17 de janeiro de 2013

A Psicologia das idades - parte II



Psicologia da criança – Parte II
Pré-Adolescência – 9 a 12 Anos
Continuando nosso assunto sobre nossas crianças quero relembrar aqui que este não é um estudo sobre sistemático sobre psicologia como uma faculdade e sim uma sugestão para que nossos catequistas observem seus catequizandos e assim possam compreendê-los melhor.
Nessa idade de 9 a 12 anos, o ensino tem de ser muito concreto, seguro e claro para educar e formar a inteligência. Agora se faz necessário uma catequese viva, ativa e de “experiências” ou “vivências” de Fé muito profundas. Aqui, mais o testemunho do que as palavras.
A partir dos 10 anos a criança está mais calma… como que descansando, para entrar na grande crise da adolescência. Vejamos:
CARACTERÍSTICAS: O pré-adolescente aparenta ter certo equilíbrio, é capaz de prestar bastante atenção ao executar um trabalho contínuo. Se soubermos cativá-lo, poderemos com facilidade conhecer seu caráter e conduzi-lo para o bem. Gosta de encontrar-se com seus colegas, tem interesse por tudo que vê, desejando saber como se faz e para que serve. Gostam de jogos coletivos, como futebol e outros jogos organizados em equipe e estão antenados com as redes sociais e jogos da internet.
IDADE DA AÇÃO: A criança é atraída pelo mundo exterior, o que interessa é o que vê, o que toca, o que pode medir. É a idade positiva, tendo mudado muito o seu comportamento, provoca o colega para mostrar que é o “tal” o “forte”. Os meninos desejam ser superiores às meninas, desde cedo apresenta sintomas de marxismo. Seu mundo religioso apoia-se no concreto e na ação. Ela não pode ter a ideia de mistério sem concretizá-lo. O que Deus faz, o que a Igreja faz. Sua fé necessita de exteriorização. Procura regras de ação religiosas, indaga como fazer uma boa ação, uma boa confissão, quer saber como fazer uma boa comunhão.
IDADE DO CONFORMISMO SOCIAL: Estas crianças sentem-se atraídas pelo grupo que os cerca. É a idade do grupo de amigos. Ela deixa-se influenciar com muita facilidade pelos amigos. Passa a valorizar menos a família, não se despertando com facilidade para os valores e aspectos socioeconômicos que lhes rodeia. Aos 11 e 12 anos, surge a crise mais dura e de suma importância para o adolescente: “A necessidade de autoafirmação”. Deixa de vez de viver sob pressão, vive a fase da reação para uma futura adaptação total. Na fase da reação, é a que mais necessita de ajuda do catequista e dos pais.
IDADE DO HÁBITO E DA MEMÓRIA: Elas têm grande capacidade de memorizar e gosta disso. Gosta de metodologia de regras, gosta daquilo que é fixo. Gosta de apresentar o seu trabalho para que todos o valorize e a elogie, gosta do que é bem feito, bem treinado e ensinado, principalmente os gestos, danças e fórmulas bem recitadas. Fica muito satisfeita consigo mesma.
ATITUDE DOS CATEQUISTAS E DOS PAIS: Sempre partir do que é concreto e bem fundamentado. Falar com ação, gestos e palavras, figuras e exemplos, dizer sobre a ação do homem e admirá-la, colocar a situação da realidade que o envolve e a situação social que lhe acompanha, no aspecto político e religioso, refletir à partir do princípio de que a toda ação é criada por Deus. Fazer com que as crianças participem das celebrações litúrgicas. É a melhor época para falar em comunidade e lhe dar a ideia de Igreja-Comunhão e comunidade unida. A Lei de Deus deve ser bem apresentada como lei do amor, exigência para se progredir na vida. Não dê muita atenção às mentiras quando perceber tratar-se de imaginação fértil, importante para o seu total crescimento. Exigir as tarefas, no sentido de despertar-lhes o senso de responsabilidade, evitar preferências para com uns e não atenção com outros, buscando-lhes proporcionar um clima de companheirismo entre todos.
ALGUMAS SUGESTÕES DE ATIVIDADES E RECURSOS: desenvolver a criatividade através de atividades bem movimentadas; catequizá-las com carinho e paciência, catequistas e os pais não devem somente falar de religião, mas praticar junto com elas o que é ensinado dando um verdadeiro exemplo de vivência. Buscar descobrir seus dons e qualidades. Usar textos para dinâmicas em grupo. Ensiná-los a ter em mãos a Bíblia e aprender a amá-la. Quando possível, usar músicas, filmes, dança, teatro, gincanas bíblicas e exposição de trabalhos. Coloca-los para participar de celebrações litúrgicas e fazer dramatizações do evangelho dominical na liturgia e/ou nas celebrações da catequese.
Em breve a 3ª parte: Adolescência (12 anos em diante)

Roberto Magno
Comunidade Nossa Senhora de Nazaré

Joanésia-MG

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