoral da Igreja local" . Antes de entrar nos casos especiais de batismo de crianças, o documento conclui: "É evidente que a execução de um sério programa de pastoral do batismo, supõe a desenvolvimento da pastoral do batismo, sem a crescente participação de agentes leigos, participação esta que na Igreja de hoje se vai constituindo num verdadeiro ministério" . Depois o documento trata de casos especiais, como: batismo de crianças, cujos pais não tem fé; batismo de crianças, cujos pais tem vida irregular; batismo de crianças, cujos pais não tem a mesma religião e batismo de crianças, cujos pais tem filhos maiores não iniciados. (CNBB),  sobre a Pastoral dos Sacramentos da Iniciação Cristã, no que se refere ao batismo.


  •   Portanto, não se trata de negar o Batismo; nem se trata de criar uma pastoral legalista, de exigências burocráticas e jurídicas apenas; mas criar um processo que conduza pais e padrinhos a uma experiência de vida cristã, dentro da qual encontram o sentido do batismo do filho e do seu próprio batismo e dos demais .sacramentos da Igreja. Enfim, um processo dentro do qual reencontrem a vida cristã evangélica e eclesial.


  Concluindo:
    A missão dessa pastoral deve ser entendida numa perspectiva missionária, ajudando os pais e as mães a descobrirem a ternura do Deus da Vida (que ama e protege a vida, dando seu Filho para a salvação de todos). O Batismo será apresentado, portanto, aos que o procuram, como o Sacramento da Vida e da Salvação.

  A Pastoral do Batismo deve ser acolhedora; vista como uma grande ­oportunidade para o contato com as famílias que procuram a comunidade.

Não deve a Pastoral do Batismo ser apenas uma Pastoral de Preparação do Batismo. Esta deve acompanhar  os primeiros passos da vida cristã do batizando (se possível, da gravidez até sua iniciação na catequese). Assim é que  as ­Pastorais Familiar, da Criança, da Acolhida e outras, bem como os Grupos de Reflexão , também poderão contribuir, ajudando o entrosamento dos pais e padrinhos na comunidade (para que estes vivam o Evangelho, descobrindo, sempre mais, o valor da vida comunitária e pastoral da Igreja).

Que promova encontros capazes de despertar e reanimar a fé (não valorizando, assim, apenas  cursos com palestras e temas, para ensinar ou aumentar ­conhecimentos teóricos).
 Que promova encontros agradáveis de preparação para o Batismo, onde se priorize a reflexão, o diálogo, a oração (a partir dos temas presentes na ­consciência popular e nos Evangelhos: vida, iluminação...). E que estes encontros se dêem  a partir do ritual mesmo do Batismo.

Que promova visitas às famílias das crianças, para criar laços de amizade e interligá-las melhor à comunidade. Buscar ajuda a outros membros das outras pastorais  ou de movimentos.

 Que as crianças,  filhas de pais e mães solteiras e dos não casados na Igreja, sejam acolhidas  para o Batismo, sem  grandes exigências ou atitudes discriminatórias. Os preparadores ficarão atentos aos valores evangélicos e humanos, não cultivando, em nenhuma hipótese, questões legais para a recepção do sacramento (sempre levando em conta a atenção e a acolhida aos pais e padrinhos).

 Que o momento da Inscrição para o Batismo seja uma feliz oportunidade de acolhimento e evangelização. Que se evite todo  formalismo e  burocracia (O ideal seria que o primeiro contato fosse uma visita à casa da criança).
Que os pais sejam orientados para a escolha dos padrinhos, mostrando o seu significado na vida das crianças. E que, para tanto, tenham uma vida religiosa-cristã, sempre que possível, regularizada.

 Que seja oferecido espaço para os pais e padrinhos, depois do ato do Batismo. Desta forma, eles se sentirão acolhidos e poderão acolher a comunidade que irá, com eles, participar das festas e celebrações da comunidade, valorizando, por exemplo, os tempos fortes de evangelização e missão da Igreja. Que eles adquiram o sentimento de pertença à comunidade e a consciência de que também são responsáveis pela evangelização.

 Que os membros da Pastoral  e os Ministros Extraordinários do Batismo tenham formação permanente e progressiva.

 Que seja testemunhado o coração misericordioso e acolhedor de Deus para com todos os seus filhos e filhas.

. Ainda que toda a comunidade seja responsável pela Pastoral do Batismo, é necessário que haja, nas comunidades da Diocese, uma equipe preparatória para a recepção do sacramento. Esta equipe deve ser composta por pessoas disponíveis, com espírito missionário e acolhedor.(Seria muito bom, inclusive,  se houvesse animadores da Pastoral do Batismo em  cada grupo de reflexão, em cada rua ou área).

 A equipe deverá procurar estar sempre atualizada no que se referir à Teologia do Batismo e da Liturgia. Deverá, também, ter uma compreensão da vida da Igreja.

 As Celebrações do Batismo:
Devem ser bem preparadas,  com a colaboração da Equipe de Liturgia da Comunidade.
Devem ser muito valorizadas (neste sentido, há  o subsídio da CNBB - Descobrindo novos caminhos da Pastoral do Batismo de Crianças - 2ª  parte - que apresenta valiosas colaborações).
 Que sejam realizadas com a presença da comunidade, pois que será motivo de catequese e de acolhida da comunidade ao novo membro.
 Que se use a veste litúrgica,  uma vez que esta visibiliza a função que os Ministros exercem na Igreja, contribuindo  para a beleza e a dignidade da celebração, realizando, ainda, o caráter pedagógico dos sinais e a sensibilidade popular para com eles.

Finalmente foi  sugerido que as pastorais do Batismo e  da Criança trabalhem juntas: catequese desde o ventre materno,envolvendo as outras pastorais e Movimentos.
 Parabéns à comunidade paroquial de Santo Antônio! Parabéns ao administrador paroquial Pe. José Aparecido dos Santos, pelo trabalho que desenvolve nas paróquias por onde passa e ao casal Moacir e Márcia da Pastoral Familiar de Valadares pelos serviços prestados às paróquias da nossa querida Diocese de Guanhães.
                                                Deus seja louvado, hoje e sempre!

Pastoral Familiar



















Pastoral do Batismo

Construção do futuro salão paroquial









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