A escuta, o testemunho e a palavra são as três pilastras do edifício
espiritual, imprescindíveis na Catequese, na comunicação da Boa Nova.
A comunicação é um assunto antigo e novo. Tão antigo quanto a palavra,
característica do ser humano, tão novo quanto os meios que nos surpreendem por
sua incrível abrangência e rapidez.
Nosso mundo vive um sistema que desencadeou uma série de forças, sem saber
ainda como domesticá-las. Hoje estamos presente em todos os acontecimentos do
mundo sem sair de casa, a televisão e a internet nos prestam o favor de colocar
tudo dentro de nossas casas sem o mínimo esforço. Quem não esteve recentemente
em Roma na renúncia de Bento XVI e na eleição do papa Francisco? Eu estive lá,
rezei, senti aquele frio, aquela chuva fina gelada e vibrei , emocionei quando
vi aquela fumaça branca saindo daquela chaminé e em seguida apresentaram para
mim e milhares de católicos ao meu redor o novo papa, Francisco é o nome dele.
Vivi tudo isso na minha casa no computador e na televisão.
Em um mundo em que as notícias são praticamente instantâneas, chegam
como enxurrada e envelhecem em 15 minutos. Como fazer para que nossos irmãos
prestem atenção às mensagens impactantes e aos ensinamentos maravilhosos que
desejamos ardentemente transmitir, segundo a ordem de Jesus: “Ide por todo o
mundo, pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 110,15)?
O profeta é aquele que anuncia e denuncia. Aquele que anuncia sente-se
impuro como Isaías (Is 10,5) e incapaz como Jeremias (Jer 1,10) e deseja que o
Senhor purifique seus lábios com brasas ardentes (Is 10,7) e coloque suas
palavras em sua boca (Jer 1,9). A Graça de Deus age o tempo todo, no que semeia
e no que acolhe.
Também é necessário ter a coragem de dizer NÃO à mentalidade do mundo.
“Seja o seu sim, sim, seja o seu não, não” (Mt 5,37). É necessário desenvolver
um sadio juízo crítico para discernir o joio do trigo nas informações que nos
vêm pelos jornais, rádios, TV, internet, etc.
É preciso Superar o medo de não sermos aceitos se não seguirmos o
estilo do mundo.
Como alertar para a Grande Novidade do Evangelho? Mais do que estudar
é preciso pensar. Aprender a pensar é o princípio da moral. Aprender a pensar,
discernir, prestar atenção e orar são requisitos permanentes para o progresso
espiritual necessário aos discípulos de Cristo.
Destaco outro ponto importante para nós, catequistas: não esvaziemos o
Mistério, o sagrado, o transcendente. Não banalizemos a Boa Nova. O Mistério
não é uma muralha aonde nossa inteligência vai se esfacelar, mas um oceano em
que ela vai mergulhar como uma gota d’água. Há algo que cause mais espanto,
ternura e reverência do que o Mistério do Verbo Encarnado?
O catequista é aquele que prepara os corações e aponta para o Messias
esperado, há tanto tempo desejado – Jesus, que é o centro de nossa catequese.
Conclusão: O catequista de
hoje deve utilizar todos os recursos e meios de comunicação que estão a seu
dispor. Nosso D.N.A. batismal exige que todo cristão seja também apóstolo.
Os meios de comunicação, os mais modernos e eficientes, podem e devem
ser utilizados. Eles são de grande eficácia sempre que a tecnologia é colocada
a serviço do Espírito Santo.
Só uma chama acende outra
chama!
Madre Maria Helena Cavalcanti
Adaptado por: Roberto Magno
Comunidade Nossa Senhora de Nazaré
Joanésia
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