13 de março de 2013

Teografia de Célia Vieira Pires



Como orava São Tomás de Aquino, num fôlego intelectual, procura romper as distancias na relação com Deus dizendo:
“Concedei-me Senhor meu Deus uma inteligência que vos conheça; um zelo que vos procure; uma ciência que vos encontre...”

Nasci, 18 dias após, meus pais me levaram à pia batismal.
Na minha primeira infância participei de coroações à Nossa Senhora, pois morávamos meus irmãos, meus pais e eu, em frente à Igreja.
Fui para a catequese. Minha catequista chamava-se Edelves e era minha vizinha.
Conosco morava minha avó paterna que não perdia todos os dias às 7 horas a missa. Quando eu acordava, ia com ela e encantava-me vê-la comungar.
Enfim chegou meu dia e fiz a Primeira Eucaristia. Senti-me mais próxima de Deus. Desde então passei a ser coroinha.
Aos 12 anos fui para a Cruzada Eucarística Internacional e aos 15 anos recebi a fita de aspirante da Pia União das Filhas de Maria. Fui secretária da Pia União por muitos anos, até que acabaram as congregações.
Nos anos 60 fui catequista e no ano de 64 participei do ISPAC pela diocese de Itabira-Coronel Fabriciano com Dom Lélis Lara.
Nos anos 70, trabalhei com cursos de noivos, batismos e passei a coordenar os grupos de reflexão nos tempos de Dom Filipe e Dom Emanuel. Continuando fui coordenadora da catequese pela segunda vez. Por este caminho consegui levar comigo três irmãs catequistas e dois sobrinhos.
Fui professora na Escola Estadual Professor Antônio Marciano e trabalhei com ensino religioso, na época, autorizada por Dom Filipe em turmas de 5ª a 8ª séries. Hoje ainda sou catequizanda e catequista no meu lar, na vizinhança e na comunidade, não sei parar, estou certa? Gosto de perguntar, porque perguntando, tenho uma mente livre para pensar. Pensando reconheço minhas limitações e tenho como consolo a convicção de deixar de ser um mero átomo vivo, entorpecido, esperando a morte arrombar as portas da minha história e me mostrar que o que vivi foi uma brincadeira no tempo. Não. A vida é um espetáculo. O Mestre dos mestres demonstrou que Deus alivia o cansado, ama o discriminado e se preocupa com os sentimentos dos rejeitados. Não faz distinção de pessoas, não discrimina ou exclui, ao contrário, eleva em altíssima conta cada ser humano, independente de seu status social e de sua moral, como está apontado na coragem de Jesus ao correr risco de morrer apedrejado por proteger prostitutas.

Célia Vieira Pires Silveira
                                                        Joanésia, 5 de março de 2013.

Um comentário:

  1. Roberto Magno - Joanésiaquarta-feira, 13 março, 2013

    Célia Pires é uma referência em catequese em Joanésia. Uma pena que ela está afastada do serviço da catequese na paróquia. Mas é uma pessoa que catequiza com o testemunho de vida e isso ninguém pode tirar.

    Perdão pelo desabafo

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