A copa do mundo já acabou
para o Brasil, mas afinal, o que vi da copa?
Durante quase um mês de
jogos entre seleções de vários países, vimos um Brasil alegre, vibrante, hospitaleiro.
Um país que atraiu a atenção do mundo todo.
O povo ficou dividido.
Uns gritavam que não haveria copa. O governo dizia que essa seria a copa das
copas, a melhor, a mais organizada, a mais vibrante.
A seleção brasileira se
mostrou forte e jogou com emoção e afinco, decidida a vencer e conquistar o
hexa campeonato.
O resultado? Perdeu
para os alemães. Um time, que assim como o Brasil e todas as outras seleções,
estavam bem preparados.
Qual a lição que eu
tirei disso tudo?
Para se vencer qualquer
luta na vida é preciso trabalho em equipe e boa liderança, um grupo só tem
possibilidade de vencer quando houver união e sincronismo. Falou-se tanto no
jogador Neymar, que ele faria falta, que ele era o melhor e com isso mostrou
que os outros seriam fracos sem ele. Ele era importante sim, mas em grupo, um
bom líder, não age assim, enaltecendo um e desmerecendo os outros. Resultado:
derrota.
Isso nos ensina que
todos são importantes em um grupo, mas a falta de um, não pode comprometer e
desanimar os outros. A estrutura tem que se manter firme. Na catequese não é
diferente.
A outra lição que tirei
dói mais.
Falava-se tanto que o
Brasil não podia sediar a copa e que a prioridade era resolver as situações de
saúde precária, insegurança e educação em decadência.
Verdade. É preciso
sempre questionar: O que é prioridade para o governo? Se a resposta não for a
vida humana, a vida em abundância, em plenitude, desconfie.
Mais uma lição, essa
tem a ver com nossas crianças.
Após a derrota da
seleção, vi algumas crianças aos prantos.
Precisamos mostrar a
nossos filhos quais são os reais motivos pra se chorar pelo nosso país. Nas
ruas existem crianças com fome e frio e entregues ao tráfico e às drogas, sendo
abusadas sexualmente; nos hospitais existem filas enormes, pessoas que ficam
meses e até anos esperando um exame médico; nas escolas há salas de chão de
terra, pingueiras, sem merenda, sem sanitários; as cadeias estão lotando a cada
dia; nos asilos, nossos velhinhos estão vivendo uma vida desumana.
Isso sim é motivo pra
chorar e educar nossos filhos para a realidade colocando na cabeça deles que é
preciso lutar por esse país para que se acabe de vez essas misérias.
Tirei tantas lições que
seria impossível relatar todas aqui. Mas vou finalizar falando de uma lição em
relação ao hino nacional.
Que lindo ver nosso
povo se emocionar cantando o hino nacional e insistindo em cantá-lo por
completo.
Analisando a letra dos
outros hinos podemos dizer que o nosso é o mais bonito. Pena que é cantado com
emoção somente para enaltecer o futebol. Até parece que é o hino do futebol
brasileiro e não o hino nacional brasileiro.
Quando vemos a França
cantar a sua Marselhesa, eles cantam a Revolução Francesa e aqui quando ouvimos
o hino nacional logo vem na mente alguma partida de futebol. Só isso, mais
nada. Antigamente as escolas valorizavam o hino e cantava toda semana.
Precisamos de uma verdadeira catequese sobre o hino nacional.
Agora voltamos à
realidade. Acabaram-se as folgas pra ver jogo, jogamos nossas camisas verde e
amarela na máquina de lavar e vamos deixá-la no fundo do baú por mais 4 anos
adiando o sonho de conquistar o sexto título.
O Brasil precisa mudar
sua forma de lutar, sua forma de chorar, sua forma de cantar seu hino nacional.
É preciso mudar a visão de quem são heróis de verdade nesse país. É preciso
saber com certeza qual é a prioridade dos nossos governantes. É preciso saber o
que cada brasileiro pensa do seu Brasil e o que Deus pensa do nosso Brasil.
Roberto Magno
é Catequista
e Membro da
equipe de comunicação
da catequese
da Diocese de Guanhães
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