30 de junho de 2013

A catequese em Dom Joaquim!

      Na tarde de domingo (30/06), estive em Dom Joaquim. Estiveram presentes 23 pessoas: catequistas, pessoas que pertencem a outras pastorais ou movimentos, algumas lideranças de três comunidades rurais (São José da Ilha, Sesmaria e Serra) e o padre João Gomes. Padre João e  a coordenadora Dirlene pediram-nos uma ajuda para melhor organização da catequese.
     Saí do encontro, bastante otimista porque percebi que o grupo está com muita vontade de caminhar e dar continuidade aos trabalhos, juntamente com Pe. João Gomes que ama a catequese e quer ajudar o grupo a caminhar e promover uma catequese mais dinâmica, mais de acordo com as idades e também fazer acontecer os trabalhos catequéticos nas comunidades rurais.
                                           Deus seja louvado, hoje e sempre!
                                                                                   Eliana Alvarenga _ eliana@ghnet.com.br
















A Equipe de coordenação foi composta assim:



                                            DeniseAparecida da silva- 83744030
                                            Dirlene do Porto Ribeiro Teixeira (031) 38661317



                                          D. Leianice R.C Thomaz  83283906(0310 (31) 38661317


Neide


Marluce Ferreira da Silva 84909680

Maria Cândida da Silva Dutra (31) 3866-1367
Diva Pires Teixeira 84412774




Atividades da catequese na Paróquia Nossa Senhora do Amparo (Braúnas)

Foi realizada no dia 09/06/2013 a celebração de entrega da palavra e da fé para as crianças da iniciação a eucaristia da paróquia N.S do Amparo- Braúnas a qual foi muito emocionante, pais e padrinhos se fizeram presentes para esse momento importante. Padre Mário ressaltou a importância desse primeiro passo em rumo ao sacramento da eucaristia e o compromisso assumido que deverá ser acompanhado pelas famílias e comunidade. Deus seja louvado!

Aconteceu no dia 02/06/2013 o grande arraiá da catequese da paróquia N.S do Amparo. A alegria foi geral, pais, catequizandos e catequistas  se movimentaram para que tudo saísse bem. Teve barraquinhas, quadrilha e muita comida boa. O rei e rainha da catequese eleitos foram Iasmim  e Igor. Parabéns crianças! vocês brilharam! Parabéns pais e catequizandos pelo empenho. Deus seja louvado!

Também seguem algumas fotos da formação do coral infantil de nossa paróquia o qual canta na missa das 9 h da manhã do Domingo. São bem dedicadas e gostam tanto de cantar como também de participar na liturgia.São os frutos do trabalho e dedicação de nossos catequistas.

                                                                          Cirlei
                                                                 (Pela equipe de coordenação)

                                      Parabéns a todos pelo trabalho!
                                              Eliana
Confira fotos:







Evangelizados, evangelizadores


[...] a Igreja está também chamada a integrar a mensagem salvífica na “nova cultura” que os poderosos instrumentos da comunicação criam e amplificam. Ela sente que o uso das técnicas e das tecnologias da comunicação contemporânea é parte integrante da sua missão no terceiro milênio. João Paulo II, Carta Apostólica: O rápido desenvolvimento, 2005, nº2.
Alguns breves passos da evangelização nos nossos modernos meios de comunicação:
1.       ORIGEM EM CRISTO – Jesus disse: “Ide pelo mundo inteiro, proclamai o evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). Este é o mandato no qual confirma a chamada para a evangelização, também no contingente digital.
2.       INTERNET, UM LUGAR, E NÃO UM MEIO – A rede não é apenas uma ferramenta, é um lugar habitado. Trata-se de evangelizar na internet, e não “uso” da internet para evangelizar.
3.       A CHAVE, O TESTEMUNHO – “Para a Igreja, o primeiro meio de evangelização é o testemunho de uma vida autenticamente cristã...” (Evangelii Nundianti, nº 41) Os conteúdos não evangelizam de forma autêntica sem o nosso testemunho explícito do amor de Deus na rede.
4.       A NOSSA FORÇA, A GRAÇA – “Sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,5). Somente em Cristo, vivendo uma verdadeira vida cristã na fidelidade e amor à Igreja, os missionários podem dar frutos abundantes e vencer a tentação do desânimo.
5.       SOMOS POVO, COMUNIDADE – Tão significativo quanto o testemunho pessoal é o nosso testemunho comunitário. Uma comunidade de testemunhas, acolhedora e aberta, capaz de levar a Cristo todos os que desejam, tem mais força e impacto para evangelizar.
6.       EM TUDO, CARIDADE – O orgulho, a divisão e críticas sem a caridade entre os cristãos, provocam um espetáculo escandaloso que leva até mesmo ao ateísmo. Construir Igreja, pedir e trabalhar a comunhão, é uma urgência se queremos ser apóstolos de Cristo e não escravos do mal que também divide a internet e os demais meios de comunicação.
7.       ABERTOS, PARA TODOS – Evangelizar exige abrir-se ao diálogo com uma atitude humilde para com todos, não só aqueles que abraçam a fé de boa vontade, mas também aqueles que a desconhecem ou estão mais longe. Os missionários não procuram ter o sucesso pessoal, mas dar os frutos do Reino.
Roberto Magno
robertomagnum@yahoo.com.br
Joanésia-MG


26 de junho de 2013

A Autoridade a serviço da vida




“Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que tu ligares na terra...” (Mt. 16,19)
 Festa de São Pedro e São Paulo
Catequese Hoje - A sua revista online.

