18 de maio de 2013

Feliz domingo de Pentecostes a todos e todas.



Minhas irmãs e irmãos em Cristo

Com festa, carinho, abraço e trabalho, desejo a todos e todas um domingo de Pentecostes com gosto de Deus. É o Espírito Santo que recebemos ao sermos criados e criadas que se fez presente de forma mais plena em nosso batismo, nos tornando filhos e filhas no Filho Jesus. E esse mesmo Jesus ao morrer na cruz, segundo as escrituras, nos entrega o Espírito, que dilata o nosso coração na confirmação da fé que recebemos da comunidade, da família, da Igreja. Viver Pentecostes é viver a entrega amorosa do Senhor, porque nos ama muito. É isso que somos chamados e chamadas a anunciar: Deus nos amou primeiro, e por isso nos chamou para fazer parte do corpo do seu Filho, a Igreja reunida em assembléia celebrativa e a nos dispersar pelo mundo para fazer o bem, acolher os/as empobrecidos/as e excluídos/as, tornando Cristo conhecido em seu amor e misericórdia. Quando na cruz nos entrega sua mãe, Ele diz para nós: acolham as viúvas, as com aids, as negras, as indígenas, as mães solteiras, as excluídas. E quando à Mãe, Ele entrega o/a discípulo/a amado/a, diz para nós: recebam os órfãos, os com aids, os drogados, os negros empobrecidos e marginalizados, os desempregados, os pequenos e excluídos. Pentecostes é momento de festa e reflexão. Por isso na celebração da Confirmação, Crisma, recebemos o único óleo abençoado na Celebração da Unidade da Igreja, na Quinta-feira Santa, que o chamamos óleo do Crisma, que nos torna homens e mulheres com o "perfume" de Cristo. Perfume de Cristo é o agir, o querer, o acolher, o perdoar, o partilhar, o transformar que Cristo fez em nossos corações e que temos o compromisso real de levar a outros e outras com o nosso testemunho de vida e vocação assumida na alegria. Feliz domingo de Pentecostes a todos e todas.

                 Pe. Álvaro Negromonte, SJ Fundação Fé e Alegria do Brasil

13 de maio de 2013

O Espírito Santo e a Catequese





  Nós não temos nenhuma analogia para representar o Espírito Santo.
Imaginamos o Espírito Santo como uma pomba conforme o testemunho de São João 1, 32: “Eu vi o Espírito descer do céu, como uma pomba, e pousar sobre ele.” Mas a nossa fé nos leva a crer que o Espírito Santo é um sopro, é o ar, é a água, é o fogo, enfim, é tudo que dá vida. Nós o percebemos através de sua ação.
Os modos do Espírito Santo se manifestar são vários e parece-nos que ele se perde, se espalha. Ele se espalha tanto, que chega a encher todo o universo.
Vejamos. O Espírito manifesta a sua ação na criação, fertilizando as águas. Se ele fertiliza, ele vivifica, dá vida. É ele que cria a vida do homem através do sopro da vida. Sua ação vivificadora está presente em todos os momentos da história da salvação. É ele que impulsiona o homem para agir segundo os critérios de Deus. É o Espirito Santo quem mostra os caminhos e os pensamentos de Deus ao homem. Neste aspecto bastaria seguirmos os grandes fatos da história para captarmos este impulso do Espírito.
A história tem sua plenitude em Cristo. O Espírito também age no próprio Cristo. As ações de ambos são interligadas. Agem em harmonia perfeita. Estão tão ligados que agem em equipe. Nossa atitude é contemplar este mistério. É o Cristo que diz: O Espírito me ungiu, por isso ele me envia. Se eu não for, não poderei enviar um outro consolador... Eu sou o caminho, a verdade e a vida... Eu vos enviarei o Espírito da verdade... Através da unção do Espírito, Cristo torna-se Ungido, o Iluminado, o Libertador e é através desta unção que Cristo caracteriza a sua missão.
O Espírito dá vida ao homem. Esta vida se realiza em dois aspectos: comunitário e pessoal.
No aspecto comunitário, o Espírito é que reúne, ele forma um só povo. São Paulo diz: ...não há rico nem pobre, homem ou mulher, mas todos somos um só no mesmo Espírito. Forma um só corpo animado pela mesma vida que é a vida do Espírito.
No plano pessoal, o Espírito cria um novo modo de ser. Esta força criadora é o amor. Sempre antigo e sempre novo. Só quem ama pode criar alguma coisa. O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. Se cria algo de novo é evidente que é este Espírito que fala e dá testemunho por nós. Não importa o que vamos falar; o importante é ouvir o que o Espírito tem a nos falar: abertura à voz do Espírito.
A força de nossa ação na catequese depende exclusivamente da confiança que temos no Espírito que não falha. É ele que dá coragem e sabedoria.
Neste Pentecostes, celebremos o Espírito Santo com a alegria e a gratidão pelos dons que ele nos deu.
 
Roberto Magno
Comunidade Nossa Senhora de Nazaré
Joanésia-MG