Eu fiz a minha! Pensei muito antes de postá-la. Mas, como guardar só para mim e não falar "ao mundo" sobre a presença amorosa de Deus, em minha vida?.
Desafio você, querido(a) catequista , a fazer a sua também! Escreva e envie-nos, através dos endereços já bastante divulgados!
Minha Teografia
Eliana Maria de Alvarenga Guimarães.
Segundo
SantoAgostinho, nós encontramos Deus com o desejo inquieto e incessante de
seguir em sua busca. Deus se revela sempre maior e melhor do que historicamente somos capazes de
experimentá-lo. Nenhum conhecimento humano abrange a totalidade de Deus.
Tentarei narrar algumas experiências
da presença amorosa de Deus, ao longo da
minha vida. É um processo, ainda inacabado.
Na
ordem do tempo cronológico, não sei quando tudo começou, mas sei que devo muito
à minha mãe e ao meu pai, que levavam a “filharada” toda para as missas,
realizavam festas do Natal, Ano Novo e Novenas de santos padroeiros, na fazenda
onde morávamos. Ainda nessa época, tenho a recordação da minha avó paterna que
gritava, todos os dias, da varanda da fazenda onde morava, quando minha mãe e
eu passávamos juntamente com a meninada
da pequena escola rural: “Vai
com Deus...”, “Deus te abençoe”!!!.É como se ouvisse a sua voz, ainda hoje...
Ao
mudarmos para Guanhães, contei com a presença da minha avó materna, que mesmo
trabalhando, rezava seu terço. Ela levava-me, para as missas das 17h e
ensinava-me, como ela gostava de dizer “as coisas de Deus”.
Quando
minha irmã mais velha, entrou para o “Catecismo”,eu a seguia e
ouvia a catequista; não consigo lembrar bem o que ela ensinava, sei que falava
de Deus e no final, dava pirulitos e santinhos para as crianças menores. Eu
adorava. Depois minha mãe pediu a uma vizinha que me preparasse para eu receber
Jesus Eucarístico. Também não me lembro o que ela me ensinava, mas lembro-me
muito bem, que ela me recebia, chamando-me de minha santinha e me dava rosquinha
para eu comer. Eu amava! Com isso eu
penso, que naquela época, eu percebia que seguir a Deus, era muito bom.
Fui
depois encaminhada, para uma senhora que morava perto da Igreja para que ela me
ensinasse a comungar.Não gostava da “hóstia” de papel, mas gostava de chegar
perto daquela senhorinha tão pequenina e cheirosa. Parecia uma bonequinha de
louça.
Aos
12 anos, criei junto com minha irmã mais nova, numa salinha de um barracão de
meu pai, o grupo PAUS: Pré-adolescentes Unidos ao Senhor. Fomos inspiradas à
criação desse grupo, uma vez que a ideia foi nossa. O PAUS, após alguns anos, transformou-se em
JUS: Jovens Unidos ao Senhor. Como éramos inocentes!
Formei-me
e fui trabalhar numa zona rural, perto de onde eu nasci. E professora de roça, era
um pouco de tudo: enfermeira, cantineira, faxineira, líder, catequista...
Em uma outra localidade que trabalhei, fui
“intimada” a trabalhar com Ensino
Religioso, em turmas de 5ª e 6ª séries.
Casei e
fui para Sabinópolis. Fui convidada a trabalhar com turmas da Cruzada
Eucarística. Com o casamento e o nascimento dos filhos,
de repente surgiu a preocupação com o
sacramento do batismo e a responsabilidade de educá-los na fé. Eu procurava encontrar o melhor jeito
de fazê-lo.
No fundo mesmo eu estava também procurando e
tentando encontrar algo que me incomodava.Talvez a voz da consciência: “Vá,
Eliana!” .
Levando os
meus filhos e sobrinhos para a catequese, tomei a decisão de ser catequista e nunca
mais deixei de ser.Fui catequista de crianças,de adolescentes, jovens,de
catequistas e coordenadores, de preparação para o Batismo, Matrimônio, sem
deixar de ser catequizanda, pois
participava atendendo aos “chamados” para encontros de formação variados: Curso do
IRPAC, fiz Pós-Graduação em Catequética
pela PUC-Paraná, Encontro Nacional de Comunicadores (Pascom),vários
encontros de coordenadores do Regional Leste II... E outros. Continuo
participando de encontros e cursos de formação, porque eles são necessários, para dar continuidade ao
meu processo de amadurecimento e fortalecimento da fé . Através deles, “subimos à montanha”, para
depois descermos e irmos mais firmes para a nossa missão.
Penso,
que de certa forma, também estou catequizando, quando ajudo na elaboração de
Roteiros para Grupos de Reflexão, livrinhos da Novena do Natal, Novenas de
santos padroeiros, artigos para o Jornal Folha Diocesana, criação do blog da
catequese.... Fico muito alegre por
saber que estou ajudando a
plantar a sementinha de mostarda para fazer o reinado de Deus acontecer.
O Professor
Edwards Neves diz em sua teografia: Deus, no meu modo cristão de experimentar,
é presença amorosa, libertadora e provocativa. Quando alguém lhe abre o
coração, Ele entra e faz ali sua morada. Passa, então, de modo mais perceptivo,
a impulsionar a pessoa, de dentro, em direção ao bem, à prática da justiça e ao
cultivo do amor ao próximo, mas sem violentar a liberdade ou a autonomia. Esse
impulso de Deus nasce da própria realidade que nos desafia, do
testemunho de pessoas coerentes, do desejo de fazer o mundo ser melhor para
todos... Esta é a pedagogia da presença amorosa de Deus. Sinto constantemente
esta presença comigo. Ele é a Luz e a Força de que necessito e que me
sustenta na busca diária de aprender a amar, aperfeiçoar-me e tornar-me pessoa
humanamente melhor.
Sábias palavras!
Concluindo,
penso que não tive um momento em que sentisse ser chamada por Deus, pois desde que entendo “por gente”, como dizia
minha avó, sou chamada, motivada,
inspirada ,movida...por Ele.
inspirada ,movida...por Ele.
Sou
imensamente feliz por ser catequista !
Deus seja louvado, SEMPRE!
Eliana, que belíssima história. Você nasceu catequista e será catequista até o céu. Conheço você desde 1999 e sei que você respira catequese com amor e total dedicação. Deus lhe abençoe sempre. Obrigado por compartilhar conosco sua história de vida.
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