24 de junho de 2013

Vem aí, VIII Mini-Semana Catequética!


                        

Tema: “O Belo, o Lúdico e o Místico na Catequese”
Dias: 18 a 20 de julho de 2013. Em São João Evangelista.

 "  O Belo  e o Lúdico levam ao Místico, à experiência de se sentir abraçado pelo grande Mistério que nos envolve: amar e ser profundamente amado por Deus, de forma gratuita, total e absoluta”.

23 de junho de 2013

CATEQUESE E CELEBRAÇÃO DA FÉ

Artigo do P. Carlos Cabecinhas sobre a relação entre catequese e liturgia, a dimensão celebrativa da catequese, a celebração na catequese, catequese litúrgica e a participação das crianças na Liturgia.

Celebrar: elemento constitutivo da fé!
Por que celebramos? Porque todo o homem é um celebrante. Celebrar é, antes de mais, uma atividade humana. As festas e celebrações não pertencem exclusivamente ao domínio religioso: celebram-se aniversários, festas nacionais, bodas de prata... A festa é presença universal em qualquer cultura. É um “tempo forte”, especial, que rompe a monotonia do dia a dia. É celebração comunitária de qualquer coisa, desde que isso seja sentido como um valor. Uma comunidade festeja o que considera importante.

Porque todo o homem religioso é um celebrante. A celebração da fé é elemento fundamental e estruturante de qualquer religião. Festa e religião estão intimamente ligadas. Também as festas e celebrações religiosas respondem ao desejo profundo de avaliar a vida, sublinhando o essencial, e de comunhão. Contudo, introduz aí um fator novo: a relação com Deus. A festa religiosa é sempre um anseio de viver o mais próximo possível de Deus, de entrar em comunhão com ele.

Porque todo o cristão é um celebrante. A Liturgia insere-nos na História da salvação, que tem o seu centro em Jesus Cristo. A Constituição SC afirma: “Assim como Cristo foi enviado pelo Pai, assim também Ele enviou os Apóstolos, cheios do Espírito Santo, não só para que, pregando o Evangelho a toda a criatura, anunciassem que o Filho de Deus, pela sua morte e ressurreição, nos libertara do poder de Satanás e da morte e nos introduzira no Reino do Pai, mas também para que realizassem a obra de salvação que anunciavam, mediante o sacrifício e os sacramentos, à volta dos quais gira toda a vida litúrgica” (SC 6).

O cristianismo, mais que uma ética ou moral, mais que um conjunto de dogmas e ensinamentos, é uma pessoa: Jesus Cristo. Celebramos porque na Liturgia, Cristo está especialmente presente: “Cristo está sempre presente na sua Igreja, especialmente nas ações litúrgicas. Está presente no Sacrifício da Missa quer na pessoa do ministro (...), quer principalmente sob as espécies eucarísticas. Está presente com o seu poder nos Sacramentos (...). Está presente na sua palavra, pois, quando na Igreja se lê a Sagrada Escritura, é Ele quem fala. Está presente, enfim, quando a Igreja reza e canta, Ele mesmo que prometeu: onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles (Mt 18, 20)” (SC 7). Celebramos porque é desse encontro com Cristo que recebemos a força, a alegria e o estímulo para viver e testemunhar a fé. Não que esse encontro só seja possível na e através da Liturgia, mas aí de modo muito especial: “toda a ação litúrgica (...) é ação sagrada por excelência cuja eficácia, com o mesmo título e no mesmo grau, nenhuma outra ação da Igreja pode igualar” (SC 7).

Celebramos porque “a liturgia é simultaneamente o cume para o qual se encaminha a ação da Igreja e a fonte de onde dimana toda a sua força” (SC 10). Toda a ação pastoral da Igreja se deve orientar para a comunhão na vida divina, realizada na Liturgia. Por outro lado, é à celebração que a Igreja vai buscar a sua força e dinamismo, para continuar a sua missão no mundo. Isto não significa que a Liturgia seja tudo, na vida da Igreja. De modo algum. A participação na Liturgia pressupõe o anúncio (SC 9) e deve conduzir à ação concreta: “A própria Liturgia impele os fiéis (...) a «viverem em perfeita concórdia»; pede que «manifestem na vida quanto receberem pela fé»” (SC 10).

Celebrar faz parte da fé! Não se trata de um elemento mais, mais de um elemento fundamental e estruturante da própria fé. Uma fé que não se exprima também na celebração, é uma fé morta, reduzida ao subjetivismo da "minha fé": se ser cristão é estabelecer com Cristo uma especial relação, a celebração é indispensável para estabelecer e manter viva tal relação.

Celebrar envolve a totalidade do nosso ser. Ora, a fé não se reduz a um conjunto de ideias sobre Jesus Cristo; enquanto relação que é, exige o envolvimento de todas as nossas capacidades comunicativas. Na celebração isso acontece necessariamente: celebrar não é fazer um discurso; é um "fazer" ritual e simbólico.

