Uma síntese enviada por pe. José Aparecido dos Santos.
1-
Este documento "Comunidade de comunidades: uma nova paróquia. A conversão
pastoral da paróquia" apresenta as diretrizes do episcopado brasileiro
para a Igreja no Brasil. Tem como
objetivo iluminar o nosso ser Igreja, a sermos comunidade dos que vivem de
Cristo Jesus, iluminados e guiados pela força e suavidade do Espírito Santo,
acolhidos pela bondade materna do Pai.
O conteúdo do Documento é exigente e desafiador. Propõe uma verdadeira transformação da paróquia. A expressão paróquia como comunidade de comunidades "é presença eclesial no território, âmbito para a escuta da Palavra, o crescimento da vida cristã, o diálogo, o anúncio, a caridade generosa, a adoração e a celebração. Através de todas as suas atividades, a paróquia incentiva e forma os seus membros para serem agentes da evangelização. É comunidade de comunidades, santuário onde os sedentos vão beber para continuarem a caminhar, e centro de constante envio missionário".
Uma paróquia comunidade de comunidades é dinâmica, missionária. Ela necessita de uma conversão pastoral como nos lembra o Documento de Aparecida. Novo espírito, novo ardor, novas dinâmicas, pois a sua missão é "transmitir uma herança. (...) Para transmitir a herança é preciso entregá-la pessoalmente, tocar a pessoa para quem você quer doar, transmitir essa herança".
A conversão da paróquia em comunidade de comunidades "consiste em ampliar a formação de pequenas comunidades de discípulos convertidos pela Palavra de Deus e conscientes da urgência de viver em estado permanente de missão. Isso implica em revisar a atuação dos ministros ordenados, consagrados e leigos, superando a acomodação e o desânimo. O discípulo de Jesus Cristo percebe que a urgência da missão supõe desinstalar-se e ir ao encontro dos irmãos".
O episcopado brasileiro convoca a todos a darem sua contribuição responsável para apresentar um rosto de Igreja renovado e fiel aos ensinamentos de Jesus.
O conteúdo do Documento é exigente e desafiador. Propõe uma verdadeira transformação da paróquia. A expressão paróquia como comunidade de comunidades "é presença eclesial no território, âmbito para a escuta da Palavra, o crescimento da vida cristã, o diálogo, o anúncio, a caridade generosa, a adoração e a celebração. Através de todas as suas atividades, a paróquia incentiva e forma os seus membros para serem agentes da evangelização. É comunidade de comunidades, santuário onde os sedentos vão beber para continuarem a caminhar, e centro de constante envio missionário".
Uma paróquia comunidade de comunidades é dinâmica, missionária. Ela necessita de uma conversão pastoral como nos lembra o Documento de Aparecida. Novo espírito, novo ardor, novas dinâmicas, pois a sua missão é "transmitir uma herança. (...) Para transmitir a herança é preciso entregá-la pessoalmente, tocar a pessoa para quem você quer doar, transmitir essa herança".
A conversão da paróquia em comunidade de comunidades "consiste em ampliar a formação de pequenas comunidades de discípulos convertidos pela Palavra de Deus e conscientes da urgência de viver em estado permanente de missão. Isso implica em revisar a atuação dos ministros ordenados, consagrados e leigos, superando a acomodação e o desânimo. O discípulo de Jesus Cristo percebe que a urgência da missão supõe desinstalar-se e ir ao encontro dos irmãos".
O episcopado brasileiro convoca a todos a darem sua contribuição responsável para apresentar um rosto de Igreja renovado e fiel aos ensinamentos de Jesus.
2-De acordo com bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da
CNBB, dom Leonardo Steiner, o texto quer contribuir para dinamizar a vida de
comunidade. “Vai nos ajudar a sermos presença do Evangelho de maneira fecunda e samaritana, no anúncio do
Reino de Deus”, afirma. Na apresentação do Documento, o secretário recorda que
a Igreja tem sua origem na comunidade, por isso a “Igreja é comunidade”.
Proposta
e capítulos. O Documento é composto de seis capítulos:
1-Sinais dos Tempos e Conversão Pastoral,
2-Palavra de Deus,
3-Vida, Missão nas Comunidades,
4-Surgimento da Paróquia e sua Evolução,
5-Comunidade Paroquial,
6-Sujeito e Tarefas da
Conversão Paroquial.
Logo no início é apresentada análise da realidade paroquial. Na
sequência traz, também, reflexão histórica e teológica sobre a paróquia. Segue
abordando a dimensão de comunidade, a partir da conversão paroquial e pastoral,
com ideias do significado da paróquia como “casa do pão, casa da caridade e
acolhida”. “É na paróquia, lugar para vivência da fraternidade, onde as pessoas
reúnem-se em comunidade para celebrar os sacramentos e encontrar-se com o
ministério de Cristo e da Igreja”, comenta dom Sérgio.
Ao final do documento, no capítulo 6, são apresentadas propostas
práticas para conversão da paróquia, ou seja, as proposições pastorais. São pistas de ações que tratam da
acolhida e vida fraterna, iniciação à vida cristã, leitura orante da palavra,
liturgia e espiritualidade; incluindo o funcionamento da paróquia, seus
conselhos, organização e manutenção. Valorização e incentivo da participação
do laicato e dos ministérios leigos.
Orienta-se, também, a atenção e acolhida às famílias que residem
em condomínios e conjuntos residenciais populares, na tentativa de estabelecer
proximidade e integração na comunidade. Outro aspecto contido nas pistas de
ações é incentivo às paróquias para utilizar dos recursos da mídia e novas
formas de comunicação e relacionamento nas atividades de evangelização.
3- Pe. Leomar Brustolin -Membro da equipe de
redação- fala sobre o Doc. convidando
“a sair da zona de conforto”. Tomou
como ponto de partida para sua abordagem as palavras do Papa Francisco que, em
sua primeira Exortação Apostólica A Alegria do Evangelho,
diz: “não é uma estrutura caduca, precisamente porque possui uma grande
plasticidade, pode assumir formas muito diferentes que requerem a docilidade e
a criatividade missionária de pastoral e da comunidade”. Ao fazer eco às
colocações do Sumo Pontífice, o presbítero considera que cresce o desafio de
renovar a paróquia em vista de sua missão. “É necessário ter coragem de enxergar
os limites das práticas atuais em prol de uma ousadia missionária capaz de
atender aos novos contextos que desafiam a evangelização. Caso contrário,
corre-se o risco de ficar numa zona de conforto, com paróquias voltadas apenas
ao atendimento sacramental e devocional, e restritas à instrução da fé como se
fosse uma prestadora de serviços”, sublinhou.
Para Brustolin, na fé cristã não há lugar para o surgimento de grupos fechados, que se articulam pela internet e pregam ideais de fundamentalismo religioso, ou mesmo para algumas capelas que vivem em função de festas, almoços e bailes, e não se esforçam em iniciativas missionárias. “Aparecida propõe abandonar as ultrapassadas estruturas, o que nos levou a um ativismo estéril, e o Documento 100 comunga nessa mesma direção”. A paróquia não um agrupamento qualquer ou associação, mas «.. é uma determinada comunidade de fiéis, constituída estavelmente na Igreja particular, e seu cuidado pastoral é confiado ao pároco como a seu pastor próprio, sob a autoridade do Bispo diocesano. » (Cân. 515 § 1º).
