MITRA DIOCESANA DE GUANHÃES
Guanhães, 12 de agosto de 2.015.
Guanhães, 12 de agosto de 2.015.
CIRCULAR Nº 05/2.015
ASSUNTO: ORIENTAÇÕES GERAIS PARA
A CELEBRAÇÃO DA SANTA MISSA E DA PALAVRA
Caro Irmão
Presbítero!
Saudações
Fraternas!
No dia 05 de Julho tivemos no salão
da nossa Igreja Catedral um Encontro de Liturgia. No período da manhã eu falei
sobre as Orientações Gerais para a Celebração da Santa Missa, e no período da
tarde o Pe. Eduardo Ribeiro falou sobre o Canto Litúrgico. A participação foi excelente! Constatamos
mais uma vez que os nossos leigos têm sede de saber! Só depende da nossa
orientação! Só lamentei e muito as paróquias que se ausentaram!!!
Como abordei ou repeti o que já
conversamos em reuniões passadas, prometi aos leigos reenviar o conteúdo das circulares Nº 07/2.012 e Nº 02/2.013.
Peço, portanto, que se encaminhe mais
uma vez aos membros da Pastoral Litúrgica, aos Catequistas, aos Ministros
Extraordinários da Sagrada Comunhão e da Palavra, aos Coordenadores de Comunidades
e demais grupos pastorais.
1º. – Ambiente: Seja ele a capela, igreja, algum salão ou casa particular
(comunidade que não tem local próprio), deve ser limpo, ornamentado com flores naturais (nunca artificiais!), com
simplicidade e bom gosto. O exagero sempre prejudica; por isso, que os arranjos
sejam discretos. Valorize-se a Mesa da
Palavra com enfeites bonitos. Jamais
se coloque flores ou outro enfeite qualquer sobre a Mesa da Celebração (nem
mesmo o Missal), porque ela é sinal do próprio Cristo que reúne seu povo e
oferece o sacrifício de Sua vida pela nossa salvação. Seja providenciado para
as velas um suporte ou coluna à parte, ao lado da Mesa da Celebração, evitando
colocá-las em cima da Mesa. Imagens do Padroeiro ou outros Santos, nunca sejam colocados
sobre a Mesa da Celebração, mas em locais apropriados. Não tem sentido colocar
duas ou mais imagens do mesmo santo (ex: duas imagens de Maria).
2º. – Símbolos: Quando usar símbolos, sejam eles visíveis a todos e de
acordo com a Celebração do dia. Se algum cartaz, flâmula ou faixa forem usados
na Celebração, sejam feitos com letras grandes e bem legíveis.
3º. – Quem exerce alguma função dentro da Celebração precisa estar vestido
decentemente; por isso se fazem necessárias as vestes litúrgicas. Quando
for solicitar ajuda a alguma pessoa para entrar com algum símbolo, tomar o
cuidado de observar se a mesma está vestida com roupas decentes. As vestes não servem apenas para melhorar o
visual do proclamador, mas, principalmente, para destacar a dignidade do
Ministério e o valor da Palavra de Deus.
4º. – Comportamento: O local da Celebração é local da alegria, da
acolhida e também o lugar de silêncio
e respeito. Todos devem se comportar
dignamente. Evitar conversas em alta
voz, risadas... Isto vale principalmente para quem está à frente dos
trabalhos daquela Celebração. É importante prestar atenção no modo como se
senta. Que as equipes responsáveis pela Celebração providenciem tudo que for
necessário com antecedência para evitar os “corre-corres” e atropelos de última
hora.
5º. – Cantos: Cada momento da Celebração Eucarística tem o seu “espírito”
próprio. Cada momento da liturgia exige um tipo de expressão musical, cada
canção tem uma função muito especial. Uma
boa escolha de cantos ajuda a assembleia a celebrar e participar melhor da
Missa ou Celebração da Palavra. Os
músicos não podem apenas “tocar na liturgia”, pois é um serviço e uma oração.
Os instrumentos terão a função de unir, incentivar e apoiar o canto litúrgico.
Não deverão cobrir as vozes, dificultando a compreensão da letra da música.
