2 de agosto de 2014

Iniciação à Vida Cristã- Encontro Diocesano de coordenadores de Catequese da Diocese de Guanhães.

                             Um pouco sobre o que foi refletido no sábado 20/08: 
Algumas falas de Pe. Francisco Taborna
  • "Estamos acostumados ao batismo de crianças. Entretanto, no NT, que é a

fonte de toda teologia, não se fala de batismo de crianças. É óbvio que o
batismo é coisa para adulto: é preciso ouvir a pregação e dar sua adesão de
fé para poder ser batizado."
  • Juntamente com a eucaristia,o batismo e a crisma são os sacramentos da iniciação cristã


PROPOSTA DO CATECUMENATO
SEGUNDO O “RITUAL DA INICIAÇÃO CRISTÃ DE ADULTOS”
  • 1. O CONTEÚDO DO “RITUAL DE INICIAÇÃO CRISTÃ DE ADULTOS”
    •- Encontramos duas introduções:
    •1) “A iniciação cristã: observações preliminares gerais”
    •2) “Introdução ao Rito da iniciação cristã de adultos”
    •Os sete capítulos:
    Capítulo 1: Ritos do catecumenato em torno de suas etapas
    Capítulo 2: Rito simplificado para a iniciação de adultos

    Capítulo 3: Rito abreviado de iniciação de adultos em perigo ou artigo de morte

    Capítulo 4: Preparação para a confirmação e a eucaristia de adultos que, batizados na infância, não receberam a devida catequese

    Capítulo 5: Rito de iniciação de crianças em idade de catequese
    Capítulo 6: Textos diversos na celebração da iniciação de adultos
    [Capítulo 7: Textos omitidos no ordenamento prático geral dos ritos de iniciação cristã de adultos]
    Apêndice: Rito de admissão na plena comunhão da Igreja Católica das pessoas já batizadas validamente
    2. QUESTÕES:
    •a) Com relação à iniciação cristã, qual é a nossa realidade pastoral?

    •b) Qual é a nossa maior necessidade?
    3. DIFERENTES PALAVRAS E EXPRESSÕES:
    •- Catequese com jovens e  adultos
    •- Catequese de iniciação com jovens e adultos... com adolescentes... com crianças...
    •- Iniciação cristã / Prosseguimento da iniciação cristã / Reiniciação cristã
    •- Catecumenato batismal e pós-batismal / Catecumenato crismal / Catecumenato e catequese
    4. TEMPOS E ETAPAS DA INICIAÇÃO
    5. COMO PREPARAR UM CATECUMENATO
    •a) Despertar a comunidade eclesial para a importância da pastoral da iniciação cristã
    •b) Suscitar catequistas e introdutores
    •c) Organizar a formação inicial de catequistas e introdutores
    •d) Divulgar e oferecer o catecumenato
    •e) Acolher e começar o acompanhamento personalizado dos interessados através dos introdutores
    6. O MINISTÉRIO DOS INTRODUTORES
    a) O que é?
    •Trata-se de um ministério de acompanhamento, “ajuda”, semelhante ao dos padrinhos. O acompanhamento é pessoal, feito através de encontros e conversas informais. Depois da apresentação mútua, as conversas podem tratar da história de vida, unida à prática da religião. No final de cada conversa o introdutor reza junto com o interessado, e/ou faz uma oração de bênção.
    b) Funções:
    •Nossa sugestão é dar aos introdutores as funções que o ritual atribui aos padrinhos: “ensinar familiarmente (...) como praticar o evangelho em sua vida particular e social, auxiliá-lo nas dúvidas e inquietações, dar-lhe testemunho cristão” e, depois da celebração dos sacramentos, “velar pelo progresso de sua vida batismal” (RICA, nº 43)
    •c) Duração:
    •Começa no tempo de evangelização, continua durante o catecumenato e é substituído pelo padrinho ou madrinha, se for o caso, apenas no final do catecumenato. O introdutor ou introdutora pode ser convidado a ser padrinho ou madrinha (Cf. RICA, nº 42)
    •d) Critérios para escolha:
    • Que não sejam os mais ativos na comunidade (pois esses não têm tempo para fazer acompanhamento pessoal), pessoas de fé, já iniciadas, constantes na vida litúrgica da comunidade e na comunhão eucarística, orantes, atentas à Palavra de Deus, amigas dos irmãos de Igreja, solidárias com os mais pobres, respeitosas para com todas as religiões, inclusive o catolicismo popular, simples no relacionamento pessoal.

