A esperança nos permite ora voar,
Ora caminhar lentamente,
E, se preciso, passos mais largos,
Sem dispensar também os mergulhos
Nos Mistérios Divinos mais profundos.
Ela nos inquieta, nos desinstala,
Nos impele, para não sedimentarmos
Nas ideias mesquinhas e empobrecedoras,
Na falsa segurança do já conhecido.
A esperança nos serve como âncora,
Para que não percamos o foco do principal:
O Mandamento Novo do Amor que o Senhor nos deu,
Amar como Ele ama, eis a medida sem medida.
Amor vivido, esperança que nos impulsiona,
Fé que se testemunha e que a vida ilumina.
Creio nestas verdades que me acompanham.
Renovo, Senhor, em Ti, todos os dias,
A fragilidade e a pequenez de minha fé,
A indispensável e vital esperança,
Para que não se apague a chama
Que o Teu Amor, um dia,
Em mim, para sempre acendeu.
Dom Otacilio Ferreira de Lacerda - Bispo diocesano de Guanhães/MG
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