Ao escolher os cantos, especialmente os de abertura e comunhão, tenha-se por
base os textos bíblicos do dia e o fio condutor da Celebração.
6º. – REUNIR TODOS OS RESPONSÁVEIS PELA CELEBRAÇÃO: EQUIPE DE CELEBRAÇÃO E
CANTORES. A Celebração litúrgica não pode ser uma “colcha de retalhos”,
onde cada um faz o que quer, como quer. Ela é uma unidade e todos os
responsáveis pela sua realização precisam estar em harmonia e dar harmonia ao
conjunto da Celebração. Portanto, todos devem preparar juntos a Celebração, com
bastante antecedência: equipe de liturgia, proclamadores, ministros,
dirigentes, cantores, etc.
7º. – PEDIR AS LUZES DO ESPÍRITO SANTO. É Ele que conduz todo o trabalho
e nos leva a louvar ao Pai, por Cristo.
8º. – LOCALIZAR OS TEXTOS BÍBLICOS DA CELEBRAÇÃO E AS ORAÇÕES PRÓPRIAS (NO
LECIONÁRIO E NO MISSAL). São os
textos da Palavra de Deus que dão a direção da Celebração do dia. Um bom resumo
da liturgia do dia pode ser encontrado na oração da coleta e nas outras
orações. Vale a pena consultá-las.
9º. – LER ATENTAMENTE OS TEXTOS, ESPECIALMENTE O EVANGELHO.
10º. – DEFINIR, COM O GRUPO, O FIO CONDUTOR DA CELEBRAÇÃO. O fio condutor
é a idéia central que dará rumo à Celebração. Tudo está baseado nele: pedidos
de perdão, preces, reflexão da Palavra, criatividades, cantos... Ele poderá ou
não ser colocado em uma faixa ou cartaz, a critério do grupo.
11º. – DECIDIR, EM GRUPO, OS DESTAQUES DA CELEBRAÇÃO. Importa lembrar que
liturgia bem preparada não é aquela “cheia de coisas”, com um
“congestionamento” de atividades. O grupo tenha bom senso para que um momento
da Celebração não ofusque outro.
12º. – ELABORAR O ROTEIRO DA CELEBRAÇÃO. Uma cópia deve ficar com quem
está organizando a Celebração, outra com os cantores e outra com o Padre ou
dirigente da Celebração.
13º. – DIVIDIR AS TAREFAS.
14º. – AVALIAR A CELEBRAÇÃO, LOGO EM SEGUIDA À SUA REALIZAÇÃO.
15º. – USO DE MANTRAS. Mantras são pequenos refrões cantados repetidamente
para que toda a assembleia entre em clima de oração. O uso de mantras dispensa
definitivamente qualquer tipo de comentário, principalmente, antes do início da
Celebração ou antes da liturgia da
Palavra. Em ambos os casos, a assembleia permanece sentada.
16º. – PROCISSÃO DE ENTRADA: Caminhar em procissão lembra a caminhada do
Povo de Deus à terra prometida e também relembra a entrada triunfal de Jesus em
Jerusalém. Devemos ficar em pé para simbolizar nossa caminhada de povo de Deus
e a nossa disposição em celebrar o Mistério Pascal de Cristo.
Sempre entra primeiro a cruz. Quando
houver entrada do Círio, ele vai à frente da cruz. Quando for usar incenso,
este entra à frente da procissão. Logo após, posicionem-se os Ministros da
Palavra, Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística, coroinhas, e, por
último, o Presidente da Celebração. Os Ministros da Palavra também podem entrar
com velas e o Lecionário neste momento, se a equipe achar conveniente. Quem
entra com o Lecionário não precisa mostrá-lo ao povo e nem fazer vênia (se
dobrar em respeito ao Sagrado – altar, mesa da Palavra); isso também vale para
a Celebração da Palavra (cultos). Cada um que se aproxima do altar deverá fazer
vênia somente quando não estiver levando algum símbolo.