Para Brustolin, na fé cristã não há lugar para o surgimento de grupos fechados, que se articulam pela internet e pregam ideais de fundamentalismo religioso, ou mesmo para algumas capelas que vivem em função de festas, almoços e bailes, e não se esforçam em iniciativas missionárias. “Aparecida propõe abandonar as ultrapassadas estruturas, o que nos levou a um ativismo estéril, e o Documento 100 comunga nessa mesma direção”. A paróquia não um agrupamento qualquer ou associação, mas «.. é uma determinada comunidade de fiéis, constituída estavelmente na Igreja particular, e seu cuidado pastoral é confiado ao pároco como a seu pastor próprio, sob a autoridade do Bispo diocesano. » (Cân. 515 § 1º).
Para a paróquia
ser comunidade
(comunhão das pessoas entre si e delas com Deus):
·
Atender
de forma mais personalizada
·
Formar
para o espírito comunitário
·
Formar
comunidades menores, para vencer o anonimato e a solidão
·
Viver
de forma mais gratuita, organizada e articulada, mas não superestruturada
·
Superar
a mentalidade que reduz a Fé ao âmbito do culto e esquece a caridade
·
Renovar
a Iniciação Cristã vencendo a ideia de catequese como instrução
·
Ser
presença pública da Igreja na sociedade
·
Não
reduzir a vida cristã à recepção de sacramentos sem a devida formação para
viver a graça em comunidade
Documento
100 da CNBB
Comunidade
de Comunidades: uma nova paróquia
Apresentação
de D. Leonardo
A origem da Igreja-comunidade está nas palavras
e obras de Cristo.
A morte, ressurreição e vinda do ES fazem dos
apóstolos comunidade.
Quem conhece Cristo e nasce Dele forma
comunidade, sinal do Reino.
A comunidade evangeliza e testemunha a alegria
do Evangelho.
Preocupa-nos quem não tem a dimensão da fé e
esperança em Cristo.
A rede de comunidades expressa a vitalidade e
dinâmica de ser
Igreja.
A conversão pastoral da paróquia ilumina a
caminhada da Igreja.
A comunidade de comunidades é lugar da escuta
da Palavra de Deus.
Assim a paróquia forma e incentiva os seus
membros para evangelizar.
A paróquia comunidade de comunidades é dinâmica e missionária.
Ela é nova no espírito, no ardor e dinâmica no
anúncio da Palavra.
Papa Francisco: pastoral é exercício da
maternidade da Igreja.
Ela gera, amamenta, faz crescer, corrige,
alimenta e conduz pela mão.
A conversão da paróquia significa ampliar a
formação de comunidades.
Com isto, torna-se, a partir da Palavra,
permanentemente missionária.
Supõe superar a acomodação e o desânimo dos
agentes pastorais.
É desinstalar-se e ir ao encontro dos irmãos
que estão distantes.
Assim a Igreja gesta, dá à luz Jesus e vive no
meio das casas.
Introdução
A paróquia durante muitos séculos tem sido
presença pública da Igreja.
A mudança de época e a secularização diminuíram
sua influência.
Por isto cresce o desafio de renová-la tenso em vista sua missão.
A Evangelii Gaudium diz que a paróquia “não é
uma estrutura caduca”.
Ela possui uma plasticidade e pode assumir
formas diferentes.
É fundamental que tenha docilidade e
criatividade na missionariedade.
Precisa ter novo olhar, novas reflexões e nova
prática pastoral hoje.
Olhar quais os sinais dos tempos que interpelam
a paróquia hodierna.
Detectar aspectos da realidade que clamam por
conversão pastoral.
Recuperar dados bíblicos sobre as primeiras
comunidades cristãs.
Com isto, é preciso ir às fontes para haver
conversão da paróquia.
É importante recuperar pontos da história que
merecem atenção.
Evidenciar fundamentos eclesiológicos da
comunidade no
Vaticano II.
Destacar os sujeitos e tarefas da conversão
pastoral na paróquia.
São apresentadas propostas para comunidade de
comunidades.
CAP
I – Sinais dos tempos e conversão pastoral2
O Vaticano II propõe diálogo na relação da
Igreja com a sociedade.
A Igreja passa a conhecer os “sinais dos
tempos”, presença de Deus.
Para sua missão, ela deve se revitalizar sempre
no Espírito Santo.
Sua identidade vem do Espírito Santo que a
renova sempre.
A nova realidade deve ser vista com olhos de
discípulos
missionários.
Um olhar que esteja nutrido pelo Evangelho e na
ação do Espírito.
1.1.
Novos contextos: desafios e oportunidades
Novas tecnologias, avanço da informática e
experiências inimagináveis.
Emergência da subjetividade com pontos positivos e outros negativos.
Cresce a identidade social, mas enfraquece os
vínculos comunitários.
Há despertar do ego e dificuldade de alguns em
pensar no outro.
Liberdade/autonomia e dispensa da família, da
religião e da sociedade.
Nos direitos individuais, cresce a indiferença em
relação ao outro.
Dificulta planejar o futuro, porque o que conta
é o aqui e agora.
É a cultura imediatista que afeta a todos,
principalmente os jovens.
Esta cultura individualista, que compra
satisfação, ajuda os shoppings.
Continua: pobreza, violência, exclusão social e
cultura do descartável.
Temos grandes cidades, que crescem de forma
desordenada e rápida.
Isto dificulta a pastoral e os agentes ficam na
pastoral de manutenção.
Os migrantes caem no anonimato e solidão, porque são mal
acolhidos.
Os meios de comunicação mudam hábitos e criam
necessidades.
A Internet é território sem fronteira e cria
novos espaços e horizontes.
A Igreja precisa saber inculturar o Evangelho
no contexto virtual.
A renovação paroquial exige novas formas de
evangelizar.
A sociedade tem se pautado pelo laicismo e pela
secularização.
O cristianismo perde influência em decisões
morais da sociedade.
1.2.
Novos cenários da fé e da religião
A vivência da fé tem estado muito ligada a interesses
pessoais.
Há busca de cura e prosperidade formando novos
grupos religiosos.
Cresce o número dos que se declaram sem
religião e sem fé.
Há os que acreditam em Deus, mas não querem
relação religiosa.
O pluralismo liberta, mas desorienta e gera
fragmentação.
Católicos buscam conforto nas dificuldades e
caem no indiferentismo.
Temos hoje o desafio da opção de fé numa
sociedade pluralista.
É até desafiante para a vida pessoal manter a
identidade cristã.
Para muitos, a vivência religiosa tem sido apenas de forma
midiática.
Jovens conectados nas redes sociais e idosos
que preferem a televisão.
Com isto vai desaparecendo o sentido de
pertença comunitária.
Há uma adesão parcial à fé cristã e pouco
engajamento na paróquia.3
Muitas pessoas ajudam em campanhas midiáticas e
não sua paróquia.
1.3.
A realidade da paróquia
As paróquias no Brasil têm desafios comuns e
estão unidas em diocese.
Muitas paróquias não assumiram as propostas do
Concílio Vaticano II.
Ficam
muito fechadas em atender sacramentos e cultivar devoções.
Assim, toda ação pastoral fica concentrada na
pessoa do pároco.
Sem preocupação missionária e espera que as
pessoas a procurem.
Desta forma a evangelização é apenas para
fortalecer a fé dos
cristãos.
Outras paróquias conseguiram dar passos de
conversão pastoral.
Evangelização e catequese como processo de
Iniciação à vida Cristã.