    •e) Temas para a formação dos introdutores:
    •* A meta da iniciação cristã e sua necessidade pastoral
    •* Como se realiza um catecumenato
    •* O que é acompanhamento espiritual
    •* Memória da própria caminhada de fé (quem o ajudou e como o ajudou)

    •* Atitude da introdutora ou introdutor (dicas para se estabelecer uma relação de confiança e amizade, respeito à diversidade religiosa e de situação matrimonial)

    •* Conteúdo das primeiras conversas, durante o tempo de evangelização

    •* Quando e como vai se dar o anúncio (ou memória) de Jesus Cristo
    •* Outros assuntos de que sentirem necessidade
    7. QUESTÃO:
    •a) Qual o valor desse ministério?
    •b) Que sugestões temos para as conversas de acompanhamento espiritual?
    •c) Quais as dificuldades para termos esse ministério em nossa realidade? Como superar essas dificuldade?

    8. UMA PROPOSTA DE TEMPO DE EVANGELIZAÇÃO OU PRÉ-CATECUMENATO, DERIVADO DO RICA

    •a) O catequista acolhe o interessado e indica a ele o introdutor. O catequista, basicamente, durante esse tempo apenas acompanha o trabalho do introdutor.
    •b) Depois de algum tempo de acompanhamento pessoal, catequista e introdutor fazem o anúncio de Jesus Cristo.

    •c) Os interessados vão sendo apresentados a pessoas da comunidade.
    •d) Quando parecer conveniente, os interessados são apresentados à comunidade, em reunião.
    •e) Nas celebrações da comunidade são incluídas nas preces intenções pelos interessados.

    •f) O ministro ordenado, catequistas e introdutores, verificam se os objetivos do tempo de evangelização (ou pré-catecumenato) estão sendo atingidos.
    •g) Quando os objetivos tiverem sido atingidos, marcar e preparar a celebração de entrada no catecumenato.
    9. OBJETIVOS DO TEMPO DE EVANGELIZAÇÃO OU PRÉ-CATECUMENATO (cf. RICA, nº 15 e 68)
    •1° Adesão a Jesus Cristo
    •2º Conversão de vida
    •3° Senso eclesial
    11. PRIMEIRA ETAPA DA INICIAÇÃO CRISTÃ: CELEBRAÇÃO DE ENTRADA NO CATECUMENATO (cf. RICA, n. 68-97)
    12. OBJETIVOS DO TEMPO DO CATECUMENATO
    1. Fé: adesão e vinculação afetiva e efetiva a Cristo

    2. Conversão: mudança de vida e perdão dos pecados

    3. Dom da graça: introdução no mistério e experiência da salvação de Deus, por Cristo, no Espírito Santo
    4. Comunhão: acolhida e aceitação da convivência e pertença à comunidade

    5. Compromisso: participação nas tarefas de edificação da Igreja

    6. Caridade: solidariedade com os oprimidos
    13. MEIOS PARA REALIZAR O TEMPO DO CATECUMENATO
    Origem das palavras
    •Antes de tudo, vejamos o sentido original das palavras que estamos usando. “A palavra catecumenato procede do verbo grego katechéin, que significa ressoar, fazer soar aos ouvidos e, por extensão, instruir, catequizar. Assim, catecúmeno é o que está sendo instruído, catequizado; mais concretamente, o que está sendo iniciado na escuta da Palavra de Deus. A definição mais antiga de catequista tem também o mesmo significado. Catequista é o que instrui na Palavra (...) o discípulo ou catecúmeno”[Sáez].