17º. – CANTO DE ENTRADA: Deve ser escolhido de acordo com a Primeira
Leitura e o Evangelho. Que seja canto fácil para facilitar a participação do
povo e a maior união e expresse a alegria do povo por se encontrar na
Celebração. Deve ser cantado somente durante a procissão ou, se houver
incensação, até que o Presidente a termine e
chegue à cadeira presidencial.
18º. – SAUDAÇÃO PRESIDENCIAL: O Presidente da Celebração, mesmo sendo na
Celebração da Palavra (somente ele), beija o altar em sinal de veneração, pois
o altar é o próprio Cristo. As primeiras palavras que ouvimos na Celebração são
palavras bíblicas: Em nome do Pai... Ninguém deverá dizer nenhuma palavra antes
da invocação à Santíssima Trindade.
19º. – ATO PENITENCIAL: Não substitui o Sacramento da Confissão. Quando
for feito por invocações escritas, que sejam curtas e objetivas, sempre
ressaltando a misericórdia do Cristo. Deve ser na ordem: “Senhor, Cristo e
Senhor”. Quando for cantado, seja um canto de repouso. Sua melodia seja suave;
o acompanhamento do instrumentista seja quase imperceptível, pois deve traduzir
a contrição de quem pede perdão. A simplicidade é a melhor forma de expressar o
arrependimento. Poderá ser acompanhado de gestos de tocar a água, gestos
corporais ou rezado. Também pode-se usar símbolos. Como é um momento de
recolhimento e de arrependimento, não é
conveniente que se batam palmas. Nenhuma procissão substitui o ato
penitencial (exceto a de Ramos). O
Missal Romano traz excelentes opções para este momento.
20º. – HINO DE LOUVOR: É um hino próprio para o povo cantar (e não
recitar!) com entusiasmo e alegria nos finais de semana, festas e solenidades e
em celebrações especiais. Este hino não
é cantado e nem rezado no tempo do Advento e na Quaresma. Não pode ser substituído por outro canto só
porque tem a palavra “Glória”. Sua letra deve ser o mais fiel possível ao texto
do Missal. Não é um canto trinitário, por isso, não se deve cantar “Glória ao
Espírito Santo”, mas é Ele quem nos leva a cantar ao Pai e a seu Filho Jesus.
21º. – Liturgia da Palavra: este momento da celebração visa reavivar o
diálogo da aliança entre Deus e seu povo, receber do Senhor uma orientação para
a vida, estreitar os laços de amor e fidelidade. A Palavra de Deus proclamada
não só instrui e revela o mistério da salvação realizada através da história,
mas torna o Senhor Jesus realmente presente no meio de seu povo. A atitude da assembléia deve ser de escuta.
O povo deve aprender ouvir, pois é Deus quem fala por meio dos ministros.
22° - Canto de escuta (Mantra): normalmente consta de um canto de
repouso, tranqüilo, que fale da Palavra e predisponha a assembléia a escutar e acolher em seu coração os
textos bíblicos que serão proclamados.
23º - NÃO SE FAZ ENTRADA DA BÍBLIA NEM DO LECIONÁRIO NESTE MOMENTO. O LIVRO
DA LITURGIA DA PALAVRA É O LECIONÁRIO (V. D. 57) E NÃO A BÍBLIA. O LECIONÁRIO
OU O EVANGELIÁRIO ENTRAM NA PROCISSÃO DE ENTRADA, ATRÁS DA CRUZ. Não
precisa fazer vênia quem está com o Lecionário e também não precisa mostrá-lo à
assembléia; quem poderá fazer isto é o presidente, após a proclamação do
Evangelho. A Palavra deve ser proclamada sempre do Lecionário e jamais de um
folheto ou livreto qualquer (Liturgia Diária).
24º - OS MINISTROS DEVEM SABER, com antecedência que irão proclamar a
Palavra, a fim de que se preparem. Em primeiro lugar, a Palavra deve entrar no
coração e na vida do Ministro através da Oração com a Palavra, para depois ser PROCLAMADA e realmente revelar o Deus –
Palavra a toda Assembléia. Recomendam-se
os seguintes passos: a) – Buscar a
Palavra: ir ao Lecionário e procurar conhecer, entender todas as palavras e
sentido do texto; b) – Meditar a Palavra;
c) – Orar com a Palavra; d) – Proclamar a Palavra: A Palavra de Deus
é Proclamada e não simplesmente lida. Deve ser Proclamada com expressão,
serenidade, técnica e muita espiritualidade. Cuidado com a postura ao proclamar
a Palavra e o uso do microfone.