Tem animação bíblica da pastoral, liturgia viva
e participativa.
Atuação da juventude, ministérios, conselhos e
vínculos comunitários.
São paróquias em que a pastoral é de comunhão e
participação.
É fundamental a formação de pequenas
comunidades na paróquia.
O desafio é vencer a mesmice sendo ousado e
criativo na
missão.
Apesar da atividade dos presbíteros, os leigos
sejam atuantes.
Preocupa candidatos a padre sem formação de
discípulos missionários.
É causa a fragmentação das famílias e a cultura
que impacta o jovem.
Há também grupos fechados que agem sem comunhão com a diocese.
Outros promovem fundamentalismo católico e
comprometem a Igreja.
O sentimento de superioridade espiritual é fuga
da realidade do mundo.
É desafio comunidade como instituição e não
como comunidade.
Outras vivem o tempo todo voltadas para festas, almoços
e bailes.
É preciso questionar sua identidade de Igreja
vazia e de baile cheio.
A comunidade é formada de fé, esperança e
caridade, na partilha.
Há paróquias que projetam uma Igreja distante e
burocrática.
Estruturas novas e já caducas: reuniões longas e sem
interação.
1.4.
A nova territorialidade
O critério do território é importante, mas levar
em conta as relações.
A mobilidade, mais urbana, possibilita muitos
fluxos nas relações.
Levar em conta o lugar onde a pessoa vive a sua fé e a
compartilha.
É mais importante hoje a pertença à comunidade
do que ao território.
Há também as comunidades ambientais sem espaço
geográfico.
A burocracia de horários e atendimentos não
corresponde mais hoje.
Mas não descartar a territorialidade como referência para as
pessoas.
Crescendo a população, a tendência natural é
criar novas paróquias.
Mas é preciso aprofundar a criação de paróquia
não territorial.
O mundo virtual cria novas comunidades nos seus
relacionamentos.4
1.5.
Revisão de estruturas obsoletas
Por ativismo, há muita energia esperdiçada em
conservar estruturas.
As novas realidades do mundo provocam
inquietações novas.
Todas as estruturas paroquiais precisam ser
mais missionarias.
Devem colocar os seus membros em atitudes de
“saída” missionária.
Anunciar Jesus Cristo com uma linguagem mais
acessível e atual.
Há excesso de burocratização e falta de
acolhida nas secretarias.
Vemos um predomínio do aspecto administrativo
sobre o pastoral.
Também sacramentalização sem outras formas de
evangelização.
As paróquias precisam rever suas atividades de
atuação caducas.
É urgente fomentar na paróquia a mística do
discipulado missionário.
Somente a missionariedade consegue derrubar estruturas caducas.
1.6.
A urgência da conversão pastoral
A transformação da paróquia tem que ser
permanente e integral.
Isto só acontece se houver renovação
missionária das comunidades.
Mudanças estruturais, métodos eclesiais e novas
atitudes dos pastores.
As mudanças acontecem quando houver conversão a
Jesus Cristo.
A conversão pastoral exige então conversão
pessoal e comunitária.
Conversão requer nova mentalidade quanto à
maternidade da Igreja.
Ela gera, amamenta, faz crescer, corrige, alimenta e conduz pela mão.
Conversão que faz a Igreja redescobrir as
entranhas da misericórdia.
Estamos num mundo de “feridos”, que precisam de
perdão e amor.
Transformar as estruturas é expressão externa
da conversão interna.
Comunidade revitalizada: acolhedora, samaritana,
orante e eucarística.
O medo de mudança leva ao fechamento em métodos
antigos.
1.7.
Conversão para a missão
Passar de uma pastoral interna para uma que
dialoga com o mundo.
Sair de detalhes secundários e ocupar-se com
que propõe o
Evangelho.
Não é modernizar a Igreja, mas ter maior
fidelidade a Jesus Cristo.
A preocupação interna paroquial atrai cada vez
menos pessoas.
O discípulo de Cristo não pode ser pessoa
isolada e nem intimista.
1.8.
Breve conclusão
As paróquias estão desafiadas diante das
rápidas mudanças do mundo.
Implica ter coragem e enxergar os limites de
nossas práticas atuais.
Há necessidade de maior ousadia missionária no
anúncio do querigma.5
CAP
II – Palavra de Deus, vida e missão nas comunidades
A comunidade cristã se inspira na Palavra
testemunhada por Jesus.
É preciso revisitar o contexto em que o Senhor
estabeleceu a Igreja.
A comunidade deve ter inspiração na vida de
Jesus e dos apóstolos.
2.1.
A comunidade de Israel
No antigo
Israel, a comunidade era firmada pela Aliança com Deus.
O povo israelita era chamado de povo eleito e
convocado por Deus.
Eram importantes os vínculos comunitários e
familiares em Israel.
No tempo de Jesus os impostos levavam as
famílias ao fechamento.
Jesus participava da vida comunitária
testemunhando a seu favor.
2.2.
Jesus: o novo modo de ser pastor
Jesus se apresenta como Bom Pastor e acolhia
com bondade e ternura.
Ele apresenta novo modo de acolher as pessoas
indo ao seu encontro.
Tinha
um cuidado especial com os pobres, que eram pessoas excluídas.
Jesus ensinava usando linguagem simples que
atingia a todos.
2.3.
A comunidade de Jesus na perspectiva do Reino de Deus
Jesus tinha certeza e consciência clara de sua
missão de evangelizar.
Ele entrava nas casas das famílias e incentivou
os apóstolos a isto.
Entrar na casa significava entrar na vida das
pequenas comunidades.
Ao lado de Jesus nasceu uma comunidade formada
pelos discípulos.
Com Jesus as comunidades foram aprendendo novo jeito de viver.
Marcas: simplicidade, igualdade, partilha,
amizade, serviço, perdão.
Ainda: oração em comum, alegria, hospitalidade,
comunhão e acolhida.
É nova forma de ser e agir em comunidade numa
cultura de contrastes.
O Reino de Deus implica nova maneira de viver e
conviver em Cristo.
2.4.
As primeiras comunidades cristãs
Os apóstolos reconheceram o ressuscitado, que
envia o Espírito Santo.
O Espírito Santo desperta carismas e guia a
Igreja em suas decisões.
A partir daí, os apóstolos criaram comunidades
marcadas pela fé.
As comunidades eram reunião de fieis que se
sentiam chamados.
Os cristãos perseveravam na comunhão, fração do
pão e nas orações.
As comunidades ainda se apoiavam nos
ensinamentos dos apóstolos.
As palavras dos apóstolos eram consideradas
como Palavra de Deus.6
2.4.1.
A comunhão
O centro de unidade das 1ªs comunidades cristãs
era a eucaristia.
A eucaristia era comunhão de algo, pão e vinho,
e com alguém, Cristo.
Ela nutre a esperança, sustenta a fé em Cristo e motiva a
caridade.
Na comunidade todos são irmãos na amizade e na
comunhão.
2.4.2.
A partilha
A comunidade primitiva vivia plenamente a
comunhão de bens.
A partilha não era imposta, mas expressão
natural do amor de Cristo.
Isto mudava inclusive o sentido do dízimo,
visto como expressão de fé.
Paulo diz que Deus ama quem partilha com
alegria (II Cor 9,7).
Promove coletas como sinal de solidariedade e
comunhão (II Cor 8-9).
O gesto da partilha em Cristo se estende para todas as pessoas.
É dom material como sinal da relação entre as
pessoas na comunidade.