Em qualquer celebração, há três aspectos ou circunstâncias que a caracterizavam:
“O ponto de partida ou a ocasião de uma celebração é um acontecimento importante ou mesmo sensacional (“festivitas”, “solemnitas”). Tal acontecimento, atual ou comemorado, determina então, em segundo lugar, a convocação de uma assembleia, de uma reunião mais ou menos grande e solene (“conventus”, “coetus”, “frequentia”). Daí decorre, em seguida, a ação festiva (“actio”, “effectio”), terceiro elemento constitutivo  da celebração normal. (...) Celebrar é, antes de tudo, realizar alguma coisa em comum, solene e religiosamente” .

Uma celebração, então, parte sempre de um acontecimento (ou de uma pessoas enquanto sujeito de um acontecimento), comemorado por meio de uma ação festiva; tal ação festiva é sempre realizada em comum e não individualmente. Se qualquer um destes elementos é fundamental para que exista “celebração”, o acontecimento é o mais determinante, já que é tal acontecimento que justifica e exige os outros 2 elementos, a reunião da assembleia e a ação festiva.



Catequese e Liturgia

Se a celebração é elemento fundamental da vida cristã, não pode estar ausente da catequese, enquanto iniciação vital à vida cristã. Mas há um outro motivo para valorizar a dimensão celebrativa das crianças: a sua psicologia. A criança tem uma aprendizagem ativa, necessita da atividade; a iniciação à fé cristã tem de ser também necessariamente ativa. Se se pretende uma catequese vivencial, as celebrações têm de estar de fato presentes. E as mais importantes celebrações são, precisamente, as celebrações litúrgicas.
Catequese e Liturgia (celebração da fé) estão intimamente unidas.
– Ocupam-se ambas do mesmo mistério - Jesus Cristo -, embora de modos diferentes
– Ambas se dirigem à totalidade da pessoa (e não apenas à inteligência ou à sensibilidade) e recorrem, por isso, à linguagem simbólica
– A catequese tem necessidade da celebração litúrgica, já que, baseando-se na Palavra de Deus, o que pretende é levar as crianças e adolescentes a expressar essa fé, incarná-la na vida e celebrá-la em comunidade. A Liturgia é a meta de toda a ação da Igreja, logo, também da catequese.
– Mas é também a Liturgia a ter necessidade da catequese: a participação na celebração litúrgica supõe o prévio anúncio do Evangelho, da Palavra de Deus; supõe uma primeira iniciação, para que seja possível a participação; exige um posterior aprofundamento do mistério celebrado.
É claro que aqui se pressupõe uma concepção de catequese que é – tem que ser – bem mais que mera transmissão de saberes. Pressupõe-se uma catequese que crie condições para uma verdadeira experiência de fé.


[Catequese e sacramentos]

Falar de catequese e Liturgia leva-nos necessariamente a abordar a questão dos sacramentos. De fato, os sacramentos são o núcleo fundamental da Liturgia; mas são também um dos conteúdos essenciais da catequese. Na Igreja dos primeiros séculos, o anúncio da Palavra de Deus era o primeiro passo para a conversão. Depois seguia-se a catequese daqueles que, uma vez convertidos a Jesus Cristo, desejavam o Batismo. A catequese que se seguia baseava-se nos chamados "4 pilares": o Credo (os conteúdos fundamentais da fé), os Sacramentos (as celebrações fundamentais da vida cristã), o Pai Nosso (a oração) e os mandamentos (a vida moral). Basicamente, a catequese consistia no iniciar e aprofundar estes "4 pilares". Ainda hoje, a catequese, centrada na Palavra de Deus, mantém esses "4 pilares", como conteúdos fundamentais. Entre eles, os sacramentos.

Portanto, a celebração dos Sacramentos em geral, e da Eucaristia, em particular, estão intimamente unidas à catequese. Esta relação entre catequese e Sacramentos foi sublinhada pelo Papa João Paulo II: “A catequese está intrinsecamente ligada a toda a ação litúrgica e sacramental, pois é nos Sacramentos, sobretudo na Eucaristia, que Cristo Jesus age em plenitude na transformação dos homens. (...) A catequese conserva sempre uma referência aos Sacramentos; toda a catequese leva necessariamente aos Sacramentos da fé. Por outro lado, a autêntica prática dos Sacramentos tem forçosamente um aspecto catequético. Por outras palavras, a vida sacramental empobrece-se e depressa se torna ritualismo oco, se não estiver fundado num conhecimento sério do que significam os Sacramentos. E a catequese intelectualiza-se, se não for haurir vida na prática sacramental” (Exortação Apostólica Catechesi Tradendae, 23).

Se a Eucaristia é a “meta” de toda a ação da Igreja, é-o também da catequese: a catequese deve conduzir necessariamente à Eucaristia!  Se a Eucaristia é ainda a “fonte” da vida cristã, a catequese deve partir da celebração para o aprofundamento e vivência da fé. Assim, a dimensão celebrativa da vida cristã tem necessariamente de encontrar eco na catequese., uma vez que “a fé implica, em virtude da sua própria dinâmica, ser conhecida, celebrada, vivida e feita oração. A catequese deve cultivar cada uma destas dimensões” (DGC, n.º 84).