25º - SALMO RESPONSORIAL: Dentro do diálogo litúrgico, este canto é a
resposta da assembléia ao Deus que falou na Primeira Leitura. Este canto é o canto mais importante da
Liturgia da Palavra e por isso nunca deve ser excluído. Não pode ser substituído por nenhum outro
canto, mas que seja um dos 150 salmos, de acordo com a leitura
proclamada. O Salmo é um canto de
meditação executado em estrofes com adesão de toda a assembléia, no Refrão. O
acompanhamento do instrumentista deve ser discreto, mais suave que nos outros
cantos. A preparação dos salmistas deve seguir os mesmos passos dos
proclamadores das leituras. O salmo seja
preferencialmente cantado. Não sendo possível cantá-lo, seja proclamado como
convém a um poema.
26º - ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO: A aclamação mais utilizada é o “Aleluia”. O
refrão pode ser seguido de pequena estrofe que prepara a leitura do Evangelho,
já prevista no Lecionário. Este canto permite a vibração dos instrumentos.
Quanto ao versículo poderá ser cantado por um solista. O Aleluia deverá ser
invariavelmente cantado. Cantos do tipo “Buscai Primeiro, Como são Belos...”
não são apropriados para este momento.
27º - EVANGELHO: É o ponto culminante, para o qual se encaminham as
outras leituras bíblicas. Pode ser proclamado ou cantado.
28º - HOMILIA: Significa “conversa familiar”. Na Celebração da Palavra um
leigo faz a reflexão. Não é conveniente
que passe de 10 minutos e seu objetivo é atualizar a Palavra de Deus. Não fica
bem usar deste momento para dar indiretas na assembléia e nem mandar recados
pessoais. Em grupos menores, também pode ser partilhada a Palavra, com a
participação de várias pessoas. Não é
momento de fazer exegese bíblica, isto é, ficar explicando detalhes do texto,
como se fosse uma aula. Pode-se comentar todas as leituras ou somente uma
delas, de preferência o Evangelho. Os pregadores devem se preparar através de
leituras, reflexões e meditações para melhor anunciar a Palavra.
29º – PROFISSÃO DE FÉ: É a proclamação da fé da Igreja. Expressa uma
atitude assumida pela comunidade diante da Palavra anunciada e refletida. Normalmente é rezada apenas no final de
semana ou em datas especiais de caráter mais solene. Também pode ser
cantada, desde que a letra não seja mudada.
30º – ORAÇÃO DA ASSEMBLÉIA OU ORAÇÃO UNIVERSAL: É o momento da
comunidade fazer suas preces a Deus, respondendo de certo modo à Palavra de
Deus acolhida na fé e, exercendo a sua função sacerdotal, eleva preces a Deus
pela salvação de todos. A Assembléia unida eleva suas súplicas pelas
necessidades de toda a Igreja, pelos governantes, pelos que se acham em
necessidades, por todos os homens e mulheres e pela salvação de todo o mundo.
A oração é sempre dirigida a Deus
Pai e com referência à liturgia do dia, na seguinte ordem: pelas necessidades
da Igreja; pelos poderes públicos e pela salvação de todo o mundo; pelos que
sofrem qualquer dificuldade; pela comunidade local OU: rezar pela Igreja, comunidade, povo, intenção especial (pelos
falecidos recentemente, como exemplo, 7º dia) e pelas famílias. Lembro que as
preces podem ser formuladas com antecedência e apresentadas por alguém do ambão
ou de outro lugar apropriado. Podem também ser espontâneas, brotadas do coração
das pessoas. Sejam curtas, objetivas e dirigidas diretamente ao Pai, como neste
exemplo: “Nós vos pedimos, Pai, pelas crianças que sofrem o abandono.
Amparai-as!”. Deste modo, dispensam-se as monições “rezemos ao Senhor” ou
“cantemos ao Senhor”.