Comunhão que surgiu na Páscoa, criando amizade
na comunidade.
2.4.3.
A iniciação cristã
O batizado é homem novo, seguidor de Cristo e
ungido para a missão.
Começa com o anúncio do querigma e acolhida de
Cristo Salvador.
Isto passava por um processo catecumenal com
ritos comunitários.
Tudo levava a um encontro pessoal com Jesus
Cristo ressuscitado.
Levava também à vida comunitária e a um novo
jeito de agir.
O catecúmeno participava só da Celebração da
Palavra e saia.
Participava da liturgia eucarística só após
receber o batismo e a crisma.
Na quaresma ocorria a purificação e a
iluminação, forma de catequese.
Na vigília pascal ele era batizado, crismado e
recebia a 1ª comunhão.
A partir daí, o neófito tornava-se um novo
homem em Jesus Cristo.
Continuava a formação num processo mistagógico
de aprofundamento.
2.4.4.
A missão
Jesus envia a Igreja em missão: “Ide e fazei discípulos” (Mt
28, 19).
A tarefa era de anunciar a salvação para todas
as pessoas do mundo.
O anúncio era por palavras e por gestos sobre o
Evangelho do Reino.
Foi o que fez Paulo em suas diversas viagens
missionarias.
Para isto ele contou com casais missionários, destacando as
mulheres.
2.4.5.
A esperança
Apoiados na ressurreição, os cristãos foram
testemunhas da esperança.7
O anúncio feito pelas comunidades estava
centrado na ressurreição.
Era fundamental: a esperança na vinda de Cristo no fim dos tempos.
Os convertidos se consideravam membros do novo
povo de Deus.
A espera da vinda de Cristo fez o povo de Deus
sentir-se peregrino.
Pertencer uma comunidade era como sentir
herdeiro do Reino de Deus.
Era sentir-se caminheiro, peregrino na busca do
Salvador.
2.5.
A Igreja-comunidade
Paulo funda várias comunidades nas margens do
Mar Mediterrâneo.
Chamava as comunidades reunidas nas casas de
Igrejas Domésticas.
As casas eram locais de acolhida dos fieis para
ensino da Palavra.
A Igreja no Novo Testamento é assembleia
convocada por Deus.
Ekklesia é comunidade reunida para a Liturgia,
a Palavra e a Ceia.
Significa ainda reunião pública, reunião do
povo da Aliança.
Nas comunidades havia a presença fecunda do
Espírito Santo.
Nelas o Reino de Deus se revela no anúncio da
Palavra e nas obras.
2.6.
Breve conclusão
O ser humano não é concebido como isolado e
autônomo.
Ele é membro de uma comunidade do povo da
Aliança.
Forma-se nas relações que se estabelece na vida
da comunidade de fé.
Os 1ºs cristãos, em comunidade, formavam o novo
povo de Deus.
Comunidades de cristãos que servem de
inspiração para hoje.
Não eram modelos únicos, mas deixam elementos e
critérios para
hoje.
Não podemos ter medo de aceitar e criar novos
modelos.
Assim a Igreja estaria atendendo as exigências
dos novos tempos.
CAP
III – Surgimento da paróquia e sua evolução
A dimensão comunitária da fé passou por
mudanças significativas.
A paróquia
atual começou como Igreja Doméstica, a partir das famílias.
Ela é um instrumento importante de
identificação da vida cristã.
Há aspectos históricos que devem ser
recuperados e outros revistos.
3.1.
As comunidades da Igreja antiga
As comunidades cristãs primitivas não perderam esperança em
Cristo.
Mesmo com as perseguições do Império Romano,
foram fieis na fé.
Os cristãos eram disfarçados na clandestinidade
e muitos martirizados.
O refúgio dos cristãos no tempo de contrastes
era nas comunidades.
Aprofundou-se ideia de fraternidade e separação
de costumes pagãos.8
Cresceu o sentido de irmandade e os cristãos
chamados de irmãos.
Cuidavam das viúvas, desempregados presos,
órfãos, velhos, doentes.
Do jejum destinava aos pobres tudo que deixavam de consumir.
Daí foram surgindo as obras de caridade que
chegam até hoje.
Os contrastes eram enormes, mas a Igreja
cumpria sua missão.
3.2.
A origem das paróquias
O edito de Milão, 313, declarou liberdade religiosa
no Império Romano.
O edito
de Tessalônica, 381, de Teodósio, religião oficial do Império.
Aos poucos, o cristianismo foi se tornando
religião massiva e anônima.
As novas organizações prejudicaram a relação
existente de Igreja-casa.
No final do séc. III surgem lugares fixos
chamados de domus ecclesiae.
Aí eram feitas as reuniões da comunidade, sob
direção de presbítero.
Final do séc. IV, em Roma, os lugares de culto
chamavam-se titulus.
Séc. V aparece a paróquia com maior autonomia, com várias funções.
Aos poucos, o sistema paroquial vai se impor
também na cidade.
Surge a paróquia já com demarcações
territoriais e as dioceses.
Nas paróquias a eucaristia passou a ser
extensão da ação episcopal.
O presbítero realizava os ritos batismais e o bispo os da
crisma.
As paróquias rurais foram aos poucos se
estendendo para as cidades.
Em 476 aconteceu o fim do Império Romano do
ocidente.
Houve a invasão dos bárbaros, que assimilaram a
cultura romana.
Começa uma nova etapa nas comunidades cristãs.
Surge uma estreita ligação entre a Igreja, o
Estado e a sociedade.
Aparecem Ordens Religiosas e Mosteiros com nova
espiritualidade.
O mundo parece dividido em dois polos: o
temporal e o espiritual.
Assume o papa Gregório VII, de Cluny, coroado como
Imperador.
Gregório VII assume a reforma gregoriana em
busca das origens.
Mas firmava o poder papal contra as ameaças dos
senhores feudais.
A Igreja passa a ser mais instituição jurídica
do que sacramental.
A paróquia continuava sendo uma referência para os cristãos.
Trento, séc. XVI, não modificou o perfil
estrutural da paróquia.
Insistiu que o pároco passasse a residir no
território da paróquia.
Estabeleceu critérios da territorialidade e
criação de novas paróquias.
Esse Concílio instituiu o Seminário para a
formação sacerdotal.
O modelo da paróquia do Concílio de Trento
chegou até o Vaticano II.
3.3.
A formação das paróquias no Brasil
No século XVI o catolicismo, vindo da Europa,
chegou ao Brasil.
Esse fato histórico
aconteceu com ordens religiosas e irmandades.
As ordens religiosas insistiam em devoções
particulares nas regiões.9
Em 1855, medidas do Império fecharam os
noviciados no Brasil.
Irmandades abaladas, umas fecharam e outras se
secularizaram.
Continua um cristianismo com as tradições
populares do povo.
As paróquias ficaram como únicas instâncias do
catolicismo no país.
Com a chegada da Proclamação da República,
1889, a situação mudou.
Chegaram congregações religiosas trazendo o
modelo europeu.
Foi dado destaque para a escola católica e
ajuda nas paróquias.
Na pluralidade, não havia preocupação com a
unidade das paróquias.
Católicos leigos em associações, com muita reza
e pouca missa.
No século XIX ocorreu o chamado processo de instauração.
A intenção era introduzir no Brasil a reforma
do Concílio de Trento.
Mas continua a busca por festas, procissões,
culto aos santos e rezas.