O DGC n.º 85, abordando as tarefas fundamentais da catequese (dar a conhecer, a celebrar, a viver e a contemplar o mistério de Cristo), diz o seguinte:
“A comunhão com Jesus Cristo leva a celebrar a sua presença salvífica nos sacramentos e, de modo especial, na Eucaristia. A Igreja deseja ardentemente que todos os cristãos participem plena, consciente e ativamente na liturgia, conforme o exige a sua própria natureza e a dignidade do sacerdócio baptismal dos cristãos. Por isso, a catequese, além de favorecer o conhecimento do significado da liturgia e dos sacramentos, deve educar os discípulos de Jesus Cristo «para a oração, para a gratidão, para a penitência, para as preces confiantes, para o sentido comunitário, para a percepção justa do significado dos símbolos...» (DGC 1971, 25b), uma vez que tudo isso é necessário, para que exista uma verdadeira vida litúrgica”.



Celebração na catequese (dimensão celebrativa)

Em consonância com isto, foram pensados os nossos catecismos atuais. Por exemplo, o Guia do Catequista do 3º Ano de catequese (Queremos seguir-Te, 18-22) caracteriza a catequese que se pretende como  catequese "essencialmente testemunhal", "verdadeiramente comunitária", na qual "o relato assume um relevo muito especial"; uma catequese "que se apoia predominantemente no símbolo", "eminentemente celebrativa", e "em que a moral brote da vivência da fé".

Expressamente sobre essa dimensão celebrativa, afirma o mesmo catecismo:
"A fé celebra-se; e é particularmente enquanto se celebra que se vive. Por isso mesmo, em vez de, por exemplo, explicarmos o que são ações sacramentais ou atos litúrgicos, parece-nos preferível inserir-nos, tanto quanto possível, na sua vivência pela celebração. Daí que não distingamos rigidamente entre catequeses proclamativas e celebrativas. Algumas são mesmo integradas em celebrações comunitárias. Mas isso não significa, de modo algum, que as restantes não tenham carácter celebrativo. Em nenhuma delas se faz, por exemplo, um uso do canto que seja meramente decorativo ou até simplesmente complementar duma explicação, mais ou menos racional, dum conteúdo doutrinal. O canto pretende ser sempre estruturante, expressão dum ato de fé, que envolve toda a pessoa na sua relação com Deus. O mesmo se diga da oração em geral: dela faz parte já a atitude de acolhimento à Palavra de Deus proclamada, ou a contemplação tantas vezes sugerida, de tal maneira que a prece ou o louvor que brotam dos lábios sejam, num momento alto do ato catequético, expressão autêntica do que vai no coração" (Queremos seguir-Te, 21).

Isto que exprime o Guia do Catequista do 3º Ano de catequese aplica-se a toda a catequese da infância. É claro, para quem trabalha com estes catecismos, que é nas primeiras fases que mais se desenvolve esta dimensão celebrativa; nos catecismos da adolescência, vai aumentando a sistematização de conhecimentos, e diminuindo os aspectos celebrativos. Contudo, mesmo aqui, o momento de oração nunca aparece como complemento, mas como elemento integrante da própria catequese.

Assim, quanto aos sacramentos, um dos "4 pilares" da catequese, estão presentes em todos os catecismos. Nem todos os sete sacramentos estão em todos os catecismos, mas há sempre a presença de pelo menos um dos sete sacramentos em cada um dos 10 anos de catequese. E em dois catecismos, estão presentes os sete sacramentos: no 3º e no 10 Ano.

Também a oração é presença em todos os catecismos. O ato catequético é proposto pelos catecismo em 3 momentos, sendo o terceiro a "expressão de fé", que pode assumir diversas configurações, mas que consta habitualmente da oração ou celebração. De facto, a oração era outro dos "4 pilares" da catequese. Uma primeira chamada de atenção: perigo de olhar a oração, no final da catequese, como um mero apêndice ou complemento... Deveria merecer tanto ou mais cuidado a sua preparação, pois o que se pretende é que o que aprendeu e experimentou na catequese seja assumido e assimilado por cada um e expresso em forma relacional, em oração. Os vários catecismos vão também propondo algumas fórmulas de oração para serem aprendidas de cor: o Pai Nosso, a Ave- Maria, Glória ao pai, Sinal da Cruz, Orações da manhã e da noite, Confissão e Ato de Contrição, etc.
Outro elemento a sublinhar é que os catecismos estão todos organizados seguindo o ritmo do Ano Litúrgico. Os dois grandes ciclos, do Natal e da Páscoa, ritmam o ano de catequese.

Mas além destes elementos celebrativos, os próprios catecismos propõem um conjunto de celebrações próprias, que importa sempre ter em conta. Este outro aspecto para o qual me parece importante chamar a atenção: a tendência é prescindir de algumas celebrações, porque não é prático, porque exige preparação, porque... Optar por não as realizar empobrece a própria catequese e corre o risco de a intelectualizar demasiado. Catequese não são umas aulas de religião... Essas celebrações estão centradas na Palavra de Deus e no uso de símbolos fundamentais para o cristão. Pretendem ser sempre momentos de chegada, para os quais preparam as várias catequeses que as precedem.