LITURGIA
EUCARÍSTICA
31º – APRESENTAÇÃO
DOS DONS – É
expressão da comunhão de pessoas capazes de realmente colocar em comum o que
são e o que possuem para distribuir conforme as necessidades da própria
comunidade. Significa partilha entre irmãos. Tem sentido profundamente
evangélico de ação de graças pelos dons, de generosidade, de partilha, de fé
confiante na Providência, de fraternidade pela atenção às necessidades alheias.
Não é o momento do “ofertório”, mas de apresentarmos a Deus a nossa vida,
simbolizados nos dons do pão e do vinho.
O grande ofertório da missa é após a narrativa da instituição da
Eucaristia (consagração). Neste momento há também a coleta, um gesto de
expressar a disposição cristã de colocar em ofertas o que temos em comum,
enquanto cantamos o canto de apresentação dos dons ou fazemos silêncio. Este é
um dos cantos menos importantes da missa.
Portanto, o seu objetivo é criar uma atmosfera de alegria e
generosidade. Pode-se, simplesmente, responder
às orações do presidente da celebração.
Serão apresentados somente o pão e o
vinho que serão consagrados e distribuídos em comunhão. Não seja colocado nada sobre o altar a não
ser o necessário, para que nossos olhos se concentrem no pão e no vinho. Não é momento para ofertar outros objetos ou
símbolos, a não ser alimentos que serão doados aos mais necessitados. Pode-se fazer primeiro a procissão dos dons,
depois a coleta, enquanto o padre e a equipe de celebração aguardam
sentados. A seguir, faz-se a oração de
apresentação dos dons, rezada ou cantada.
32º – ORAÇÃO
EUCARÍSTICA: É
uma oração do povo sacerdotal chamado a celebrar a Aliança, que Deus, seu
parceiro, estabeleceu por meio da Páscoa de seu Filho. É um todo, cuja unidade
de estrutura e gênero literário deve ser respeitada. É o ápice de toda a
celebração, prece de ação de graças e santificação. O sentido desta oração é
que toda a assembléia se uma com Cristo na proclamação das maravilhas de Deus e
na oblação do sacrifício. A oração eucarística
exige que todos a ouçam respeitosamente e em silêncio.
ESTRUTURA
DAS ORAÇÕES EUCARÍSTICAS:
a) Diálogo
Inicial;
b) Prefácio:
Ação de graças
em que o sacerdote, em nome de todo o povo santo, glorifica a Deus e lhe rende
graças por toda a obra da salvação ou por um dos seus aspectos, de acordo com o
dia, a festividade ou o tempo.
c) Santo: (Aclamação, glória, santidade de
Deus): Este é o grande canto da liturgia.
Nele, toda a assembléia se une aos anjos e santos para proclamar as
maravilhas do Deus uno e trino. É importante a participação dos instrumentos
para solenizar esta vibrante saudação. Não
deve ser longo e nem com letras diferentes da prevista no missal.
d) Aclamações
da oração: Há
uma série de aclamações particulares para as Orações Eucarísticas, que podem
ser cantadas ou rezadas. É a intervenção da assembléia.
e) Epíclese: É a invocação do Espírito Santo
sobre o pão e o vinho, que os transformará no Corpo e no Sangue de Cristo. Nas
missas concelebradas todos os sacerdotes estendem as mãos em direção às oferendas.
Às palavras do Senhor, com a mão direita estendida para o pão e o cálice; à
apresentação, olham para a hóstia e o cálice e depois se inclinam profundamente
f) Narrativa
na última ceia:
É dirigida a Deus Pai e não à assembléia! Lembramos ao Pai tudo aquilo que
Jesus fez na última ceia e nos mandou fazer em sua memória, para assim
fundamentar nosso pedido de transformação do pão e do vinho e de toda
comunidade em Corpo de Cristo.
g) Aclamação
memorial: É uma
solene aclamação pascal, cantada logo após a proclamação: Eis o mistério da fé!
