7 de junho de 2014

Os Dons do Espírito Santo



Os Dons do Espírito Santo

O Dom da Sabedoria, o que é?
É o Dom de ver as coisas com os olhos de Deus. Esta visão não parte do raciocínio, da análise, mas do instinto. Ela pode ser comparada ao gosto, ao sabor.
É daí que vem a palavra sabedoria. No dom da sabedoria o que conta não é a mente, mas é o coração. Sabedoria é a inteligência do coração, a inteligência do amor.
O contrário da sabedoria é a insensatez, a estupidez, a falta de sabor para com as coisas de Deus, a falta do sentido do mistério.
O fruto da Sabedoria é a doçura.

O Dom do Entendimento, o que é?
É o dom da inteligência, é a intuição do mistério de Deus, do homem e da história. É o dom de intuir o mistério da vida e da morte.
Este dom serve para entender os mistérios divinos da cruz e da Trindade, do sofrimento e da bondade paterna de Deus, para encarar a vida com coragem, para dar clareza, força, serenidade; serve para descobrir nas cruzes da nossa vida a presença do ressuscitado.
O fruto do Entendimento é a bondade.

O Dom da Ciência, o que é?
É o conhecimento de Deus e de todas as coisas criadas na sua relação com Deus. É a capacidade de referir a Deus todas as coisas deste mundo, indo além das aparências. É saber que tudo é relativo ao único absoluto que é Deus.
O dom da ciência não é só para estudiosos, pelo contrário, aparece muito nas pessoas simples. É um dom batismal de todos os simples fiéis.
O fruto da Ciência é a fé.
O Dom do Conselho, o que é?
O dom do conselho é saber escolher bem diante de diversas alternativas.
É saber orientar-se na complexidade da vida. É saber o que é bom e o que é ruim diante de um caso prático. É intuir o que é melhor entre duas coisas boas. É ter um discernimento evangélico diante de um conflito de interpretações. É não precipitar-se. É não absolutizar nada.
Um cristão cheio do dom do conselho diante de dois caminhos alternativos vai raciocinar assim: Isto não é ruim, mas não vou seguir, porque não agrada ao meu Pai que amo muito.
O fruto do Conselho é a humildade.

O Dom da Fortaleza, o que é?
É uma força moral, uma força de ânimo que se obtém através da oração.
Dom da fortaleza é o dom que nos dá a capacidade de professar a fé mesmo diante das contradições e dos perigos. O caso mais sério do dom da fortaleza é o martírio.
É um dom dado aos santos e a todos os que rezam.
Para os jovens este dom é indispensável. A maior tentação dos jovens é querer ser diferente do normal, e acabam ficando sós, abandonados e muitas vezes fogem da Igreja.
A fortaleza é importante para as provações da vida, para os momentos de doença, de dor e também de morte de parentes e amigos.
O fruto da Fortaleza é a mansidão.
O Dom da Piedade, o que é?
É a capacidade de falar com Deus filialmente, carinhosamente. É a capacidade de adorá-lo e louvá-lo. É a orientação do coração, da vida inteira a adorar a Deus como Pai, a prestar-lhe culto como fonte e meta de todo dom autêntico.
É a ternura de Deus. É ser enamorado de Deus. Assim foram os santos. O dom da piedade faz com que nossa oração seja simples, quente, fluente como a confidência de um filho ao Pai.
A piedade nos permite tratar a todos com delicadeza. Permite-nos tratar a Deus como Pai e aos outros como irmãos e amigos. Quem não tem o dom da piedade trata as pessoas com dureza, é insensível para com os outros.
O fruto da Piedade é a paz.
O Dom do Temor de Deus, o que é?
Não é medo de Deus, mas reverência profunda. É um amor a Deus consciente da própria fragilidade, da possibilidade de ofender a Deus. É a reverência, o respeito sagrado para com o mistério escondido nas coisas e nas pessoas.
Temor de Deus é o desejo de ser todo de Deus e o medo de falhar. Uma atitude contrária ao temor seria a irresponsabilidade, a chatice na oração e na vida.
O fruto do Temor de Deus é a generosidade.
É da presença, ação e inspiração do Espírito Santo que a Igreja vive.
cabe a nós catequistas e catequizandos, evocar esta presença em nossa catequese para que nossas ações e inspirações sejam fiéis ao evangelho.


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