Nesta dimensão celebrativa sublinham os catecismos o carácter comunitário da celebração da fé. Daí que se insista, com frequência, na necessidade de convidar os pais, ou de inserir as celebrações catequéticas na celebração habitual da comunidade.



A linguagem da celebração e da catequese: os símbolos

Em toda a celebração, o recurso a símbolos é fundamental. Não há celebração sem símbolos! Portanto, para cumprir a tarefa exposta acima, de iniciação à Eucaristia, a catequese tem de Ter presente esses mesmos símbolos presentes na celebração eucarística. Contudo, em catequese, o recurso a símbolos não se limita a esta função de iniciação litúrgica. O uso de símbolos é parte integrante da catequese, como explica o DGC n.º 150:

“A comunicação da fé na catequese é um acontecimento de graça, realizado pelo encontro da Palavra de Deus com a experiência da pessoa, exprime-se através de sinais sensíveis e, por fim, abre-se ao mistério. (...) O método indutivo consiste na apresentação de factos (acontecimentos bíblicos, gestos litúrgicos, acontecimentos da vida quotidiana...), com o objectivo de discernir o significado que eles  podem ter na Revelação divina. É uma via que oferece grandes vantagens, porque está de acordo com a economia da Revelação; responde a uma profunda expectativa do ser humano – chegar ao conhecimento das coisas inteligíveis -; e também está de acordo com as características do conhecimento da fé, que é um conhecimento através de sinais. (...) A síntese dedutiva só terá pleno valor, quando tiver sido realizado o processo indutivo”.

Por outras palavras, o DGC diz-nos que a catequese não pretende primeiramente transmitir muitos conhecimentos (há historiadores que podem falar dias inteiros de Jesus Cristo e não terem nenhuma fé!). A catequese visa transmitir uma experiência de fé, e só depois, como consequência, leva a aprofundar o conhecimento do mistério em que se acredita. Logo, não tem sentido uma catequese que se limite a fazer decorar umas coisas... A catequese deve, antes, partir dos símbolos, dos acontecimentos, dos relatos bíblicos, para levar a fazer tal experiência de fé e possibilitar o aprofundamento do conhecimento do mistério de Jesus Cristo. É esta opção que está na base dos catecismos de que dispomos (têm limites, é certo, como toda a obra humana... por este motivo é que não insistem nos pontos a decorar... pelo mesmo motivo, propõem celebrações, símbolos, dinâmicas várias que motivem a experiência de fé).
Contudo, não existem soluções feitas ("Não há soluções. Há caminhos").



Notas sobre a catequese litúrgica e a participação das crianças na Liturgia

Não apresentando soluções, algumas pistas gerais para a participação das crianças nas celebrações litúrgicas da comunidade:

– A repetição não é apenas uma coisa que se tem de suportar: é uma exigência! A Liturgia é um agir ritual, o que implica sempre repetição. Não é a repetição que cansa, mas a falta de motivação...  As crianças têm necessidade da repetição: seguem diariamente os mesmos "rituais", o que lhes dá segurança. O que gostam, não se importam nada de repetir (e vêm 10 vezes o mesmo desenho animado, lêem 20 vezes a mesma história...). Também na celebração litúrgica, é pela celebração que a criança cria segurança na sua participação, sabe o que deve fazer, sente como seus os comportamentos e atitudes, canta...

– Valorizar o canto. A música e o canto são elementos fundamentais da festa. Ora, as crianças são particularmente sensíveis ao ambiente festivo. Motivar as crianças para a participação pelo canto exige cuidados especiais a quem faz a escolha: por exemplo, exige que as aclamações (Aleluia, Santo) não mudem constantemente, para que elas possam aprender a melodia e participar de fato.

– A participação da criança é eminentemente ativa. A criança tem necessidade de estar ativa para poder participar. Isso implica que lhe sejam dadas tarefas muito precisas, que se valorizem os movimentos (inserindo-as nas procissões, por exemplo). Mas participação ativa não significa estar sempre a mexer: é fundamental motivar as crianças para a escuta, para as atitudes corporais (de pé, sentados, de joelhos); por vezes, propor-lhes algum gesto concreto (erguer os braços, por exemplo).

– Determinante é o testemunho dos adultos presentes. A religiosidade da criança tende a ser imitativa. Mas a criança intui se os adulto participam convictamente ou representam um papel, sem grande convicção. Uma assembleia que participa, ajuda as crianças a participar; uma assembleia que "assiste", desmotiva...

– Uma dica final: a preparação é fundamental! Preparar bem uma celebração com crianças é decisivo. A evitar são os extremos: fazer um "ensaio" de tal modo exaustivo de tudo, que as crianças já vão cansadas para a celebração; ou deixar tudo à inspiração momentânea e à espontaneidade, deixando as crianças completamente dispersas e "perdidas"...



Bibliografia

CONGREGAÇÃO PARA O CLERO, Directório Geral da Catequese, SNEC, Lisboa 1997.

ALBERICH E., La catéchèse dans l’Église, Cerf, Paris 1986, 243-258.

