Como orava São Tomás de Aquino, num fôlego intelectual, procura romper
as distancias na relação com Deus dizendo:
“Concedei-me Senhor meu Deus uma
inteligência que vos conheça; um zelo que vos procure; uma ciência que vos encontre...”
Nasci, 18 dias após, meus pais me levaram à pia batismal.
Na minha primeira infância participei de coroações à Nossa Senhora,
pois morávamos meus irmãos, meus pais e eu, em frente à Igreja.
Fui para a catequese. Minha catequista chamava-se Edelves e era minha
vizinha.
Conosco morava minha avó paterna que não perdia todos os dias às 7
horas a missa. Quando eu acordava, ia com ela e encantava-me vê-la comungar.
Enfim chegou meu dia e fiz a Primeira Eucaristia. Senti-me mais
próxima de Deus. Desde então passei a ser coroinha.
Aos 12 anos fui para a Cruzada Eucarística Internacional e aos 15 anos
recebi a fita de aspirante da Pia União das Filhas de Maria. Fui secretária da
Pia União por muitos anos, até que acabaram as congregações.
Nos anos 60 fui catequista e no ano de 64 participei do ISPAC pela
diocese de Itabira-Coronel Fabriciano com Dom Lélis Lara.
Nos anos 70, trabalhei com cursos de noivos, batismos e passei a
coordenar os grupos de reflexão nos tempos de Dom Filipe e Dom Emanuel.
Continuando fui coordenadora da catequese pela segunda vez. Por este caminho
consegui levar comigo três irmãs catequistas e dois sobrinhos.
Fui professora na Escola Estadual Professor Antônio Marciano e
trabalhei com ensino religioso, na época, autorizada por Dom Filipe em turmas
de 5ª a 8ª séries. Hoje ainda sou catequizanda e catequista no meu lar, na
vizinhança e na comunidade, não sei parar, estou certa? Gosto de perguntar, porque
perguntando, tenho uma mente livre para pensar. Pensando reconheço minhas
limitações e tenho como consolo a convicção de deixar de ser um mero átomo
vivo, entorpecido, esperando a morte arrombar as portas da minha história e me
mostrar que o que vivi foi uma brincadeira no tempo. Não. A vida é um
espetáculo. O Mestre dos mestres demonstrou que Deus alivia o cansado, ama o
discriminado e se preocupa com os sentimentos dos rejeitados. Não faz distinção
de pessoas, não discrimina ou exclui, ao contrário, eleva em altíssima conta
cada ser humano, independente de seu status social e de sua moral, como está
apontado na coragem de Jesus ao correr risco de morrer apedrejado por proteger
prostitutas.
Célia Vieira Pires
Silveira
Joanésia,
5 de março de 2013.
Célia Pires é uma referência em catequese em Joanésia. Uma pena que ela está afastada do serviço da catequese na paróquia. Mas é uma pessoa que catequiza com o testemunho de vida e isso ninguém pode tirar.
ResponderExcluirPerdão pelo desabafo