A paróquia ficou sendo lugar como de
exclusividade do padre.
Os leigos a procuram apenas para atos religiosos e sacramentos.
Sua finalidade era para atender às necessidades
das famílias católicas.
O Código de 1917 a defina como menor
circunscrição local e pastoral.
3.4.
A paróquia no Concílio Vaticano II
No Concílio, a paróquia só pode ser compreendida a partir da diocese.
Pode ser entendida como célula da diocese,
comunidade local dos fieis.
A paróquia é parte integrante da Igreja
Particular, da diocese.
O mundo é o lugar dos discípulos que foram
convocados por Cristo.
Daí surge o sentido mais comunitário e
missionário da paróquia.
O Vaticano II insiste que a comunidade
paroquial tenha maior abertura.
Ela deve ultrapassar os limites territoriais no
trabalho missionário.
3.5.
A renovação paroquial na América Latina e no Caribe
Na década
de 60 surgiu um novo cenário social, econômico e político.
Causas: regime militar, violação de direitos,
êxodo rural, pobreza etc.
Muitas comunidades se tornaram refúgio de
pessoas perseguidas.
Tornaram-se ainda centros de denúncia de
torturas e busca
de justiça.
Em Medellin, 1968, a Igreja reforçou seu
compromisso de justiça.
Medellin sugeriu formar comunidades eclesiais
nas paróquias.
Que a vida de fé tivesse um aspecto mais
comunitário e social.
Foi sugerida também a instituição do diaconato
permanente.
Puebla, 1979, viu a paróquia como centro de
coordenação e animação.
Deveria animar as comunidades, os grupos e os
movimentos.
A partir daí expandiram-se as comunidades
eclesiais de base.
Santo
Domingo, 1992, vê a paróquia mais como família de Deus.
Santo Domingo já fala de paróquia como
comunidade de comunidades.
Destacou que a paróquia não é território,
estrutura, mas família.
Definiu-a como a Igreja que vive no meio das
casas dos cristãos.10
Fala também em rede de comunidades e de
revitalização paroquial.
Aparecida, 2007, teve como grande apelo a
conversão pastoral.
Abandonar estruturas obsoletas e formar
comunidades missionárias.
Daí surgiu o título de comunidade de comunidades, nova paróquia.
Paróquia célula viva da Igreja e casa e escola
de comunhão.
3.6.
A renovação paroquial no Brasil
A renovação da paróquia começou com o Plano de
Emergência, 1962.
Deu-se um destaque especial para a diocese como
lugar de comunhão.
Os leigos devem participar da tríplice missão:
fé, culto e caridade.
Nas vésperas do Concílio já se pensava numa
pastoral de conjunto.
Isto deveria superar a pastoral de conservação
e ter mais abertura.
As CF de 1964 e 1965 tiveram como temas a renovação da paróquia.
As Diretrizes Gerais de 2011-2015 dizem da
importância das paróquias.
Ideia da CNBB: as paróquias serem comunidade de
comunidades.
O texto 104 foi amplamente estudado no país com
grande interesse.
Também o papa Francisco disse que não podemos ficar fechados.
Ele destaca a urgência de uma paróquia mais
missionária e pastoral.
A paróquia deve incentivar e formar as pessoas
para evangelizar.
Na Exortação o papa diz que a paróquia é
santuário e lugar de envio.
A paróquia: de viva comunhão, participação e
orientação à missão.
3.7.
Breve conclusão
Nas paróquias há a extensão da mensagem do
pastor diocesano.
Mosteiros, Reforma Gregoriana e Trento pensaram
na organização.
O Vaticano II quis recuperar a comunhão da comunidade e
ministérios.
As Conferências falaram em rede de comunidades,
conversão pastoral.
A CNBB quer a paróquia mais discípula e mais
missionária para hoje.
CAP
IV – Comunidade paroquial
O fundamento da comunidade-Igreja está na
Santíssima
Trindade.
Pelo Espírito recebe o dom da unidade, que se
expressa na paróquia.
A paróquia é a extensão da Igreja Particular e
da Eucaristia episcopal.
O Vaticano II define a paróquia como sendo
“célula da diocese”.
4.1.
Trindade: fonte e meta da comunidade
Igreja, projeto do Pai, criatura do Filho e
vivificada pelo Espírito Santo.
Ela tem sua origem na Trindade e por isto é
comunidade de amor.
Vive o amor que permite acolhida e doação,
capaz de unir diferenças.11
A comunhão e a missão trinitária inspiram missão da
comunidade.
Uma comunidade só pode ser chamada de cristã se
ela vive a missão.
Assim temos a diocese, as paróquias e as
comunidades na diversidade.
4.2.
Diocese e paróquia
A criação de uma nova paróquia significa nova
presença da
Igreja.
A comunhão da Igreja é mistério, além das aparências
externas.
Por isto, ela supera a unidade sociológica e
harmonia psicológica.
Reflete comunhão dos santos e em comunhão com a
Igreja no céu.
Visa a salvação que considera e transcende o mundo visível.
4.3.
Definição de paróquia
Ela é caminho de passagem para os cristãos em
direção à Salvação.
Mas também tem uma estabilidade no sentido de
vida comunitária.
Catecismo da Igreja Católica, Código 1983 e
Vaticano II em sintonia.
Dizem: Comunidade de fieis, estável, com o
pároco, pastor próprio.
Importantes: comunidade de comunidades e
comunhão com a diocese.
Isto se faz através da ação do pároco em
comunhão com o bispo.
Na paróquia deve acontecer o modelo de
comunidade dos 1ºs
cristãos.
Quatro: fração do pão, comunhão fraterna, orações
e ensinamento.
Da paróquia derivam 3 tarefas: comunhão de fé,
de culto, de caridade.
O Catecismo destaca a oração comunitária acima
da oração privada.
4.4.
Comunidade de fieis
Entende-se
comunidade agrupamento humano com algo em comum.
Em nível de Igreja, o que forma comunidade é o
batismo e a eucaristia.
É comunidade que partilha, que professa a fé e
testemunha a caridade.
A paróquia deve ser casa-comum, onde todos
partilham a vida
divina.
O Concílio Vaticano II concebe a paróquia como
comunidade de fieis.
O sentido comunitário faz com que o cristão
seja realizado na vida.
4.5.
Território paroquial
O Código define paróquia territorial e também
paróquias pessoais.
A territorial
define os paroquianos moradores dentro do espaço.
O cuidado pastoral cabe ao pároco, estando
unido ao seu bispo.
É o espaço onde se ouve a Palavra de Deus e
participa da Eucaristia.
4.6.
Comunidade: casa de cristãos12
A comunidade cristã é a experiência de Igreja ao redor da
casa.
A paróquia é a própria Igreja que vive no meio
das casas dos cristãos.
Comunidade é ideia de casa, ambiente de vida,
referência e aconchego.
No NT a palavra casa pode ser comunidade-Igreja
sobre pedras vivas.
4.6.1.
Casa da Palavra
A comunidade cristã é onde se escuta, acolhe e
pratica a Palavra.
É como Deus tendo armado sua tenda entre nós,
morada de Deus.
A Igreja é casa da Palavra, onde o cristão
escuta e responde a Deus.
Então é casa de iniciação à vida cristã na
perspectiva da ação bíblica.
4.6.2.
Casa do pão
O cristão se alimenta e vive da eucaristia na
vida da comunidade.
Na eucaristia há o encontro de Deus com os
cristãos e deles ente si.