COFFY R., «La célébration, lieu de l’éducation de la foi», La Maison-Dieu n.º 216 (1998 – 4) 25-40.

CURRÒ S., «Fanciulli», in D. Sartore - A.M. Triacca – C. Cibien (dir.), Liturgia (Dizionari San Paolo), San Paolo, Cinisello Balsamo (Milano) 2001, 792-802.

DREISSEN J., La linea liturgica nella nuova catechesi. Struture e linee di azione (Fondamenti di una Catechesi Rinnovata 8), Elle Di Ci, Torino – Leumann 1969.

GINEL VIELVA A., «Celebración y oración, iniciación a la», in Nuevo Diccionario de Catequética 1, ed. V.M.ª Pedrosa – M.ª Navarro - R. Lázaro - J. Sastre, San Pablo, Madrid 1999, 427-435.

HUCK G., «Understanding Liturgy. Notes for Those Who Work with Children», Liturgy 19 (2004) 3-9.

JEGGLE-MERZ B., «Iniciación de los niños en la liturgia, participación de los niños en la liturgia», Concilium n.º 264 (1996) 155-165.

LOPEZ MARTÍN J., «Liturgia y catequesis», in Nuevo Diccionario de Catequética 2, ed. V.M.ª Pedrosa – M.ª Navarro - R. Lázaro - J. Sastre, San Pablo, Madrid 1999, 1369-1388.

MAZZA E., «Crianças», in Dicionário de Liturgia, ed. D. Sartore - A.M. Triacca, Paulinas, São Paulo 1992, 250-255.

RAMOS A.M., Catecismos portugueses. Notas históricas (Crescer na Fé 12), Paulinas, Lisboa 1998, 337-342.

SARTORE D., «Catechesi e liturgia», in D. Sartore - A.M. Triacca – C. Cibien (dir.), Liturgia (Dizionari San Paolo), San Paolo, Cinisello Balsamo (Milano) 2001, 328-339.

SCOUARNEC M., «Liturgie et Évangélisation. Des clivages surmontés», La Maison-Dieu n.º 216 (1998 – 4) 59-72.

Carlos Cabecinhas


São João Batista



    A relevância do papel de São João Batista reside no fato de ter sido o "precursor" de Cristo, a voz que clamava no deserto e anunciava a chegada do Messias, insistindo para que os judeus se preparassem, pela penitência, para essa vinda.

    Já no Antigo Testamento encontramos passagens que se referem a João Batista. Ele é anunciado por Malaquias e principalmente por Isaías. Os outros profetas são um prenúncio do Batista e é com ele que a missão profética atingiu sua plenitude. Ele é assim, um dos elos de ligação entre o Antigo e o Novo Testamento.

    Segundo o Evangelho de Lucas, João, mais tarde chamado o Batista, nasceu numa cidade do reino de Judá, filho do sacerdote Zacarias e de Isabel, parenta próxima de Maria, mãe de Jesus. Lucas narra as circunstâncias sobrenaturais que precederam o nascimento do menino. Isabel, estéril e já idosa, viu sua vontade de ter filhos satisfeita, quando o anjo Gabriel anunciou a Zacarias que a esposa lhe daria um filho, que devia se chamar João. Depois disso, Maria foi visitar Isabel. "Ora quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: 'Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre ! Donde me vem que a mãe do meu Senhor me visite ?'" (Lc 1:41-43). Todas essas circunstâncias realçam o papel que se atribui a João Batista como precursor de Cristo.

    Ao atingir a maturidade, o Batista se encaminhou para o deserto e, nesse ambiente, preparou-se, através da oração e da penitência - que significa mudança de atitude, para cumprir sua missão. Através de uma vida extremamente coerente, não cessava jamais de chamar os homens à conversão, advertindo: " Arrependei-vos e convertei-vos, pois o reino de Deus está próximo". João Batista passou a ser conhecido como profeta. Alertava o povo para a proximidade da vinda do Messias e praticava um ritual de purificação corporal por meio de imersão dos fiéis na água, para simbolizar uma mudança interior de vida.

    A vaidade, o orgulho, ou até mesmo, a soberba, jamais estiveram presentes em São João Batista e podemos comprová-lo pelos relatos evangélicos. Por sua austeridade e fidelidade cristã, ele é confundido com o próprio Cristo, mas, imediatamente, retruca: "Eu não sou o Cristo" (Jo 3, 28) e " não sou digno de desatar a correia de sua sandália". (Jo 1,27). Quando seus discípulos hesitavam, sem saber a quem seguir, ele apontava em direção ao único caminho, demonstrando o Rumo Certo, ao exclamar: "Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo". (Jo 1,29).

    João batizou Jesus, embora não quisesse fazê-lo, dizendo: "Eu é que tenho necessidade de ser batizado por ti e tu vens a mim ?" (Mt 3:14). Mais tarde, João foi preso e degolado por Herodes Antipas, por denunciar a vida imoral do governante. Marcos relata, em seu evangelho (6:14-29), a execução: Salomé, filha de Herodíades, mulher de Herodes, pediu a este, por ordem da mãe, a cabeça do profeta, que lhe foi servida numa bandeja. O corpo de João foi, segundo Marcos, enterrado por seus discípulos.

