7 de fevereiro de 2013

... A catequese tem a tarefa permanente de encontrar uma linguagem capaz de comunicar a palavra de Deus nas diversas condições dos ouvintes. Tem, também, a alegria de fazer esta tarefa pela certeza da graça do Espírito Santo.


A pedagogia de Deus
 
A pedagogia de Deus educa para a vida. Deus corrige seus filhos como um Pai misericordioso, um mestre, um sábio. Ele assume seus filhos e a comunidade na condição em que se encontra.
Deus nos atrai, faz um vínculo de amor para que possamos crescer livres, fiéis e obedientes à sua palavra.
Como educador, Deus transforma os acontecimentos da vida de seu povo em lições de sabedoria. Confia a este povo a instrução e a catequese para que sejam transmitidas de geração em geração. Dá a todos o dom do Espírito Santo.
Com isso, a tarefa do catequista é fazer a pessoa se encontrar com Deus para que ela deixe-se guiar por Ele.

A pedagogia de Cristo
Jesus Cristo, o Filho de Deus, veio em missão evangelizadora. A pedagogia de Cristo foi a de continuar a pedagogia de Deus.
Os discípulos foram os primeiros a fazer a experiência direta da pedagogia de Jesus, como educador e mestre.
Sua pedagogia se realizou mediante:
·         O acolhimento do outro (principalmente pobres, crianças, pecadores);
·         O anúncio da Boa Nova do Reino de Deus;
·         O convite à conversão;
·         O amor que promove a vida;
·         Os recursos de comunicação interpessoal: a palavra, a imagem, o exemplo e os sinais.
Cristo entregou aos discípulos esta pedagogia e entrega também a nós catequistas.
A pedagogia da Igreja
A Igreja, como sacramento de Cristo, como mãe e educadora da fé, procura viver a pedagogia do Pai e do Filho.
Por isso, podemos dizer que a comunidade cristã é uma catequese viva.
A Igreja anuncia, celebra e age, sempre permanecendo como lugar principal e indispensável da catequese.
A pedagogia da fé
A Igreja sempre produziu a pedagogia da fé pelo testemunho dos santos.
A pedagogia da fé recebe de Jesus Cristo a lei da fidelidade a Deus e à pessoa humana, numa atitude de amor.
Será perfeita a catequese que ajudar a perceber a ação de Deus ao longo do caminho de formação, favorecendo um clima de escuta, de ação de graças e de oração, promovendo a participação ativa dos catequizandos.
Deus fala aos homens e às mulheres como amigos, por isso a sua pedagogia adapta-se à condição humana. Neste sentido, a catequese tem a tarefa permanente de encontrar uma linguagem capaz de comunicar a palavra de Deus nas diversas condições dos ouvintes.
Tem, também, a alegria de fazer esta tarefa pela certeza da graça do Espírito Santo.

Roberto Magno

Comunidade Nossa Senhora de Nazaré
Joanésia - MG

4 de fevereiro de 2013

Mensagem do Coordenador Diocesano da Pastoral da Juventude da Diocese de Guanhães


CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2013
 “EIS-ME AQUI, ENVIA-ME” (Is 6,8)


 

            Decorridos 21 anos da Campanha da Fraternidade (CF) com a temática Juventude em 1992, nesta 50ª edição a juventude é novamente tema central. Coordenada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB),e realizada anualmente pela Igreja Católica, no período da Quaresma, a Campanha da Fraternidade propõe um tema, que define sob qual perspectiva a solidariedade será despertada, em relação a questões que envolvem a necessidade de “conversão” da sociedade. Proporcionando um “elo” entre Igreja, fiéis e sociedade, a partir de uma evangelizando ampla, capaz de despertar iniciativas sociais que possam ser capazes de responder diretamente às reflexões e aos estudos realizados a partir do Texto-base.
            O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Eduardo Pinheiro, explicou que uma das metas principais da CF de 2013 é olhar a realidade juvenil, compreender a riqueza de suas diversidades, potencialidades e propostas, como também os desafios que provocam atitudes e auxílios aos jovens e aos adultos.
            A CF deste ano apresenta como  objetivo geral acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna, fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz.
            A partir da iluminação bíblica proposta do livro do profeta Isaías (6,8) - “Eis-me aqui, envia-me”, a Igreja do Brasil e a Diocese de Guanhães inspiradas na confiança de Deus e de seu projeto ao jovem Isaías, olha para a nossa juventude com esperança, amor e confiança. Acredita na capacidade de transformação social, política e cultural a partir de uma juventude alicerçada e comprometida com o Evangelho na construção da Civilização do Amor. 
            Somando-se a Campanha da Fraternidade o Brasil prepare-se ainda para receber milhões de jovens na cidade do Rio de Janeiro em julho com a realização da Jornada Mundial da Juventude. Nossa diocese estará presente junta a esses milhões de jovens vivenciando, refletindo e caminhando cotidianamente em comunhão com os jovens na transformação da sociedade à favor do direito à vida e vida em plenitude para a juventude.
            Assim, ao longo deste ano em especial vamos refletir as questões que envolvem a juventude e como proposto pela Campanha procuremos em nossas comunidades eclesiais: Propiciar a reflexão da necessidade de acolher melhor os jovens, aceitando-os como são e criando canais próprios para sua participação; revigorar os organismos pastorais para um melhor acompanhamento e formação dos jovens já existentes em nossas comunidades, para que levem o seu testemunho cristão ao mundo e, refletir e propor soluções para a Vida dos jovens, especialmente, daqueles que estão em situação de maior vulnerabilidade social.