Ela é fonte inesgotável de vocação cristã e de
impulso missionário.
Motivados na celebração eucarística, o cristão
pratica a caridade.
4.6.3.
Casa da caridade – ágape
A Palavra e a Eucaristia dão ao cristão uma
nova dimensão de vida.
A presença de Deus em sua vida lhe dá a dimensão do amor-ágape.
“Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a
vida pelo amigo”
A amizade-ágape se traduz em compaixão e opção
pelos pobres.
A comunidade deve ser também presença pública
da Igreja no mundo.
4.7.
Comunidades para a missão
A comunidade cristã é missionária quando age em favor da dignidade.
Supõe um testemunho que vem antes das palavras
e gera missão.
A missão supõe testemunho de proximidade
afetuosa como fez Jesus.
Supõe anúncio explícito da Boa Nova de Jesus,
anúncio do
querigma.
Há pessoas que perderam o brilho da fé e vivem
testemunho opaco.
O querigma inclui o testemunho, que desmascara
as mentiras.
Uma fé sem testemunho e sem carisma não
consegue mudar nada.
Uma paróquia, para ser missionária, deve ir ao
encontro das
pessoas.
4.8.
Breve conclusão
A Igreja ajuda o encontro da ação de Deus com a
resposta humana.
Apesar de viver no mundo, no tempo, destina-se
para a eternidade.
A descentralização da paróquia ajuda na
proximidade e no encontro.13
O que derruba
estruturas caducas e leva a mudar é a missionariedade.
CAP
V – Sujeitos e tarefas da conversão pastoral
Fieis leigos e ordenados participam da
conversão pastoral.
Os sujeitos e as tarefas dependem de encontro
pessoal com Jesus.
Jesus apresenta um novo jeito de agir e cuidar
das pessoas.
A conversão paroquial depende de um renovado
amor à pastoral.
A fonte primeira para isto está no Batismo e na
Ordem.
O missionário tem que ser presença
evangelizadora nas periferias.
Há medo
de sair do centro, de descentralizar e prejudica a conversão.
O centro é Jesus, que convoca e envia com
coragem apostólica.
Missão é corresponsabilidade desprendida,
responsabilidade apostólica.
5.1.
Os bispos
São os primeiros responsáveis a fomentar a conversão paroquial.
Fazer da Igreja casa e escola de comunhão
desencadeando conversão.
Papa Francisco os estimula serem pacientes,
misericordiosos e simples.
Os bispos devem ser os animadores de uma nova
mentalidade.
Devem fortalecer o clero na sua missão e na sua
espiritualidade.
Sem isto, será difícil uma paróquia ser
comunidade de comunidades.
5.2.
Os presbíteros
Sejam padres-pastores, dedicados, generosos,
acolhedores e abertos.
Um sinal preocupante é a sobrecarga,
prejudicando o seu
equilíbrio.
Há padres desencantados, cansados, apáticos,
insensíveis, rudes etc.
Preocupação com a formação do padre para
acompanhar as mudanças.
O padre pode ficar atrasado no tempo e afastado
da realidade.
A renovação paroquial depende de vivência mais comunitária do
padre.
Para haver mudança é fundamental a postura
pessoal do presbítero.
Ele não é mero delegado ou representante da
comunidade, é um dom.
Deve ser acolhedor, ter paternidade espiritual
sem distinção.
Há uma exigência: que o padre seja autêntico
discípulo de Jesus Cristo.
Somente um sacerdote apaixonado por Cristo transforma
a paróquia.
Ele tem que ser homem de Deus com profunda
intimidade com Cristo.
É importante a formação permanente do padre e
nos Seminários.
5.3.
Os diáconos permanentes
Devem ser formadores de novas comunidades
eclesiais nas periferias.
A conversão paroquial depende também da atuação
dos diáconos.14
Com a dupla sacramentalidade, explicitam a
unidade eclesial.
Podem assumir comunidades não territoriais:
dependentes químicos.
Em caso de necessidade, podem administrar uma
paróquia.
5.4.
Os consagrados
Todos os religiosos na pastoral devem ajudar na
renovação paroquial.
As religiosas ajudam as paróquias com sua presença junto às
famílias.
Apostolado estar em comunhão com a diocese e o
plano de pastoral.
Estejam em sintonia com a caminhada, evitando
ação paralela.
Seu vínculo com a diocese seja jurídico,
pastoral e missionário.
5.5.
Os leigos
Sua missão
tem origem nos sacramentos, Batismo e Confirmação.
A atuação seja de testemunho de Cristo na ajuda
aos pastores.
O leigo precisa superar o clericalismo e
participar das pastorais.
Reconhecer a diversidade de carismas, serviços
e ministérios.
O Código
prevê a possibilidade de o leigo administrar uma paróquia.
Para isto é necessário um processo integral de
formação laical.
Processo programado, sistemático, que inclua a
Doutrina Social.
Leigo clericalizado é ser mais cômodo e sem
compromisso social.
O clericalismo do leigo é falta de maturidade e
de liberdade cristã.
O leigo cristão deve ter consciência de vocacionado
para “ser Igreja”.
5.5.1.
A família
Ela tem sido confrontada com outras formas de
convivência.
Encontros de famílias são exemplos de iniciativas de
vida comunitária.
Há políticas públicas que não respeitam a
família como célula social.
Propaga-se o ser feliz sem levar em conta o
amor com compromisso.
Namoro e casamento vivem crise de afeto e não
criam vínculos.
Na paróquia
participam pessoas de variadas formas de vida.
Sem vínculo sacramental, segunda união,
sozinhos com filhos, avós.
Usar sempre de misericórdia com a família,
acolher, orientar e incluir.
5.5.2.
As mulheres
Há intensa participação das mulheres nas
comunidades paroquiais.
Participam na catequese, liturgia, ministras,
enfermos, acolhida etc.
Francisco: “Igreja sem as mulheres é Colégio
Apostólico sem Maria”.
Elas são a maioria nas diversas comunidades paroquiais.
Precisam ser valorizadas, porque ajudam na
renovação paroquial.15
5.5.3.
Os jovens
Ter abertura para os jovens porque eles moram
no coração da Igreja.
Opção afetiva e efetiva pelos jovens
anunciando-lhes o amor de Cristo.
Eles devem ter espaços adequados para seu engajamento
comunitário.
Dar atenção aos jovens que vivem em situação de
risco e exclusão.
Os jovens são riqueza de uma comunidade, com
seu jeito próprio.
Eles têm ousadia e destemor para vencer a
comodidade de hoje.
Sem o
rosto jovem a Igreja acaba se apresentando desfigurada.
Usar as redes sociais para cativar os jovens,
onde eles interagem.
O papa Francisco lhes sugere vencer as
tentações do provisório.
5.5.4.
Os idosos
Há muitos idosos nas comunidades e nem sempre são escutados.
Testemunhas da história, com valores que
precisam ser resgatados.
Devem participar de encontros para evitar
situações de isolamento.
Criar entre eles laços de amizade para evitar
situação de abandono.
Para muitos idosos a comunidade paroquial é uma nova família.
Criar espaços para eles e relacionamento com
jovens e crianças.
5.6.
Comunidades Eclesiais de Base
A CEB é instrumento para o povo ter encontro
com a Palavra de Deus.
É espaço onde se cria compromisso social em
nome do Evangelho.
Espaço também de educação da fé e de surgimento
de serviços leigos.
