A entrada
“solene” de Jesus em Jerusalém foi um prelúdio de Suas dores e humilhações.
Aquela mesma multidão que O homenageou, motivada por Seus milagres, agora vira
as costas a Ele e muitos pedem a Sua morte. Jesus, que conhecia o coração dos
homens, não estava iludido. Quanta falsidade há nas atitudes de certas pessoas!
Quantas lições nos deixam esse Domingo de Ramos! O Mestre nos ensina, com fatos
e exemplos, que o Reino d’Ele, de fato, não é deste mundo. Que Ele não veio
para derrubar César e Pilatos, mas veio para derrubar um inimigo muito pior e
invisível: o pecado. E para isso é preciso se imolar; aceitar a Paixão, passar
pela morte para destruir a morte; perder a vida para ganhá-la. A muitos o
Senhor Jesus decepcionou; pensavam que Ele fosse escorraçar Pilatos e
reimplantar o reinado de Davi e Salomão em Israel; mas Ele vem montado em um
jumentinho frágil e pobre.
Muitos
pensam: “Que Messias é este? Que libertador é este? É um farsante! É um
enganador merece a cruz por nos ter iludido”. Talvez Judas tenha sido o grande
decepcionado. O Domingo de Ramos ensina-nos que a luta de Cristo e da Igreja e,
consequentemente, a nossa também, é a luta contra o pecado, a desobediência à
Lei sagrada de Deus, que hoje é calcada aos pés até mesmo por muitos cristãos
que preferem viver um Cristianismo “light”, adaptado aos seus gostos e
interesses e segundo as suas conveniências.
O Domingo de
Ramos nos ensina que seguir o Cristo é renunciar a nós mesmos, morrer na terra
como o grão de trigo para poder dar fruto, enfrentar os dissabores e ofensas
por causa do Evangelho do Senhor. Ele nos arranca das comodidades e das
facilidades, para nos colocar diante d’Aquele que veio ao mundo para salvar
este mundo.
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