Todas as vezes que vamos à Guanhães, Bernadete e eu conversamos durante o percurso sobre a catequese. Mais na volta do que na
ida.
Na volta estamos mais abastecidas e queremos retransmitir,
principalmente com ações, nem sempre possíveis, tudo o que vivenciamos lá.
E, desta vez, ficamos pensando sobre o nosso chamado:
O que me moveu e ainda me move para ser catequista? Como foi o meu chamado? E,
por que respondi "Aqui estou? "
É preciso, sempre que possível, respondermos estas questões.
Não para o grupo, mas pra mim mesma/o.
Como tem sido minha participação, minha colaboração, minha
entrega na catequese?
Às vezes, em alguns encontros, ouço catequistas responderem
assim: meu nome é..., sou catequista e estou há 3, 5...anos na catequese. Fica
parecendo que estamos diante de uma vaga de emprego com um currículo em mãos.
Quanto mais tempo eu tenho, mais contam a minha experiência.
E, é interessante, que na catequese, quanto mais tempo eu
tenho de caminhada, mais eu tenho que aprender.
Não basta saber teorias.
Há um tempo, recente, eu imaginava que a catequese deveria
ter: o Ano Litúrgico (cheguei a passar para meus catequizandos da Crisma), a
História da Igreja (ah céus, quanta inocência), o que é a Bíblia, quantos
livros e por aí vai.( O que não é proibido...Mas não conteúdos principais).
Nesta caminhada, tenho percebido que é preciso menos
informação e muita formação. É através dela que vamos moldando nossas ações,
percebendo o que realmente se faz necessário, sem sensacionalismo e
infantilismo: formar cristãos católicos apaixonados por Jesus e por Seu projeto
de amor e salvação. Esta tem que ser nossa catequese, através da contemplação
da natureza, da contemplação da cruz, o quanto Ele nos amou e o quanto nos ama,
principalmente para aquele catequizando e sua família que, às vezes, nem sabe o
que é amor.
Mostrar o amor por um filho pródigo; à pessoa menos
favorecida; as parábolas; como escolheu os doze; os mandamentos; o Pai Nosso;
enfim, tudo na Bíblia, no Novo Testamento.
Mas para isto, precisamos estudar, estarmos sempre em
formação.
Então, quando você escutar o chamado para um encontro, abra
os olhos e o coração e se deixe inundar pelas luzes do Espírito Santo, que sabe
dos seus afazeres, das suas lutas e lhe fortalece para que você continue sendo
Sal e Luz na vida de seus catequizandos, da sua paróquia, da sua
comunidade, da sua Diocese.
Não queira fazer
barganha com o projeto de Jesus. Cuidado!
Jesus estava no meio de uma multidão e alguém O chama:
"sua mãe e seus irmãos estão lá fora querendo falar contigo." E Ele
responde: "quem é minha mãe e quem são meus irmãos?" E apontando com
a mão para seus discípulos, disse: "Eis minha mãe e meus irmãos. Pois
aquele que faz a vontade do meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e
mãe. " Mt 12, 46-50.
Gláucia Utsch M. Ferreira
Membro da Coordenação paroquial da Paróquia Nossa Senhora da Conceição em Conceição do Mato Dentro e membro da Coordenação Diocesana de Catequese.
Membro da Coordenação paroquial da Paróquia Nossa Senhora da Conceição em Conceição do Mato Dentro e membro da Coordenação Diocesana de Catequese.
Realmente devemos aprender mais, estudar mais.
ResponderExcluirLindo depoimento Gláucia. Tenho uma grande honra de trabalhar com você e aprender a cada dia, a cada luta.