Provocam nos cristãos um novo ardor missionário
e evangelizador.
Através das CEBs os leigos conseguem melhor
dialogar com o mundo.
Em contato com a Igreja local, tornam-se sinal
de vitalidade da Igreja.
Elas constituem um dos traços mais dinâmicos da
vida da Igreja.
São a presença de Igreja junto aos mais simples
de forma corajosa.
Formam comunidades com acento missionário e sócio-transformador.
Centralidade na Palavra de Deus, na Eucaristia
e nos pequenos grupos.
As CEBs contribuem com a conversão pastoral da
paróquia.
5.7.
Movimentos e associações de fieis
São sinais da Providência de Deus para a Igreja
de hoje.
Existem
no Brasil novas experiências que enriquecem a todos.
Muitos movimentos leigos são engajados nas
comunidades.
É preciso interrogar os que fazem um caminho
mais autônomo.
São escolas ou linhas de espiritualidade e
reúnem muitas pessoas.16
Têm um aspecto
transterritorial com carismas específicos.
O desafio é ter vivência de comunhão e de
pastoral de conjunto.
Como são supradiocesanos, têm dificuldade com
as dioceses.
Às vezes há desconforto e preconceito nas
relações na comunidade.
De ambas
as partes deve haver abertura para um diálogo sadio.
Haja fidelidade, participação, comunhão e
colaboração de todos.
Não podem colocar-se no mesmo plano das
comunidades paroquiais.
Também não podem alimentar pretensões de ser
totalidade.
As paróquias
não têm direito de excluir ou negar sua existência.
Não podem ser nômades sem raiz, mas integrados
na pastoral.
5.8.
Comunidades ambientais e transterritoriais
Há grupos de moradores de rua, universitários,
empresários, artistas.
Nos hospitais pode haver verdadeira comunidade e deve ser
assistida.
Pensar e planejar ação evangelizadora também
nesses ambientes.
As escolas também podem ser comunidades e devem
ser atendidas.
As universidades como grande areópago, devem
ter presença cristã.
É importante ter a Pastoral Universitária para
anúncio da Boa Nova.
5.9.
Breve conclusão
A renovação supõe estímulo de organização nesta
diversidade.
Criar vínculo e partilha de caminhada com uma
pastoral planejada.
A paróquia é importante, mas insuficiente na tarefa de
evangelização.
Diante da complexidade de hoje, é preciso
encontrar meios e recursos.
CAP
VI – Proposições pastorais
Temos que superar a tentação pastoral de agir
com as próprias forças.
Temos o forte alerta: “sem Cristo nada podemos fazer” (Jo 15, 5).
Papa Francisco: “nunca haver evangelização sem
o Espírito Santo”.
6.1.
Comunidades da comunidade paroquial
A grande comunidade deve formar grupos menores
para descentralizar.
Com isto consegue chegar aos mais afastados
criando novas
unidades.
A setorização vai ajudar na renovação se forem
formadas lideranças.
O protagonismo dos leigos depende de boa
preparação dos agentes.
Necessita de bom planejamento evitando concentração
na matriz.
Supõe nova organização e delegação de responsabilidade aos
leigos.
Deve ser uma organização mais simples evitando
ser miniparóquia.
A paróquia precisa formar pequenos grupos e
comunidades.17
Com isto vai conseguir ampliar a interação e
engajamento de muitos.
Essas pequenas comunidades devem ser formadas por quem
já atua.
Primeiro atrair quem participa apenas de missas
ou celebrações.
Depois atrair os afastados num processo mais
missionário.
Setorizar a paróquia por território, ou por
afeto, ou por interesse.
Uma vizinhança geográfica pode não formar grupos de reflexão.
Há grupos formados por moradores de locais
distintos e distantes.
O importante são os encontros regulares, seja
na cidade ou zona rural.
O fundamento da comunidade ou grupo está na
Palavra e na Eucaristia.
É fundamental formar comunidades com pessoas
que se integram.
Fazer com as comunidades um itinerário
formativo com subsídios.
Unir Palavra, catequese e formação da
consciência crítica.
Na comunidade as pessoas quando acolhidas saem
do anonimato.
6.2.
Acolhida e vida fraterna
Na comunidade existem tensões e dissensões, mas
também perdão.
A inveja, fofoca e interesses pessoais
corrompem a comunhão.
A vida comunitária não está em cargos, mas em
ser discípulo de Cristo.
Não é possível acolher os afastados se os membros se
desentendem.
Existem comunidades que mais afastam do que
acolhem as pessoas.
Paróquia e comunidade que testemunham o amor
são missionárias.
A renovação paroquial significa recuperar as
relações de comunhão.
Uma comunidade missionária significa ser comunidade
acolhedora.
Muita gente procura os sacramentos, mas acabam
afastadas da Igreja.
Mensagem mais direta e acolhida autêntica
recuperam os distantes.
É urgente acolher melhor estabelecendo relações
mais personalizadas.
O diálogo na secretaria paroquial é porta de
entrada na comunidade.
A evangelização só será possível quando houver
prioridade na escuta.
Muitas pessoas procuram a Igreja nos momentos
mais difíceis da vida.
Elas devem ser ouvidas com carinho e acompanhadas nas urgências.
Para isto é necessário formar pessoas com
capacidade para escuta.
O papa Francisco fala de proximidade e
acompanhamento das pessoas.
É importante a reconciliação, acompanhamento
espiritual e orientação.
Para isto o pároco precisa alterar agenda e delegar funções aos
leigos.
Evitar obstáculos doutrinais ou morais e ter
atitudes de misericórdia.
Na pedagogia divina, o abraço materno da Igreja
vem antes de tudo.
A conversão pastoral paroquial faz dela
instância de acolhida
e missão.
Promover a cultura do encontro e ter suas
portas sempre abertas.
Vencer resistências por causa de segurança, mas
encontrar caminhos.
Rever os horários, criando oportunidades para o
povo participar.
6.3.
Iniciação à vida cristã18
Renovação paroquial depende de ela ser casa de
iniciação à vida cristã.
A catequese deve ser prioridade, criando novo
olhar e nova prática.
Isto ainda é desconhecido em muitas comunidades
e desvalorizado.
A catequese deve ser assumida dentro das orientações de hoje.
Dar passos catecumenais, com metodologia e
processos próprios.
Processo: querigma, conversão, discipulado,
comunhão e missão.
Catequese que esteja centrada na animação
bíblica de toda pastoral.
6.4.
Leitura Orante da Palavra
A paróquia
deve ser casa da Palavra e promover nova evangelização.
A Leitura Orante da Palavra faz da paróquia
contínua animação da vida.
Palavra lida em comunidade evita reducionismo intimista
e ideologias.
É importante a homilia, breve e com linguagem do povo e da cultura.
Evitar homilia como discurso genérico, abstrato
e divagações inúteis.
Por isto, quem faz a homilia tem que se
preparar bem e com orações.
Onde não há sacerdotes, haja a celebração do
culto com a Palavra.
O ministro da Palavra seja bem preparado, humilde e
acolhedor.
Quando agimos assim, as pessoas se animam mais
em participar.
6.5.
Liturgia e espiritualidade
Após o Vaticano II cresceu a participação das
pessoas nas celebrações.
Mas algumas experiências mostram que há muita fala e pouca reza.
São celebrações sem espiritualidade e sem
vivência do celebrado.
Celebrações sem encontro com o mistério e vira
encontro de pessoas.