Nela fazemos o memorial da entrega de Jesus e de sua Páscoa, enquanto
aguardamos sua volta gloriosa. Aqui, passado, presente e futuro se unem numa só
fé e num só louvor. Nenhuma outra
resposta poderá substituir esta aclamação, nem mesmo um canto de adoração (como
“Bendito, louvado seja” ou “Glória Jesus”). Esta aclamação deve ser feita em
pé.
h) Memorial
e oblação: Em
seguida, faz-se o verdadeiro OFERTÓRIO da missa: o próprio Cristo é oferecido
ao Pai pelo padre, em nome de toda a assembléia. Já não se trata mais de pão e
o vinho, mas do Corpo e o Sangue de Jesus.
i)
Epíclese (invocação sobre a
comunidade):
Novamente o Espírito Santo é invocado, agora sobre toda a assembléia, que se
torna um só Corpo em Cristo.
j) Oração
pela Igreja: Todo
o povo de Deus é lembrado neste momento de louvor e ação de graças, pois o
Mistério de Cristo abrange tudo. Fazemos referência aqui ao Papa, Bispos e todo
o clero, ao povo presente na assembléia e aos irmãos ausentes, bem como aos
falecidos (falar o nome dos falecidos mais recentes, como por exemplo, 7º dia)
e aos santos, todos juntos oferecem o mesmo sacrifico de louvor!
k) Doxologia
Final: Com as
palavras solenes do “Por Cristo, com Cristo e em Cristo...” e o gesto de erguer
o Pão e o Vinho consagrados, o padre conclui a grande prece de ação e súplica
iniciada pelo Prefácio. O povo “assina
em baixo”, proclamando o Amém, que quer dizer “Eu concordo e aceito”. Aqui fica
bem tocar os sinos e cantar com entusiasmo e alegria.
33º – Ritos da
Comunhão:
a) ORAÇÃO
DO PAI NOSSO: É
conhecido como “A Oração do Senhor”. Nela se pede o pão de cada dia, no qual os
cristãos vêem também uma referência ao Pão Eucarístico, e se implora a
purificação dos pecados; ao final da
oração do Pai Nosso não se diz “amém”, uma vez, que a oração que vem a
seguir (livrai-nos do mal...) é uma continuação do pedido que fazemos no Pai
Nosso. É precedida de um convite para que todos possam rezar juntos: Pai
Nosso! Pode também ser cantado, desde
que não se mude a letra, que é bíblica. Ele tem grande força e significado. É um
dos grandes pontos da missa. Se não for
cantado por todos, é preferível que seja recitado. Os instrumentos têm uma
participação simples, de sustentação.
b) ORAÇÃO
PELA PAZ: É
dirigida a Jesus. O padre deverá rezá-la sozinho. A assembléia reforça com uma resposta
convicta.
c) ABRAÇO
DA PAZ: Nele
fazemos um gesto de fraternidade, reconciliando-nos uns com os outros, para
podermos receber, bem preparados, o Pão da Vida, Fonte da verdadeira Paz. É
costume cantar uma canção alegre, cuja letra recorde a caridade como fundamento
da vida cristã. Deverá ser uma melodia contagiante. Não é necessário que toda assembléia cante, assim como não há
necessidade de canto algum. Todavia, se
houver canto, cuide-se para que não seja longo. É um rito móvel, podendo ser colocado para
qualquer parte da Missa (Acolhida, depois do Ato Penitencial, depois da
Liturgia da Palavra ou no final da celebração...). Não é
necessário que aconteça em toda celebração, para não se tornar um gesto
rotineiro ou banal. Convém também que cada um expresse a paz de maneira
sóbria apenas aos que lhe estão próximos.
d) FRAÇÃO
DO PÃO (Cordeiro de Deus): É
o gesto de repartir o alimento. A mistura do fragmento da hóstia consagrada com
o vinho consagrado simboliza a unidade do Corpo e do Sangue de Cristo e, nele,
a nossa unidade. Este gesto de repartir é acompanhado pelo canto do Cordeiro de
Deus. No caso de acontecer a
redistribuição das partículas consagradas em outros recipientes, repete-se
várias vezes a primeira parte do canto e, somente após o término da fração,
canta-se “dai-nos a paz”.
