As eleições municipais se aproximam. Finalmente, a luta pelo voto ganhou as ruas e redes sociais. No entanto, este debate costuma resumir-se a palpitar sobre em quem votar, ou não votar, para prefeito. A eleição para vereador, infelizmente, acaba sendo relegada a segundo plano.
É uma pena. O vereador tem um papel importantíssimo no município. Primeiro, é encarregado de aprovar as leis locais. Segundo, cabe-lhe fiscalizar as ações da Prefeitura. E finalmente, deveria ser uma via mais rápida de interlocução entre a sociedade civil e a prefeitura.
Legislador, fiscal e interlocutor: eis o trinômio que resume bem o papel do vereador. Contudo, o que se repara é que a maior parte dos vereadores legisla pouco e mal. Fiscaliza pior ainda. Raros são independentes em relação aos prefeitos. Via de regra são capachos do
Executivo ou opositores sistemáticos. Dois extremos que impedem uma fiscalização atenta e isenta das ações das prefeituras.
Não bastasse, muitos vereadores (e eleitores também) confundem o cargo com despachante de luxo de setores profissionais, religiosos ou comunitários. Creem que o vereador existe para fazer “favor” a quem o apoiou. E o vereador, para atendê-los, pede o favor ao prefeito, que lhe cobrará a fatura depois. É assim que das pequenas corrupções surgem as grandes .Logo, para termos melhores vereadores – verdadeiros legisladores, fiscais e interlocutores – é preciso refletir muito antes de votar. Imagine o leitor se, no norte de Minas, desde os menores municípios, com 9 vereadores, até Montes Claros, o maior deles, com 23, tivéssemos nas Câmaras Municipais uma maioria de parlamentares comprometida em legislar bem, fiscalizar com firmeza/isenção, além de levar ao prefeito as demandas de interesse geral da comunidade. Estaríamos, sem dúvida, muito melhores que estamos e menos envergonhados com as notícias que têm levado nossa região às manchetes nacionais. Ficam algumas dicas, então, de como escolher um bom nome para vereador:
É uma pena. O vereador tem um papel importantíssimo no município. Primeiro, é encarregado de aprovar as leis locais. Segundo, cabe-lhe fiscalizar as ações da Prefeitura. E finalmente, deveria ser uma via mais rápida de interlocução entre a sociedade civil e a prefeitura.
Legislador, fiscal e interlocutor: eis o trinômio que resume bem o papel do vereador. Contudo, o que se repara é que a maior parte dos vereadores legisla pouco e mal. Fiscaliza pior ainda. Raros são independentes em relação aos prefeitos. Via de regra são capachos do
Executivo ou opositores sistemáticos. Dois extremos que impedem uma fiscalização atenta e isenta das ações das prefeituras.
Não bastasse, muitos vereadores (e eleitores também) confundem o cargo com despachante de luxo de setores profissionais, religiosos ou comunitários. Creem que o vereador existe para fazer “favor” a quem o apoiou. E o vereador, para atendê-los, pede o favor ao prefeito, que lhe cobrará a fatura depois. É assim que das pequenas corrupções surgem as grandes .Logo, para termos melhores vereadores – verdadeiros legisladores, fiscais e interlocutores – é preciso refletir muito antes de votar. Imagine o leitor se, no norte de Minas, desde os menores municípios, com 9 vereadores, até Montes Claros, o maior deles, com 23, tivéssemos nas Câmaras Municipais uma maioria de parlamentares comprometida em legislar bem, fiscalizar com firmeza/isenção, além de levar ao prefeito as demandas de interesse geral da comunidade. Estaríamos, sem dúvida, muito melhores que estamos e menos envergonhados com as notícias que têm levado nossa região às manchetes nacionais. Ficam algumas dicas, então, de como escolher um bom nome para vereador:
HONESTIDADE: princípio de tudo. De nada adianta ser competente caso seja
desonesto. No final, vai acabar apoiando a corrupção, ativamente, ou passivamente, fingindo que não vê. E vai usar a própria inteligência para se beneficiar e nos prejudicar mais ainda do que se fosse um corrupto ou conivente de “pouco saber”.
CAPACIDADE: indispensável. De que adianta ser honesto e bem intencionado, se não
possui capacidade para legislar e fiscalizar bem? Não que precise ter nível superior ou doutorado.
Conhecemos muitos repletos de títulos, mas vazios de sabedoria, e vice-versa. Mas se não possuir um mínimo de preparo, vai acabar sendo um bobo da Corte, ou inocente útil, com salários e equipe de assessores bancada por nós, contribuintes.
desonesto. No final, vai acabar apoiando a corrupção, ativamente, ou passivamente, fingindo que não vê. E vai usar a própria inteligência para se beneficiar e nos prejudicar mais ainda do que se fosse um corrupto ou conivente de “pouco saber”.
CAPACIDADE: indispensável. De que adianta ser honesto e bem intencionado, se não
possui capacidade para legislar e fiscalizar bem? Não que precise ter nível superior ou doutorado.
Conhecemos muitos repletos de títulos, mas vazios de sabedoria, e vice-versa. Mas se não possuir um mínimo de preparo, vai acabar sendo um bobo da Corte, ou inocente útil, com salários e equipe de assessores bancada por nós, contribuintes.
NÃO BASTA SER AMIGO: se você quer arrumar emprego para familiar ou amigo, que o faça na iniciativa privada. Votar não é uma maneira honesta de arrumar emprego de vereador para uma pessoa apenas porque é seu amigo ou parente. Afinal, o amigo ou parente é seu, mas as consequências e os custos de colocar na Câmara alguém despreparado são de todos nós.
Felipe Caires – Promotor de Justiça
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