    a) o que é:
    •“O catecumenato é um espaço de tempo em que os candidatos recebem formação e exercitam-se praticamente na vida cristã” (cf. RICA, nº 19)
    •Iniciação “no mistério da salvação e na prática dos costumes evangélicos” (nº 19)

    •Introdução “na vida da fé, da liturgia e da caridade do povo de Deus” (nº 19)
    •Quatro meios: catequese, prática da vida cristã: liturgia, testemunho e profissão de fé (nº 19)
    13.1. CATEQUESE, PRIMEIRO MEIO DO CATECUMENATO
    a) Finalidades:
    •* levar os catecúmenos “não só ao conhecimento dos dogmas e preceitos, como a íntima percepção do mistério da salvação de que desejam participar” (nº 19);
    •* “esclarecer a fé, dirigir o coração para Deus, incentivar a participação nos mistérios litúrgicos, animar o apostolado e orientar a vida segundo o Espírito de Cristo”.
    b) Organização:
    •* Características: distribuída por fase, relacionada com o ano litúrgico, marcada por ritos de transição
    •* Ritos de transição: marcam a passagem de uma fase para outra
    •- Exemplos: unção com o óleo dos catecúmenos, entrega do símbolo da fé, entrega da oração do Senhor, éfeta e recitação do símbolo

    •- Alternativas: entrega do mandamento maior do Senhor, entrega do ícone de Cristo, entrega do Magnificat e outros cantos litúrgicos, entrega da Ave-Maria e do terço
    •* Catequese composta de reuniões catequéticas e celebrações da Palavra de Deus; estas podem terminar com um exorcismo ou bênção

    c) Celebrações da Palavra de Deus:
    •Não é atividade complementar, mas constitutiva da catequese
    Finalidades:
    •- gravar no coração dos catecúmenos o ensinamento recebido

