2 de outubro de 2012

Amigo e irmão, Francisco de Assis





Homem pobre, sem beleza, maltrapilho, mas alegre e feliz.
O mal tinha medo de Francisco, o mal tem medo de quem carrega os ensinamentos de Francisco no coração. Sabe por quê? Francisco era feliz. A felicidade que ele irradiava espantava qualquer mal que tentasse o atingir.
Falar desse homem é um prazer que chega a encher os olhos de emoção, faz o coração pulsar mais forte, faz a gente abrir um sorriso em meio a tanta desgraça existente no mundo, é a sensação de ver todo o mal se afastando de nós.
São Francisco era de família rica, seu pai Pedro Bernardoni era vendedor de tecidos finos, sua mãe era uma mulher humilde, Dona Picà, submissa ao marido. Conta-se que Francisco recebeu esse nome porque seu pai havia chegado da França e lá vendeu muitos tecidos e quando chegou em casa ele havia acabado de nascer e então ele o chamou de Francisco em homenagem a França que lhe rendeu um bom dinheiro naquelas vendas.
Francisco foi um jovem aventureiro, mas num determinado momento quando a vida o maltratou numa prisão, resolveu mudar, mudança radical, água para vinho, resolveu então renunciar àquela vida de luxos e se dedicar aos pobres. Foi aí então que um dia ele foi até as ruínas da Igreja de São Damião e lá Jesus o pediu para reconstruir aquela Igrejinha. Estou imaginando agora, Francisco trabalhando de pedreiro, foi um desastre, mas ele deu conta. Com isso ele entendeu que a Igreja que precisava ser reconstruída era a igreja do seu coração. Bonito isso, reformar a Igreja que é o nosso coração...
Depois disso esse homem passou a vida obedecendo somente a Jesus Cristo, cuidando dos pobres e doentes, um herói, ou melhor, herói não, nunca vi um herói ter a força de um santo para beijar um leproso, doar suas roupas e ficar nu, no frio ou no sol, deixar de comer para doar muitas das vezes o seu único pãozinho duro dentro do embornal, às vezes meio pãozinho...
Isso se chama Amor. Amor que Jesus Cristo ensinou. Ele aprendeu a amar do mesmo jeitinho que Jesus ensinou, com todas as vírgulas, acentos e pingos nos is. Não esse amor “atravessado” que nós dizemos que amamos. É amor de verdade, com liberdade.
Liberdade era a marca de Francisco e na natureza ele se sentiu livre para amar, tanto que além de amar os homens amou também os animais e hoje é chamado de protetor da natureza. E as andorinhas?... Elas um dia se calaram para ouvir Francisco pregar, depois que ele terminou elas voltaram a cantar... A relação dele com a natureza era assim: “Irmão vento, irmão sol, irmã lua, irmão lobo tu és meu irmão...” Vamos chamar a natureza de irmã? Vamos considerar a natureza como parte da nossa família? Ah! Se isso acontecesse, seria tão bom! Não estaríamos agora preocupados com o aquecimento global, com os animais em extinção, com as nascentes secando...
Por que será que Deus escolheu o jovem Francisco para essa tarefa de amar os pobres e a natureza? Será que é para mostrar aos jovens de hoje que essa tarefa é deles? Será que é para mostrar que o dinheiro é nada quando a natureza está sendo devorada pelo homem? Será que é porque ele confia na força do jovem para combater a miséria do mundo?
Ele escolheu Francisco para mostrar que nós também podemos ser os franciscos dos dias de hoje.
4 de outubro, dia dedicado a esse homem de paz, amor, perdão, união, fé, verdade, esperança, alegria, luz...
Catequista, não deixe de falar com nossos catequizandos sobre este santo, realize com eles um encontro que fale sobre a natureza e seus animais, frutos e flores e assim contemplar a criação de Deus.


Roberto Magno
robertomagnum@yahoo.com.br
Joanésia - MG

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