5 de julho de 2018

Um depoimento que vale a pena ser compartilhado


Todas as vezes que vamos à Guanhães,  Bernadete e eu conversamos durante o percurso sobre a catequese.  Mais na volta do que na ida.
Na volta estamos mais abastecidas e queremos retransmitir, principalmente com ações, nem sempre possíveis, tudo o que vivenciamos lá.
E, desta vez, ficamos pensando sobre o nosso chamado:  O que me moveu e ainda me move para ser catequista? Como foi o meu chamado? E, por que respondi "Aqui estou? "
É preciso, sempre que possível, respondermos estas questões. Não para o grupo, mas pra mim mesma/o.
Como tem sido minha participação, minha colaboração, minha entrega na catequese?
Às vezes, em alguns encontros, ouço catequistas responderem assim: meu nome é..., sou catequista e estou há 3, 5...anos na catequese. Fica parecendo que estamos diante de uma vaga de emprego com um currículo em mãos. Quanto mais tempo eu tenho, mais contam a minha experiência.
E, é interessante, que na catequese, quanto mais tempo eu tenho de caminhada, mais eu tenho que aprender.
Não basta saber teorias.
Há um tempo, recente, eu imaginava que a catequese deveria ter: o Ano Litúrgico (cheguei a passar para meus catequizandos da Crisma), a História da Igreja (ah céus, quanta inocência), o que é a Bíblia, quantos livros e por aí vai.( O que não é proibido...Mas não conteúdos principais).
Nesta caminhada, tenho percebido que é preciso menos informação e muita formação. É através dela que vamos moldando nossas ações, percebendo o que realmente se faz necessário, sem sensacionalismo e infantilismo: formar cristãos católicos apaixonados por Jesus e por Seu projeto de amor e salvação. Esta tem que ser nossa catequese, através da contemplação da natureza, da contemplação da cruz, o quanto Ele nos amou e o quanto nos ama, principalmente para aquele catequizando e sua família que, às vezes, nem sabe o que é amor.
Mostrar o amor por um filho pródigo; à pessoa menos favorecida; as parábolas; como escolheu os doze; os mandamentos; o Pai Nosso; enfim, tudo na Bíblia, no Novo Testamento.
Mas para isto, precisamos estudar, estarmos sempre em formação.
Então, quando você escutar o chamado para um encontro, abra os olhos e o coração e se deixe inundar pelas luzes do Espírito Santo, que sabe dos seus afazeres, das suas lutas e lhe fortalece para que você continue sendo Sal e Luz na vida de seus catequizandos,  da sua paróquia, da sua comunidade, da sua Diocese.
 Não queira fazer barganha com o projeto de Jesus. Cuidado!
Jesus estava no meio de uma multidão e alguém O chama: "sua mãe e seus irmãos estão lá fora querendo falar contigo." E Ele responde: "quem é minha mãe e quem são meus irmãos?" E apontando com a mão para seus discípulos, disse: "Eis minha mãe e meus irmãos. Pois aquele que faz a vontade do meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe. " Mt 12, 46-50.


Gláucia Utsch M. Ferreira
Membro da Coordenação paroquial da Paróquia Nossa Senhora da Conceição em Conceição do Mato Dentro e membro da Coordenação Diocesana de Catequese.

Um comentário:

  1. Realmente devemos aprender mais, estudar mais.
    Lindo depoimento Gláucia. Tenho uma grande honra de trabalhar com você e aprender a cada dia, a cada luta.

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