e) COMUNHÃO:
Comungar o Pão e
o Vinho consagrados significa que queremos estabelecer a comunhão fraterna com
Deus e com todos. A comunhão eucarística é o ápice e a síntese de outras
experiências do Senhor Ressuscitado presente entre nós. Buscando o Alimento
Eucarístico manifestamos que estamos dispostos a partilhar com os irmãos o
alimento material. O ato de participar da Missa sem comungar, participando só
externamente pelos cantos e diálogos, não satisfaz a exigência fundamental da
intenção de Jesus, que é a de se entregar como comida e bebida para que tenhamos vida. Algumas pessoas, por
motivos particulares, estão impedidas de comungar. Incentive-se, neste caso, a
comunhão da Palavra de Deus, que também é alimento. Porém, quem pode comungar
não deve ficar sem receber Jesus, pois Ele é Dom, é Graça; é para gente que
está a caminho, que erra, que falha..., que busca viver o Evangelho. Se
alguém não está se sentindo em condições
de receber a comunhão por algum motivo, que procure o sacerdote e faça uma boa
confissão para depois comungar. Não é necessário confessar toda vez que vai
comungar, mas quando a consciência assim o exigir. Pode ser como de costume ou
sob as duas espécies: Pão e Vinho (Ver circular nº 06/2.012). Deverá ser
acompanhado pelo canto que será de acordo com o Evangelho, e exige a
participação de todo o povo. Como fica
difícil cantar na fila de comunhão, sugere-se que o canto tenha refrão curto e
fácil, a fim de que possa ser expressa a unidade da assembléia. Depois de terminada a Comunhão, então se faça
o silêncio em reverência ao Cristo-Pão.
Não é momento para pedir ou dar graças, mas para mergulhar no Mistério
de nossa comum-união com o Senhor. Não é momento para conversar. Dispensam-se os tradicionais cantos de “ação
de graças”.
f) ORAÇÃO
PÓS-COMUNHÃO: É
a oração que nos compromete a atitudes e gestos concretos de vivência da
Eucaristia.
34º - RITOS FINAIS:
a) AVISOS/HOMENAGENS: Logo após a Oração pós-comunhão,
pode se dar os avisos e fazer homenagens e agradecimentos, mas nunca antes da
oração.
É recomendável que sejam dados avisos estritamente necessários. Coisas
que podem ser combinadas em grupos pequenos não sejam levadas para os avisos.
b) BÊNÇÃO
FINAL: Tem o
duplo sentido de louvor e de súplica. Diante das maravilhas de Deus, o cristão bendiz,
glorifica e exalta o Senhor do universo, mas também lhe pede sua santidade e
seu poder. Há uma série de
Bênçãos
previstas no Missal Romano. É importante
usá-las com mais freqüência.
c) DESPEDIDA:
A missa termina,
mas a missão do cristão continua. Daí, a
necessidade de contar com a ajuda de Deus para ser fiel. Uma saída em silêncio
é fria. Por isso é preciso criar uma
atmosfera de alegria, na saída. O canto final é a última impressão que se leva
da celebração. Portanto esse canto deverá ser executado de tal forma a criar uma
predisposição para retornar à Festa Eucarística. Não convém “segurar” o povo para cantar. O
“vamos em paz” é pra valer!Todavia, convém que se espere o presidente da
celebração e seus auxiliares se retirarem.
35º - RECOMENDO SEMPRE A LEITURA
DA INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO; A CONSTITUIÇÃO “SACROSANCTUM CONCILUIM”;
DOCUMENTOS DA CNBB; CERIMONIAL DOS BISPOS; EXORTAÇÃO APOSTÓLICA PÓS-SINODAL
“VERBOUM DOMINI”; SUBSÍDIOS DIVERSOS DE ORIENTAÇÕES LITURGICAS
À luz do
Espírito, celebremos sempre com alegria e dignidade a Sagrada Eucaristia,
Mistério da nossa Fé.
Dom Jeremias Antonio de Jesus
Bispo Diocesano
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
PAIVA, Pe Vanildo de. Cartilha Litúrgica.
INTRODUÇÕES GERAIS DOS LIVROS LITÚRGICOS
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