"Tua luz brilha, mesmo quando não a queres, mesmo quando não a vês. Poderás esconder-te de ti mesmo, apagando todas as tuas velas, todas as tuas lamparinas; cobrindo com véus as tuas estrelas azuis, nublando com nuvens pesadas o teu céu par
a que nele nem a lua e nem o sol possam ser vistos... Mas quando te distraíres, por segundos, ao som de uma canção que invoca a luz do amor, quando te distraíres olhando para o mar ou brincando sem querer com os cata-ventos da tua memória, saberás que brilhaste...E, se neste momento, puderes soltar tuas amarras e, feito um pássaro, voar pelo teu universo interior, verás quão luminoso é o teu ser."
Assim são as imagens poéticas: Elas têm o poder de ir lá no fundo da alma. Onde moram os esquecimentos e quando um desses esquecimentos acorda, a gente sente um estremeção no corpo. Essa é a missão da poesia: Recuperar os pedaços perdidos de nós."
(Rubem Alves)
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