Existem comentários longos, cânticos
desalinhados e falta de silêncio.
A eucaristia renova a vida em Cristo e a adoração
educa a pessoa.
O domingo deve ser mais valorizado como alegria
e encontro familiar.
Muitas comunidades não têm celebração
eucarística, mas da Palavra.
É preciso encontrar soluções maduras para
enfrentar esta questão.
A rede de comunidades deve ter vida espiritual,
celebrativa e caritativa.
As celebrações não podem levar a fugas
intimistas da realidade.
Ao contrário, deve levar à solidariedade e à alteridade
na comunidade.
Valorizar a piedade popular com a Palavra e celebração do mistério.
Ver na devoção a Maria um caminho de seguimento
de Jesus Cristo.
6.6.
Caridade
As comunidades devem acolher a todos, os
perdidos e excluídos.
Eles devem encontrar aconchego e espaço por
parte dos de casa.
A caridade cristã deve ser resposta aos que mais necessitam de
ajuda.19
Ser bom samaritano com os rostos caídos pela
beira do caminho.
Dependentes, desempregados, dementes,
soropositivo, idosos etc.
Acolher os divorciados, segunda união,
solitários, deprimidos, doentes.
Marcar presença na defesa da vida, ecologia,
ética na política etc.
Cuidar da cidadania, da integridade da terra,
da biodiversidade.
Iniciativas: evitar o álcool em festas para não
cair em contradição.
Encontrar saídas alternativas como o incentivo ao dízimo paroquial.
6.7.
Conselhos, organização paroquial e manutenção
A comunidade paroquial exige comunhão,
participação e engajamento.
Todos devem colaborar de forma organizada,
frequente e generosa.
Os recursos financeiros devem vir da partilha como sinal de comunhão.
As paróquias devem trabalhar a pastoral do
dizimo como processo.
Não exagerar na ação porque pode surtir efeito
contrário na pastoral.
É importante favorecer o espírito de
subsidiariedade e protagonismo.
Valorizar muito na paróquia os Conselhos pastorais e
econômicos.
Nos Conselhos os leigos podem desenvolver seu
protagonismo cristão.
Escolher membros discípulos missionários para
atuar nos Conselhos.
Atender as necessidades pastorais e não só
construções e reformas.
Financiar, manter e qualificar obras e ações
sociais com fé autêntica.
Prestar contas e ter uma gestão transparente e
contar com os leigos.
Haja espírito de partilha entre as paróquias de
forma permanente.
Distribuir melhor os atendimentos com justa
proporcionalidade.
Ter unidade com a diocese através do Plano
Diocesano de Pastoral.
Dar atenção aos vínculos com outras paróquias
como igrejas irmãs.
6.8.
Abertura ecumênica e diálogo
Convivemos com pessoas de outros credos, no
pluralismo religioso.
A atitude ecumênica e o diálogo garantem o
respeito e acolhimento.
Valorizar a “Semana de Oração pela Unidade dos
Cristãos” enriquece.
Trabalhar juntos no serviço à vida e na defesa
dos direitos humanos.
A unidade é um dom do alto, que o Espírito
suscita nos corações.
A cultura do encontro ajuda no diálogo
inter-religioso no pluralismo.
6.9.
Nova formação
A conversão da paróquia depende de uma formação
com novo estilo.
Encontrar metodologias e processos que levem à conversão da
pessoa.
Considerar a prática das comunidades e as
experiências das pessoas.
Formação mais interativa no sentido de
formar-se junto com outros.
Formação mais prática e qualificada em todos os
níveis da pastoral.20
A conversão
pastoral depende da preparação dos presbíteros, párocos.
É necessário criar nova consciência pastoral e
missionária no clero.
Promover processo metodológico que envolva
saber, fazer, ser cristão.
Uma sugestão: Escola Diocesana de Formação de Catequistas.
Escola com espaço sistemático, orgânico e
permanente de formação.
6.10.
Ministérios leigos
Há na Igreja uma pluralidade de ministérios,
carismas e serviços.
Preparar leigos para assumir os diferentes
ministérios e serviços.
Que eles sejam
autênticos animadores das comunidades eclesiais.
Investir na formação doutrinal, pastoral e
espiritual dos leigos.
6.11.
Cuidado vocacional
A família e a paróquia são os primeiros
seminários vocacionais.
É na paróquia que fortalece a consciência
vocacional da Igreja.
Toda paróquia deve rezar pelas vocações como
pede Jesus.
O cultivo vocacional depende muito do
testemunho dos presbíteros.
Palavra do papa Francisco: das comunidades
cristãs surgem vocações.
6.12.
Comunicação na pastoral
A comunidade interage, sempre mais, por meio
virtual com a paróquia.
A paróquia precisa saber apresentar a linguagem
da comunicação.
Linguagem direta e objetiva, menos prolixa e
com metodologia.
Os idosos têm seguido muito os meios televisivos em missas e
terços.
Os santuários na mídia devem favorecer a
conversão pastoral.
Desafio das TVs e sites: garantir comunhão na
pluralidade de opções.
A comunhão paroquial com fieis que só interagem
com esses meios.
Podem
prejudicar os vínculos associativos comunitários, doações etc.
6.13.
Sair em missão
Há muitos católicos não evangelizados e com
fraca identidade cristã.
Além disto, pouca pertença eclesial e buscam
outras igrejas.
Não querem deixar a Igreja, mas querem fazer encontro com
Deus.
É urgente buscar os que se afastaram da
comunidade sem formação.
Aproveitar os momentos de preparação para os
sacramentos.
Ter um olhar menos julgador e melhor acolhedor
nesses momentos.
6.14.
Breve conclusão21
Transformar
a paróquia em comunidade de comunidades por meio de:
Formar pequenas comunidades com base na Palavra
e na Eucaristia.
Formar Conselhos de Pastoral e Econômico com
participação leiga.
Valorizar o laicato, dando boa formação e
despertar novos
ministérios.
Acolher a todos com caridade, fazendo opção
preferencial pelos pobres.
Paróquia ser centro de irradiação e animação da
fé e da espiritualidade.
Dar atenção aos condomínios e conjuntos
residenciais populares.
Ter comunhão com a diocese, usar a mídia e ser Igreja em
saída.
Conclusão
Novos contextos e oportunidades para assumir o
discipulado e missão.
Superar burocracia, desânimo e ser comunidade
viva, serviçal e aberta.
A conversão seja radical, tanto de indivíduos
como de comunidades.
Gerar comunidades não ficando preso à
territorialidade física.
Ser também não territorial, ambiental, ou
opcional por afinidade.
A novidade será missionária com novo tipo de
relacionamentos na
fé.
Ocupar tempo, interesse e recursos com as pessoas
e não só projeto.
Não ficar apenas em atividades e tarefas, mas
gratuidade, amizade.
O modelo programático do “fazer” seja
paradigmático do “ser cristão”.
Com a Missão Continental programar renovação paroquial no
Brasil.
As novas paróquias devem facilitar que o povo
encontre Água Viva.
São João XXIII: a paróquia é fonte da aldeia
que sacia a sede de todos.
Confiar à Virgem Maria, Senhora Aparecida, o
empenho de renovação.
Que o
Espírito ilumine e conduza os passos da renovação paroquial.
A conversão paroquial depende de renovação
espiritual e pastoral.
Tudo isto vem provocar e expressar a sonhada
nova evangelização.
Síntese
feita por
Dom Paulo Mendes Peixoto
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