12 de junho de 2013

Catequese da Crisma




Queridos Amigos,

O Catequese Hoje (atendendo a vários pedidos) começou a postar uma série com indicações e orientações para a Catequese da Crisma, que envolve um número significativo de adolescentes e jovens. Os catequistas e coordenadores carecem de orientações mais atualizadas para o trabalho com jovens.

Conto com sua ajuda na divulgação do conteúdo para os catequistas de crisma.

Abraço carinhoso,
Lucimara

Obs: O site Catequese hoje passou para uma média de 16 mil acessos por mês, mas precisa ser mais divulgado no interior de Minas e Espírito Santo.

11 de junho de 2013

Ser catequizando é...


Ser catequizando é...
chegar no horário combinado para o início dos encontros. Quem atrasa atrapalha o grupo; quem é pontual valoriza a catequese, a/o catequista e os seus colegas catequizandos.
“Vou me esforçar para chegar antes do início dos encontros.”
Senhor, obrigado pelos encontros da catequese!
Ser catequizando é...
respeitar a/o catequista, cumprimentando-o ao chegar, ouvindo-o ao falar, tratando-o como alguém da família. O respeito é sinal de educação, gentileza, ternura e amor.
“Vou respeitar, muito e sempre, o meu catequista.”
Senhor, obrigado pelo/a catequista que me destes!
Ser catequizando é...
respeitar os meus colegas de catequese, querer bem a todos sem excluir ninguém, e estar sempre pronto a estender a mão a quem precisar de minha atenção e auxílio.
“Vou respeitar e auxiliar os meus colegas de catequese.”
Senhor, obrigado pelos amigos e amigas que tenho na catequese!


Roberto Magno

 

10 de junho de 2013

Santo Antônio, santo do amor, da ternura e da partilha




Mês de junho, homenageamos três grandes santos que souberam amar a Deus e aos irmãos, principalmente, usando dos seus dons, como: ternura, amor, caridade, partilha e muitos outros, para colocá-los a serviço de Deus e dos irmãos.
            Como esquecer Santo Antônio, São João Batista e São Pedro?
            As festas populares de junho destacam o companheirismo, a gratuidade, o sentimento de pertencer ao mesmo povo, para ter a mesma identidade com valores que fazem ligações entre as pessoas.
            O mês de junho é um tempo especial para a manifestação destes sentimentos.
            Festas juninas! Como são agradáveis e atraentes! Unem as famílias! 
             Não podemos deixá-las cair no esquecimento!

 Antônio de Pádua ou de Lisboa.

A primeira festa do ciclo junino é a de Santo Antônio, o culto a ele é como o de São João, herança portuguesa. Nascido em Lisboa, Santo Antônio é um dos mais populares e cultuados Santos tanto em Portugal quanto no Brasil.
 Segundo os portugueses a ação de Santo Antônio era fundamental na guerra e seu nome funcionava como arma contra perigos imbatíveis, também no Brasil devido as inúmeras guerras e revoltas ele era sempre invocado e ainda hoje é incontável o número de homenagens em seu louvor: igrejas construídas, nome de praças, de cidades, de pessoas, de ruas...
  Santo Antônio é cultuado ainda como Santo casamenteiro e deparador de coisas perdidas. Segundo Gilberto Freire, a escassez de portugueses na colônia, sublinhou o valor do casamento o que tornou populares os Santos padroeiros do amor, da fertilidade e das uniões. É também venerado como amigo e protetor das horas difíceis.
  Mas outros dons de Santo Antônio muitos desconhecem. Ele foi profundamente sensível, preocupava-se com o próximo, vivia repartindo  pão com a pobreza (chamado de pai dos pobrezinhos). Surgiu então comprovada eficácia do louvável costume de socorrer os pobres para obter por intercessão dele, a realização de um justo pedido. Daí a tradição do pão de Santo Antônio. Pães doados a Sua Igreja são bentos e distribuídos aos pobres “Guardar um pedaço desse pão junto aos mantimentos garante fartura” (pesquisadora Lourdes Macena).

 E ainda tem mais, foi grande orador e pregador, missionário do povo defendendo-o contra exploração e maus tratos de bárbaros invasores. Por sua fabulosa memória retentiva conhecia e vivia profundamente as sagradas escrituras, chegou a ser chamado certa vez pelo papa de “arca do Testamento”.

A maioria de nós católicos pensa que ter devoção a um santo é ficar alisando, cheirando uma imagem de barro e fazendo negócios com ele -  “O senhor me dá isso que eu faço isso” – Está certo? Deve ser assim?
O que deve marcar nossa devoção a um santo é seu exemplo de vida, de caminhada cristã. Beijar uma imagem é como se beijasse o retrato de alguém que se admira e ama muito, pelo que ele foi ou representa na nossa vida, um exemplo a ser seguido.


Posteriormente, falaremos sobre os outros dois santos.


3 de junho de 2013

Recadinhos do coração!




Muito agradecida Eliana, pela presença e apoio. Que nós apossemos a cada dia da graça e força do Espírito Santo que já está dentro de cada um de nós.

