10 de junho de 2018

Refletindo sobre o amor do Criador por Rosilene Silva Ávila/ da Equipe de coordenação de catequese -Sabinópolis



O amor de Deus pela humanidade é tão esplendoroso e ainda muito distante da nossa compreensão. Penso sempre neste amor e procuro analisar até onde eu já consigo compreendê-lo. Expressar esse “entendimento” não é tarefa fácil. O melhor mesmo é vivê-lo a cada segundo. Mas, amante que sou da arte das palavras, e consciente do meu dever (que neste momento já não entendo como dever e sim uma vontade que me toma) de espalhar a todos as boas novas, cá estou nesta ousada tarefa. E não pensem que desejo transformar em palavras, um amor que não se define, explicar o inexplicável ou medir o imensurável. Penso apenas em compartilhar, em multiplicar, em somar, em chamar de maneira independente e sem basear-me em qualquer teologia. Trata-se simplesmente do ponto em que a minha limitada capacidade de compreensão me permitiu chegar até agora.
Imagino Deus a gestar o ser humano, assim como uma mãe espera o seu primeiro filho. Tudo bem planejado, os mínimos detalhes pensados. O quarto recém construído, pintadinho de novo com as cores preferidas, as mantas, as fraldas, as roupinhas limpas, passadas e dobradas, o cheirinho de bebê por toda casa, todos os itens que serão necessários para os primeiros meses. A ansiedade pela nova vida que chegará, trazendo alegria para a casa, dando novo sentido à vida. Agora sim! A família teria um herdeiro! Os pais teriam alguém para auxiliá-los, para completarem a existência, para usufruírem desta vida maravilhosa!  Escolhem o nome, imaginam o filhote a andar, bater palmas, as primeiras palavras, a escola, a profissão.
Deus a esperar pelo ser humano preparou tudo com cuidado e sabedoria. A casa Terra, a água, os astros, as plantas e os outros seres vivos que completariam a nossa existência. Tudo estava pronto e muito bom! E por fim, chega o homem: a criatura mais esperada, amada e planejada. Uma máquina perfeita, que além de amar, é capaz até de...  pensar! 
E como o Pai se sente feliz por saber que seu filho é capaz de andar, falar, amar e ... pensar! E Deus percebeu que seu filho sentia-se só e o que um pai faria neste caso?  Vejam! Ele nos deu uns aos outros! Deu-nos irmãos! E que companhia há nessa vida que se compare a irmãos? Mas Deus ainda parecia distante para alguns dos nossos irmãos.
E mesmo com todos os sinais, muitos filhos não o reconheceram como pai, e não compreenderam o seu grande amor. E Deus se entristecia com isso. E todas as maravilhas colocadas à disposição da humanidade não foram suficientes para que nos aproximássemos Dele. Logo nós, que fomos tão esperados, tão festejados, tão cuidadosamente planejados! A humanidade começou a enveredar-se por caminhos tortuosos que a cada dia os afastava do Pai e consequentemente da felicidade.
E quantos planos Deus fez para nós! Ele que nos amou desde o início, amou-nos ainda mais ao perceber as nossas fraquezas. E novamente uma imagem de mãe me vem à cabeça. Um filho será sempre amado por sua mãe, independente de suas fraquezas, ou ainda mais por elas.
E Deus nos amou ao ponto de se fazer presente no meio de nós. Ele que é Deus, criador de todas as coisas, possuidor de toda a sabedoria do universo, fez-se pobre, humilde, carpinteiro. Para que? Para estar junto de nós, para falar de uma maneira que nós pudéssemos compreender. E como uma mãe que se abaixa à altura de seu filhinho pequeno para compreendê-lo e se fazer compreender por ele, Jesus Cristo nos pega pela mão e nos conduz ao caminho da vida plena: Amar ao próximo, como a nós mesmos, vivermos em harmonia com os nossos irmãos. Parece tão simples! Não seria isto a realização de qualquer mãe? Ver seus filhos vivendo em paz, dividindo bens, se ajudando, se amando.
E esta lição eu ainda continuo tentando aprender na prática e sei que Deus nunca me abandonará, porque me ama mais que a minha própria mãe e um amor assim é realmente inexplicável, indefinível e imensurável, e é um amor que eu jamais quero deixar de sentir, porque me completa, me edifica, me constrói e me reconstrói.

Rosilene Silva Ávila
Professora , catequista e membro da Equipe de coordenação paroquial de Sabinópolis

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