    •- levá-los a saborear as formas e as vias de oração
    •- introduzi-los pouco a pouco na liturgia de toda a comunidade
    •* celebrações especiais para os catecúmenos, de preferência aos domingos, com a presença de membros da comunidade; bem preparadas, com participação ativa
    •* podem focalizar um ensinamento recebido nas reuniões catequéticas; com uma ou mais leituras bíblicas, relevantes para a formação; sem necessidade de seguir o elenco de leituras da missa
    13.2. PRÁTICA DA VIDA CRISTÃ, SEGUNDO MEIO DO CATECUMENATO
    a) Finalidades:
    •* Acostumar-se a orar mais frequentemente
    •* Dar testemunho da fé
    •* Guardar em tudo a esperança em Cristo
    •* Seguir na vida as inspirações de Deus
    •* Praticar a caridade para com o próximo, até a renúncia de si mesmo
    b) Introdutores:
    •continuam sua atuação, garantindo os objetivos de seu ministério, indicados acima; ao longo do catecumenato, os catecúmenos escolherão seus padrinhos
    13.3. LITURGIA TERCEIRO MEIO DO CATECUMENATO
    •a) Liturgia muito presente na catequese: catequese relacionada com o ano litúrgico; celebrações da Palavra de Deus; participação na missa, de preferência, apenas na celebração da Palavra; bênçãos e exorcismos; ritos de transição.
    •b) Motivação: devem chegar à intima percepção do mistério da salvação de que desejam participar; fazem um itinerário espiritual de passagem do “homem velho” para o “homem novo”, já comungando pela fé no mistério da morte e ressurreição; gradativa purificação e proteção; preparação melhor para a futura participação na eucaristia (Cf. nº 19).
    13.4. TESTEMUNHO DE VIDA E PROFISSÃO DE FÉ, QUARTO MEIO DO CATECUMENATO
    a) Finalidade: aprender a cooperar na evangelização e edificação da Igreja
    b) Como se realiza: pelo testemunho da vida e pela profissão de fé
    14. NO FINAL DOS ENCONTROS E CELEBRAÇÕES: EXORCISMOS E BÊNÇÃOS 
    14.1. EXORCISMOS (nº 109 e 113)
    •* Finalidade espiritual: “purificar os espíritos e os corações, fortalecer contra as tentações, orientar os propósitos e estimular as vontades...”
    •* “... manifestam aos catecúmenos as verdadeiras condições da vida espiritual, a luta entre carne e o espírito, a importância da renúncia (...) e a necessidade contínua do auxílio divino”
    •* Pode ser ministrado por catequistas designados pelo bispo
    15. RITOS DE TRANSIÇÃO (nº 103 e 105)
    •a) Celebração de entrega do Símbolo da fé
    •b) Celebração de entrega da Oração do Senhor
    •c) Celebração de recitação do Símbolo da fé (=“devolução” do Símbolo)
    •d) Celebração da unção com o óleo dos catecúmenos
    •e) Outros possíveis ritos de transição a serem criados (cf. nº 65): entrega do mandamento novo do Senhor, entrega do ícone de Cristo, entrega da Ave-Maria e do terço, entrega do Magnificat e outros cantos litúrgicos
    16. SEGUNDA ETAPA DA INICIAÇÃO CRISTÃ: CELEBRAÇÃO DA ELEIÇÃO OU INSCRIÇÃO DO NOME (nº 133-151)
    17. OBJETIVOS DO TEMPO DA ILUMINAÇÃO E PURIFICAÇÃO
    a) O que é:
    •* Terceiro tempo: “preparação mais intensiva para os sacramentos”; mais relacionada à vida interior que à catequese; preparação espiritual
    •* Normalmente coincide com a Quaresma
    b) Finalidades:
    •* Iluminação e purificação dos corações e espíritos
    •* Seguimento de Cristo com maior generosidade
    18. MEIOS PARA REALIZAR O TEMPO DA ILUMINAÇÃO E PURIFICAÇÃO
    •a) recolhimento espiritual com a comunidade dos fiéis (nº 152): oração, caridade, jejum, escuta da Palavra; (no Brasil: CF, orações nas casas, via-sacra...)
    •b) proposta: tempo diário para leitura do Evangelho do dia e oração
    •c) nas celebrações os Evangelhos dominicais do ano litúrgico A (Samaritana, Cego de nascença, ressurreição de Lázaro)
    •d) os três escrutínios (celebrações penitenciais) para exame de consciência e penitência
    •e) no sábado santo:
    •- suspensão do trabalho para oração, recolhimento, meditação e jejum
    •- reunião para ritos de preparação imediata
    19. RITOS DE PREPARAÇÃO IMEDIATA (nº 193)
    •a) Ritos: recitação do Símbolo (= “devolução” do Símbolo), éfeta, escolha do nome cristão e unção com o óleo dos catecúmenos
    •b) Possibilidade: ritos inseridos num retiro

    20. TERCEIRA E ÚLTIMA ETAPA DA INICIAÇÃO CRISTÃ: CELEBRAÇÃO DOS SACRAMENTOS DA INICIAÇÃO CRISTà(nº 208-234)
    21. OBJETIVOS DO TEMPO DA MISTAGOGIA (nº 37-40. 235-239)
    •a) O que é: tempo assinalado pela nova experiência dos sacramentos e da comunidade (nº 7)
    •b) Quando: durante o tempo pascal ou nas semanas que seguem à celebração dos sacramentos
    •c) Objetivos:
    •* “aquisição de experiência e resultados positivos”
    •* “aprofundamento das relações com a comunidade”
    22. MEIOS PARA REALIZAR O TEMPO DA MISTAGOGIA
    •* Lugar especial dos neófitos nas missas dominicais, com seus padrinhos

    •* Homilias
    •* Novas explanações (catequese)
    •* Celebrações diocesanas presididas pelo bispo, com os que foram iniciado
    •* Convivência com membros e grupos da comunidade
    •* Celebração e festa de encerramento do tempo da mistagogia
    •* Reunião anual no aniversário do batismo








































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