                                                                                                     Sildes Camila
                                                                                                            Baguari



Eu, como catequista da paróquia agradeço a Eliana pela visita e pelo incentivo dado aos demais catequistas. Que Deus a abençoe sempre. 
                                                                    Francisco Pereira - Paulistas


Agradecida!  Amém!
Que Deus continue derramando bênçãos sobre todos vocês!



        

Catequese e seus métodos


 A missão catequética tem um caminho longo a percorrer e a sintonia com o Espírito de Deus é essencial, sem ela não temos força para agir e ver as diversas manifestações que ele revela diariamente em nossa caminhada. São os acontecimentos, as lutas, as preocupações, as alegrias e as esperanças.
Para essas manifestações existem vários métodos, isto é, caminhos de aprendizagem. Vejamos:
Método dedutivo - parte do geral para o caso concreto (dedução)
Este método exige uma instrução prévia. É preciso conhecer as leis gerais, descobertas pela experiência de outros, para aplicá-la no concreto.  Jesus usava este método quando lembrava a lei central do povo de Deus: amor a Deus e ao próximo, e contava parábolas que ilustravam esse amor para que o povo compreendesse.
Método Indutivo - parte do conhecimento concreto para concluir leis gerais (indução)
A sabedoria popular é indutiva, isto é, construída pela observação dos fatos concretos do dia-a-dia. Ex: depois de observar muitas crianças, se descobrem pontos comuns nelas (nascem dependentes, tem idade certa para falar, andar). Jesus ajudava o povo a tirar conclusões sobre seus próprios problemas. Ele mesmo não dava respostas, só dava pistas.
Método Comparativo - compara duas realidades ou fatos e descobre as semelhanças e as diferenças.
Os métodos dedutivo e indutivo se complementam com o método comparativo. Este método tem um grande limite: esquece a originalidade das pessoas e situações, mas pode-se comparar a situação do povo de Deus, num determinado momento histórico com a situação hoje, sem esquecer os detalhes próprios daquela época. Metodologia de Jesus - O Evangelho revela o método que Jesus usou para anunciar a Boa Nova. Jesus para revelar o Pai e anunciar o Reino de Deus, encarnou-se na vida dos homens. Sua pedagogia foi sempre a partir das pessoas, na sua realidade e originalidade.
A "escuta'' da realidade de cada pessoa, e o ''questionamento" que levam à reflexão e à formação da consciência crítica, apresentam Jesus como um grande pedagogo.
Na sua vida pública Jesus:
• Educa a todos de maneira pessoal;
• Transmite uma experiência de comunidade com o relacionamento particular com os 12 apóstolos;
• Educa para a oração a partir de sua própria experiência de oração, motivando os apóstolos à vida de oração simples e verdadeira;
• Apela à conversão, questionando e interpelando as pessoas, porém respeitando a liberdade de cada uma.
Escolha do método - Para escolher o método adequado é necessário: definir claramente o objetivo desejado; conhecer o chão, a realidade das pessoas; desenvolver o processo de comunicação que deve ajudar a conhecer a realidade das pessoas ou grupos.
Muitas vezes a metodologia é entendida como a própria mensagem; é perigoso o método tomar o lugar da própria evangelização. Ex: muitas vezes ficamos buscando dinâmicas, material audio-visual, e a pastoral fica reduzida a esses instrumentos que, passado o tempo, não conduz à meta desejada. O método não é fim em si mesmo. Deve ser instrumento para atingir o objetivo desejado e deve ser bem planejado.
Além do objetivo geral devemos definir em cada encontro o objetivo específico do tema que desejamos alcançar. A educação da fé pode seguir diversos métodos que são escolhidos à medida que a comunidade caminha, que reavalia as reflexões e conclusões, para dar outro passo à frente, contanto que: seja assimilada a pedagogia de Deus com o seu povo e a metodologia de Jesus nos leve, concretamente, ao "princípio de interação": fé-vida.


Roberto Magno

2 de junho de 2013

O primeiro e fundamental chamado divino é a “grande vocação à vida”, o chamamento à existência.




Se eu não existisse, ninguém iria notar minha ausência; nem notaria a ausência de qualquer outra pessoa que não existisse. Mas, antes de eu existir, Deus já me conhecia e amava; por isso me chamou à vida: sou criatura sua. Cada pessoa é criatura de Deus, amada e convidada por Ele ao banquete da vida. A vida é, assim: o primeiro chamado de Deus, a primeira vocação.
            Se a vida já é vocação, devo-lhe uma resposta. Qual será a resposta que Deus espera de mim? Certamente a vida tem um sentido a descobrir, uma obra a realizar. E ninguém o faz em meu lugar. A primeira resposta ao chamado da vida é compromisso sagrado de quem a considera um dom de Deus confiado aos cuidados humanos. Colocar-se a serviço da vida já é responder a vocação.
            A vocação humana à vida é anterior à dimensão eclesial. O primeiro e fundamental chamado divino é a “grande vocação à vida”, o chamamento à existência. Deus chama-nos, antes de tudo, a ser pessoas humanas realizadas e felizes. Esse é um aspecto do chamado que diz respeito a toda à humanidade.
“Todos, na Igreja, são chamados para um determinado serviço. Somos um povo de servidores”. Devemos seguir os caminhos de Jesus servidor. Ele veio não para ser servido, mas para servir (Cf. Mc 10,45).