13 de maio de 2013

O Espírito Santo e a Catequese





  Nós não temos nenhuma analogia para representar o Espírito Santo.
Imaginamos o Espírito Santo como uma pomba conforme o testemunho de São João 1, 32: “Eu vi o Espírito descer do céu, como uma pomba, e pousar sobre ele.” Mas a nossa fé nos leva a crer que o Espírito Santo é um sopro, é o ar, é a água, é o fogo, enfim, é tudo que dá vida. Nós o percebemos através de sua ação.
Os modos do Espírito Santo se manifestar são vários e parece-nos que ele se perde, se espalha. Ele se espalha tanto, que chega a encher todo o universo.
Vejamos. O Espírito manifesta a sua ação na criação, fertilizando as águas. Se ele fertiliza, ele vivifica, dá vida. É ele que cria a vida do homem através do sopro da vida. Sua ação vivificadora está presente em todos os momentos da história da salvação. É ele que impulsiona o homem para agir segundo os critérios de Deus. É o Espirito Santo quem mostra os caminhos e os pensamentos de Deus ao homem. Neste aspecto bastaria seguirmos os grandes fatos da história para captarmos este impulso do Espírito.
A história tem sua plenitude em Cristo. O Espírito também age no próprio Cristo. As ações de ambos são interligadas. Agem em harmonia perfeita. Estão tão ligados que agem em equipe. Nossa atitude é contemplar este mistério. É o Cristo que diz: O Espírito me ungiu, por isso ele me envia. Se eu não for, não poderei enviar um outro consolador... Eu sou o caminho, a verdade e a vida... Eu vos enviarei o Espírito da verdade... Através da unção do Espírito, Cristo torna-se Ungido, o Iluminado, o Libertador e é através desta unção que Cristo caracteriza a sua missão.
O Espírito dá vida ao homem. Esta vida se realiza em dois aspectos: comunitário e pessoal.
No aspecto comunitário, o Espírito é que reúne, ele forma um só povo. São Paulo diz: ...não há rico nem pobre, homem ou mulher, mas todos somos um só no mesmo Espírito. Forma um só corpo animado pela mesma vida que é a vida do Espírito.
No plano pessoal, o Espírito cria um novo modo de ser. Esta força criadora é o amor. Sempre antigo e sempre novo. Só quem ama pode criar alguma coisa. O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. Se cria algo de novo é evidente que é este Espírito que fala e dá testemunho por nós. Não importa o que vamos falar; o importante é ouvir o que o Espírito tem a nos falar: abertura à voz do Espírito.
A força de nossa ação na catequese depende exclusivamente da confiança que temos no Espírito que não falha. É ele que dá coragem e sabedoria.
Neste Pentecostes, celebremos o Espírito Santo com a alegria e a gratidão pelos dons que ele nos deu.
 
Roberto Magno
Comunidade Nossa Senhora de Nazaré
Joanésia-MG 

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