              Adenil Borges – Dedé Coordenador Diocesano da Pastoral da Juventude adenil.borges@hotmail.com

















3 de fevereiro de 2013

Ordenação Diaconal

    Com   alegria registramos a renovação de nossas esperanças, por sabermos da possibilidade de recebermos  mais seis pastores para a nossa tão nova e já tão sofrida Diocese.Quantas comunidades, até mesmo paróquias,  rezam incansavelmente pedindo um pastor.
    Continuemos firmes na oração! Dia Primeiro de Maio,  mais seis sacerdotes  estarão a serviço de nossa Igreja.
  Aconteceu hoje, na Catedral uma lindíssima Celebração: seis jovens foram ordenados Diáconos. Apesar da chuva, a Catedral ficou repleta de fieis cheios de fé e esperança . A alegria ainda foi maior, pois a assembleia  pôde matar um pouco da saudade de Dom Emanuel e Dom Marcello que vieram para a ordenação.

Creio que os fieis presentes retornaram às suas comunidades refletindo ainda sobre a belíssima canção (Canto da Comunhão II):
" Cantar o canto ensinado por Deus.Com poesia ensinar nossa fé,plantar o chão, cultivar o amor, como poetas que querem sonhar..."! Como os poetas, sonhemos com tempos melhores para a nossa Diocese!

1 de fevereiro de 2013

"Uma catequese nova"

 A seguir o texto "Uma catequese nova,  de Dom Joaquim Mol, bispo auxiliar de Belo Horizonte, na abertura do Congresso Regional de Catequese em julho/2009,para encerrarmos os posts (trechos retirados do livro O BELO, O LÚDICO E O MÍSTICO NA CATEQUESE).

 Uma catequese nova
" Acentuar a necessidade de linguagem bela, postura lúdica e existência mística, no fazer catequético da Igreja, não é uma simples mudança de método e não se trata, simplesmente, de passar a utilizar obras de arte, brincadeiras, poemas,teatros... Trata-se de uma outra concepção, uma outra forma de presença, é algo que vem do interior para fora.Diz respeito a uma catequese nova.
Afirmar o Belo, o Lúdico e o Místico na catequese é uma opção pela renovação,pela conversão pastoral,pelo cuidado, pela atualização da presença,pela personificação dos desejos, pela qualidade da participação, pela leveza, pela alegria, pelas formas informes, pelas relações quentes, pela profundidade, pelo mergulho no mistério,pela filia, Eros e ágape, pela 'lambuzançança  na graça'.

O desafio é perseverar!





Descobrir-se catequista é sentir o chamado de Deus, reconhecer-se vocacionado e colocar a catequese no projeto pessoal de vida. A partir daí esta missão se torna fonte de realização para o catequista. Contudo, os desafios de catequizar, nestes tempos de pós-modernidade, fazem essa missão cada vez mais exigente. E a primeira dificuldade é dizer sim.
“A Palavra do Senhor quando chegou, desinstalou meu coração.
Ao chegar desafiou-me, a exigir uma resposta de sim ou não.
É fácil dizer sim, é fácil dizer não, mas dói depois do sim e dói depois do não”.
Seremos capazes de tão importante missão? De vencer o desafio de conciliar família, trabalho, estudo, lazer? De persistir quando, em alguns casos, o trabalho catequético não agrada à família? Neste caso o diálogo e a persistência impulsionam para o catequizar.
Na caminhada catequética vamos percebendo que, com o sim, vêm exigências essenciais para bem servir: compromisso, pontualidade, assiduidade, maturidade humana, engajamento com a comunidade, planejamento, testemunho de fé e formação humana, teológica e metodológica. Surgem também desafios na convivência com o grupo de catequistas e a comunidade (entrosamento, diálogo, trabalho em equipe), principalmente quando os pontos de vista são discordantes.
 Com o planejamento, o grupo de catequistas possui objetivos claros, sem planejamento a catequese paroquial se perde no decorrer do ano. Os projetos ajudam a melhorar a caminhada da catequese. Muitas vezes a comunidade e o clero entregam a catequese ao grupo de catequistas e não apoiam e nem percebem que todos são responsáveis pelo processo catequético. Pensar em estruturas adequadas, recursos, formações e, principalmente, a acolhida dos catequizandos e suas famílias na vida comunitária, é tarefa de todos. Talvez por isso muitos catequistas se sintam desamparados e desmotivados depois de um tempo na catequese.
Outro grande desafio, hoje, é a família dos catequizandos. A realidade em que elas se apresentam a nós é muito heterogênea. A estrutura familiar, a formação cultural, o modo de educar os filhos, as condições socioeconômicas, as influências da mídia, positiva ou negativamente, mostram a complexidade das famílias hoje. Exige-se cada vez mais que o catequista dialogue comunitariamente sobre essas questões, busque boa formação e tenha muita criatividade.
Cada tempo trará novas barreiras a ultrapassar. A fé no Espírito de fortaleza nos ajudará na missão pela qual Jesus viveu e morreu: fazer presente o Reinado de Deus aqui e agora. Confiar e entregar-se a um Deus que nos chama, nos ajudará a enfrentar o maior desafio de ser catequista hoje: a perseverança.
Ricardo Diniz de Oliveira - Equipe "Catequese Hoje"
Adaptação: Roberto Magno
Comunidade Nossa Senhora de Nazaré
Joanésia-MG